15 dezembro, 2007

Férias!

Se o blog já estava às moscas, agora é que vai perder ibope mesmo...

Estou em férias até o ano que vem :-)

E sabem o que? A Bahia me espera! Digo, nos espera. A mim e ao Namorado agora Noivo.

Errrr... Eu disse Noivo? Pois é :)

Se estou feliz? Sim, muito. Impossível calcular!

Por hora é isso. São 4 da manha, esse post está sem sentido e falta muito pouco para a hora de "acordar".

Deve ser TPV - Tensão Pré-Viagem :-D

Desejo um Natal feliz para todos que passarem por aqui. E que 2008 seja realmente um ano novo. Para mim será, totalmente!

Agora chega!

Beijo, tchau!

13 dezembro, 2007

Descobertas

Comecei a usar óculos. De acordo com a médica, para ler, usar o computador e assistir à televisão. Ainda bem, pois toda vez que tento andar com ele, sinto que as coisas a minha volta ficam meio tortas, soltas, flutuando, sabem? Esquisito...

Ainda estou acostumando a enxergar o mundo com moldura.

Também descobri que as lentes embaçam quando bebo café. Isso é engraçado.

Doce sutileza

Já começaram os spams natalinos. Um dos primeiros que recebi foi de uma organização que decidiu dar um tapa de leve na cara da hipocrisia que toma conta do mundo nessa época.

No cartão, nada de feliz natal, próspero ano novo ou qualquer outro tipo de felicitação. Apenas a frase:

“Esperamos que, em 2008, você possa desejar que todos os outros ajam como você”.

Pesado, ne?

05 dezembro, 2007

Eu e a minha boca

Um colega entra no elevador, com uma mala nas mãos. Para quebrar aquele silêncio peculiar de elevadores, pergunto se vai à academia.

“Não, vou treinar”, respondeu.

“Treinar? O que você joga?”, questiono.

Ele, prontamente, responde: “Hugby!”

No que eu, antes que pudesse pensar, solto: “Hugby? Mas você não é muito pequenininho?”

As portas se abrem.

19 novembro, 2007

No compasso do acaso

O feriado de Proclamação da República teve um gostinho bem diferente. Foi proclamada a independência para o acaso, para os passeios sem planejamentos e para as viagens sem destino definido.

Estava pensando num jeito de escrever sobre como é difícil para uma perfeccionista se permitir ficar sem chão, fechar os olhos e deixar-se levar, se atirar, apenas curtir o agora, abrir mão de listas, planos e manias.

Nesse ínterim, descobri que respirar é a resposta. Tudo passa a fluir de uma forma impressionantemente harmoniosa.

Para completar, o horóscopo de hoje disse: conduta correta do libriano será apostar no lado inventivo, dar um tempo com a organização e com os métodos e se deixar levar pelo clima de surpresa e romantismo.

Coincidência ou não, o meu lema a partir de agora é: let it be ou, em bom português: relaxa e goza.

09 novembro, 2007

Adoro!!!

Rever amigos queridos, petiscar e bebericar enquanto batemos papo sem preocupações!

Difícil é trabalhar no dia seguinte....

Bem vindo, fim de semana!

07 novembro, 2007

Conversas

Clarice, a Lispector, pergunta: Você escreve muito sobre o amor. O que é amor?

Jorge, o Amado, responde: É a própria vida, é o melhor da vida, tudo. No amor não sou profano, aí não. Sou sectário.

Clarice Lispector Entrevistas

O mundo não pára de girar

Ontem eu estava tão assim, que só postei a música do Chico e não escrevi mais nada. Os pensamentos não têm fluído muito bem quando estou diante do computador, sabem... Está tudo girando e girando, mudando e mudando, crescendo e crescendo.

Isso é bom, ta? Muito bom. Aliás, mais que bom, eu diria :-)

Usando uma outra música, dessa vez do REM, it’s the end of the world as we know it. And I fell fine. Porque mundos terminam todos os dias. E novos simplesmente começam. Como a gente bem sabe.

05 novembro, 2007

Roda viva

Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino pra lá

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda peão
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira pra lá

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda peão
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

A roda da saia, a mulata
Não quer mais rodar, não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou
A gente toma a iniciativa
Viola na rua a cantar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a viola pra lá

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda peão
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

O samba, a viola, a roseira
Um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou
No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a saudade pra lá

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda peão
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda peão
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda peão
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

(Chico Buarque)

Meça suas palavras

Elas poderão ser usadas contra você. E serão, viu?
No momento mais inoportuno que puder imaginar...

26 outubro, 2007

Pra descontrair

Um celular qualquer vibra e a Noiva Cadáver, com o dela nas mãos diz: “Que estranho... estou ouvindo o barulho do meu celular, mas ele não está tocando”.


Alguém me leva pra casa?

Precisa-se

De nariz, garganta e pulmões novos.

Interessados podem entrar em contato via email, telefone, celular ou sinal de fumaça.

Paga-se bem.

24 outubro, 2007

Só eu

Uma das coisas mais legais de ser jornalista é tratar, a cada dia, sobre um assunto novo. Já escrevi sobre comportamento, política, responsabilidade social, tecnologia, logística, decoração, arquitetura e por aí vai. Essa diversidade me fascina, pois permite que eu tenha contato com o diferente constantemente.

E, sempre que falo sobre algo, tento me aproximar daquilo o máximo que posso. Meu foco, ultimamente, está em temas sobre saúde e indústria farmacêutica. Nessas de me aproximar com o assunto e tal, descubro que sou a maior doente do mundo. É sério.

Agora mesmo, acabei de interromper um texto sobre TPM porque eu TINHA que fazer esse post. Alguém aqui sabia que a TPM tem quatro tipos? Bem... eu não. E fiquei feliz, de início, porque pensei: “Ah, a minha deve ser a mais fraquinha de todas”. Ledo engano. Se for pinçar sintoma por sintoma, me encaixo nas QUATRO descrições.

Na TPM tipo A, as mulheres se sentem ansiosas, irritadas e tensas, podendo até ser agressivas. É o tipo mais freqüente. O tipo C caracteriza-se pelo aumento de apetite (com predomínio da vontade de chocolate), fadiga, dor de cabeça e palpitações. Já o aumento de peso súbito de dois a três quilos, aumento das mamas, dor e distensão abdominal, são sintomas do tipo H. O tipo D é o menos freqüente e os sintomas predominantes são depressão, choro, sonolência ou insônia, e confusão mental.”

Acho que o Namorado virará sócio de uma fábrica de chocolates depois que ler isso aqui...

A reportagem completa está aqui ó.

23 outubro, 2007

Ah, Clarice...

"Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremos é tirar esta pessoa de nossos sonhos e abraçá-la. Sonhe com aquilo que você quiser. Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida e nela só se tem uma chance de fazer aquilo que se quer. Tenha felicidade bastante para fazê-la doce. Dificuldades para fazê-la forte. Tristeza para fazê-la humana. E esperança suficiente para fazê-la feliz. As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas. Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos. A felicidade aparece para aqueles que choram. Para aqueles que se machucam. Para aqueles que buscam e tentam sempre. E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas. O futuro mais brilhante é baseado num passado intensamente vivido. Você só terá sucesso na vida quando perdoar os erros e as decepções do passado. A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar duram uma eternidade"

Momentos, Clarice Lispector.

Bom dia por quê?

Acordar, para mim, é uma tarefa complicada. Cedo, então, piora. Mas partindo do princípio que ninguém tem nada a ver com o meu mau humor matinal, me reservo o direito do silêncio.

Ta certo que não é todo dia que acordo com a pá virada e, quase sempre, até desejo bom dia ao motorista do ônibus, mas dar trela praquela tiazinha que quer conversar sobre o calor/ frio/ chuva/ ônibus que atrasou ou praquele engraçadinho que se acha “colega de ônibus” só porque todos os dias usamos o mesmo meio de transporte já é forçar a amizade. Não rola.

Para evitar constrangimentos, sempre estou com fones nos ouvidos ou lendo algo ou as duas coisas. E aí eu me deparo com seres sem a menor noção que me cutucam — um dia eu ainda escrevo sobre o PAVOR que tenho de pessoas que conversam pegando nas outras — e que gritam para se fazerem ouvir.

Bem, eu posso ser mal-humorada, mas não sou mal-educada... Então vou lá, tiro os fones, mas, curiosamente, a pessoa não diminui o tom da voz. Respondo à pergunta e... ela não ouve! Um dia eu também escrevo sobre o fato de querer morrer quando preciso repetir algo. De verdade. O nível de irritação chega na lua.

Já pensei em me fazer de surda, mas surdos não têm iPod... também pensei em usar um daqueles adesivos “mantenha distância”, mas sei lá... eu não sou de toda má. Só pelas manhãs.

19 outubro, 2007

Ah, claro!

O feriado foi ótimo.
Não fui para a praia como queria...
Em compensação, tive um aniversário perfeito e inesperado!
Tem fotos aqui.
=)

Felizes acasos

São Paulo é uma cidade com 10 milhões de habitantes. Se somarmos os moradores das cidades vizinhas — a chamada região metropolitana —, chegamos a astronômicos 19 milhões.

No meio de tanta gente é até curioso encontrar pessoas conhecidas nos lugares mais inusitados. O metrô é onde isso mais acontece comigo. Para quem não é de São Paulo, eu vou explicar: o intervalo entre um trem e outro é de, em média, três minutos. Não importa a hora, os vagões sempre estão cheios, ora mais cheios, ora menos. Mas sempre tem gente lá dentro. São 3 milhões de pessoas por dia.

Agora, imagina: num universo de 3 milhões de pessoas, muitos vagões e trens que vêm e que vão a cada três minutos, esbarrar com alguém conhecido ali dentro é no mínimo curioso. Eu já encontrei ex-colega de trabalho que não via desde quando tinha saído do emprego, um rapaz que conheci fazendo trilhas em São Francisco Xavier, conhecidos da faculdade e por aí afora.

Ontem foi a vez de encontrar a Dani, a menina dos posts que me emocionam. E o encontro foi mais inusitado ainda. Estávamos no ponto de ônibus! Sabem quantos pontos de ônibus existem em São Paulo? Nem eu... Mas tenho certeza que são muitos. MUITOS. E sabem o que foi mais curioso? Só deu tempo de dizermos “oi”, porque logo em seguida passou o ônibus que ela esperava a meia hora.

São Paulo é realmente uma cidade maluca.

11 outubro, 2007

Até já!

Vou ali tomar um banho de mar para comemorar a minha nova primavera.

Ótimo feriado para vocês também :-)

10 outubro, 2007

Dedução

A pessoa que instituiu a quarta-feira como o dia nacional da feijoada não trabalhava. Definitivamente.
Como eu sei? Simples!
Se ela tivesse que almoçar em uma hora, voltar correndo pro trabalho e ficar o restante da tarde sentada em frente a um computador, com uma lista que nunca acaba de itens a fazer, ela teria criado o dia nacional do frango grelhado.
E o suco de açaí seria brinde.

09 outubro, 2007

Abraçando o mundo

A programação que fiz pro fim de semana era bem singela:

1. Salão de beleza
2. Matar as saudades do Namorado, que estava viajando
3. Provar/ testar todos os presentes que ele trouxe
4. Compras para a Lady
5. Aniversário do padrinho do Namorado
6. Ir a evento promovido pela amiga
7. Bota-fora de amiga que ta se mandando pras Zoropa
8. Aniversário da namorada do amigo
9. Jantar de aniversário do cunhado
10. Encontro mensal de amigos queridos
11. Levar afilhado ao show do Palavra Cantada no parque
12. Passeio cultural com amiga da Terra do Gelo
13. Tomar café com afilhados
14. Encontrar outra amiga da Terra do Gelo

Saldo final:

Óbvio que não deu para fazer tudo, mas 9 de 14 até que não é nada mau... Mas o que importa mesmo é que fiquei feliz. Muito. Feliz pelos reencontros, pela diversão, pelas palavras, por cada um dos abraços, olhares e sorrisos compartilhados. Enfim, feliz. Um tanto cansada também, confesso. Mas valeu à pena. Como valeu.

05 outubro, 2007

04 outubro, 2007

Personalidade

Pela primeira vez, o resultado de um teste de personalidade feito pela internet casou perfeitamente com a forma como acredito que sou:

Esta pessoa prefere estar em grupo, em equipe. Prefere coordenar do que comandar. Necessita estar em contato com as pessoas e decidir conjuntamente. Gosta das coisas estruturadas, sérias mas não pesadas ou tristes.

03 outubro, 2007

Pra movimentar um pouco…

“A nesga de sol no tapete.”
A Cidade do Sol, Khaled Hosseini

Regras que o Worklover passou:

1. Pegar o livro mais próximo
2. Abri-lo na página 161
3. Procurar a 5ª frase completa
4. Postar a frase no blog
5. Não escolher a melhor frase nem o melhor livro, usar o mais próximo
6. Repassar o desafio para cinco blogs

Entenderam?

Mãos às obras, então :-)

20 setembro, 2007

A História de Mushkil Gusha

Era uma vez, a menos de mil milhas daqui, um pobre lenhador viúvo, que vivia com sua pequena filha. Todos os dias costumava ir às montanhas cortar lenha, que levava para casa e atava em feixes. Depois da primeira refeição, caminhava até o povoado mais próximo, onde vendia a lenha e descansava um pouco antes de voltar para casa. Um dia, ao chegar em casa, já muito tarde, a menina lhe disse:

- Pai, de vez em quando gostaria de ter uma comida melhor, em maior quantidade e mais variada.

- Está bem, minha filha - disse o velho -, amanhã levantarei mais cedo do que de costume, irei mais alto nas montanhas, onde há mais lenha, e trarei uma quantidade maior do que a habitual. Voltarei mais cedo para casa, atarei os feixes mais depressa e irei logo ao povoado vendê-los para conseguirmos mais dinheiro. E lhe trarei uma porção de coisas deliciosas.

Na manhã seguinte, o lenhador levantou-se antes da aurora e partiu para as montanhas. Trabalhou arduamente cortando lenha e fez um feixe enorme, que carregou nos ombros até sua casa.

Ao chegar era ainda muito cedo. Então, colocou a carga no chão e bateu à porta, dizendo:

- Filha, filha, abra a porta. Estou com sede e fome; preciso comer alguma coisa antes de ir para o mercado.

Mas a porta continuou fechada. O lenhador estava tão cansado que se deitou no chão, ao lado do feixe de lenha, e logo adormeceu. A menina, esquecida da conversa da noite anterior, dormia profundamente.

Quando o lenhador acordou, algumas horas depois, o sol já estava alto. Bateu novamente à porta e disse:

- Filha, filha, abra logo. Preciso comer alguma coisa antes de ir ao mercado vender a lenha, pois já é muito mais tarde do que de costume.

Mas a menina que tinha esquecido completamente a conversa da noite anterior, tinha se levantado, arrumado a casa e safra para dar um passeio. Em seu esquecimento, e supondo que o pai já tivesse ido para o povoado, deixou a porta da casa fechada.

Assim, o lenhador disse a si mesmo:

- Já é muito tarde para ir à cidade. Voltarei para as montanhas e cortarei outro feixe de lenha, que trarei para casa, e amanhã terei carga em dobro para levar ao mercado.

O lenhador trabalhou duro aquele dia, cortando e enfeixando lenha nas montanhas. Já era noite quando chegou em casa com a lenha nos ombros.

Pôs o feixe atrás da casa, bateu à porta e disse:

- Filha, filha, abra a porta. Estou cansado e não comi nada o dia todo. Trago uma dupla carga de lenha, que espero levar ao mercado amanhã. Preciso dormir bem esta noite para recuperar minhas forças.

Mas não houve resposta, pois a menina, sentindo muito sono ao voltar do passeio, preparou sua comida e foi para a cama. A princípio, ficara preocupada com a ausência do pai, mas tranqüilizou-se logo, pensando que ele passaria a noite no povoado.

Cansado, faminto e com sede, vendo que não podia entrar em casa, o lenhador deitou-se novamente ao lado da lenha. Apesar de preocupado com o que poderia estar acontecendo com a filha, não conseguiu ficar acordado: adormeceu logo. Mas, como estava com muito frio, muita fome e muito cansado, acordou bem cedo na manhã seguinte, antes mesmo de o dia clarear.

Sentou-se, olhou ao redor, mas não conseguiu ver nada. Mas, nesse momento, aconteceu uma coisa estranha. Pareceu-lhe ouvir uma voz que dizia:

- Depressa! depressa! Deixa tua lenha e vem por aqui. Se necessitas muito e desejas o suficiente, terás uma refeição deliciosa.

O lenhador levantou-se e caminhou na direção de onde vinha a voz. Andou, andou e andou, mas não encontrou nada.

Então sentiu mais cansaço, frio e fome do que antes e, além do mais, estava perdido. Tivera muitas esperanças, mas isso não parecia tê-lo ajudado. Ficou triste, com vontade de chorar, mas percebeu que chorar também não o ajudaria. Assim, deitou-se e adormeceu. Logo depois acordou novamente. Sentia frio e fome demais para poder dormir. Foi então que lhe ocorreu narrar a si mesmo, como se fosse um conto, tudo o que tinha acontecido desde que a filha lhe pedira um tipo de comida diferente.

Mal terminou sua história, pareceu-lhe ouvir outra voz, vinda de algum lugar no alto, como se saísse do amanhecer, que dizia:

- Velho homem, velho homem, que fazes sentado aqui?

- Estou me contando minha própria história - respondeu o lenhador.

- E qual é?

O lenhador repetiu sua narração.

- Muito bem - disse a voz, e a seguir lhe pediu que fechasse os olhos e subisse um degrau.

- Mas não vejo degrau algum - disse o velho.

- Não importa, faz o que te digo - ordenou a voz.

O homem fez o que lhe fora ordenado. Mal fechou os olhos, descobriu que estava de pé e, levantando o pé direito, sentiu que debaixo dele havia algo semelhante a um degrau.

Começou a subir o que parecia ser uma escada. De repente os degraus começaram a mover-se - moviam-se muito rapidamente - e a voz lhe disse:

- Não abra os olhos até que eu ordene.

Não se passara muito tempo, quando a voz mandou que o velho abrisse os olhos. Ao fazê-lo, o lenhador achou-se num lugar que parecia um deserto, com um sol escaldante acima dele. Estava rodeado de montes e montes de pedrinhas de todas as cores: vermelhas, verdes, azuis, brancas. Mas parecia estar só; olhou em volta e não conseguiu ver ninguém. Então, a voz começou a falar de novo:

- Apanha todas as pedras que puderes, fecha os olhos e desce os degraus.

O lenhador fez o que lhe mandavam e, quando a voz ordenou que abrisse os olhos novamente, encontrou-se diante da porta de sua própria casa. Bateu à porta, e a sua filha veio atender. Ela lhe perguntou por onde ele tinha andado, e o pai lhe contou o ocorrido, embora a menina mal entendesse o que ele dizia, porque tudo lhe parecia muito confuso.

Entraram em casa e a menina e o seu pai repartiram a última coisa que lhes restava para comer: um punhado de tâmaras secas. Quando terminaram a comida, o velho achou que estava novamente ouvindo uma voz, uma voz igual àque-la que o mandara subir os degraus.

- Embora ainda não o saibas - disse a voz - foste salvo por Mushkil Gusha. Lembra-te: Mushkil Gusha está sempre aqui. Promete a ti mesmo que todas as quintas-feiras, à noite, comerás umas tâmaras, e darás outras a alguma pessoa necessitada, a quem contarás a história de Mushkil Gus-ha. Ou darás um presente, em seu nome, a alguém que ajude os necessitados. Promete que a história de Mushkil Gusha nunca, nunca será esquecida. Se fizeres isso, e o mesmo fizerem as pessoas a quem contares a história, os que tiverem verdadeira necessidade sempre encontrarão seu caminho.

O lenhador então colocou todas as pedras que havia trazido do deserto num canto do casebre. Pareciam simples pedras, e ele não soube o que fazer com elas. No dia seguinte, levou seus dois enormes feixes de lenha ao mercado e os vendeu facilmente, por ótimo preço. Ao voltar para casa, levava para sua filha uma porção de iguarias deliciosas que ela jamais havia provado antes. Quando terminaram de comer, o velho lenhador disse:

- Agora vou lhe contar a história de Mushkil Gusha. Mushkil Gusha significa "O dissipador de todas as dificuldades". Nossas dificuldades desapareceram por intermédio de Mushkil Gusha, e devemos lembrá-lo sempre.

Durante uma semana o homem seguiu sua rotina. Ia às montanhas, trazia lenha, comia alguma coisa, levava a lenha ao mercado e a vendia. Sempre encontrava comprador, sem dificuldade.

Mas chegou a quinta-feira seguinte e, como é comum entre os homens, o lenhador se esqueceu de contar a história de Mushkil Gusha. Nessa noite, já tarde, apagou-se o fogo na casa dos vizinhos. E, como não tinham com que voltar a acendê-lo, foram à casa do lenhador e disseram:

- Vizinho, vizinho, por favor, dê-nos um pouco de fogo dessas suas lâmpadas maravilhosas que vemos brilhar através da janela.

- Que lâmpadas? - perguntou o lenhador.

- Venha cá e veja - responderam.

O lenhador saiu e viu claramente a variedade de luzes que, vindas de dentro, brilhavam através de sua janela. Entrou e viu que a luz saía do monte de pedras que havia posto num canto. Mas os raios de luz eram frios e era impossível usá-los para acender fogo. Então, tornou a sair e disse:

- Sinto muito, vizinhos, não tenho fogo - e bateu-lhes a porta no nariz.

Os vizinhos ficaram aborrecidos e surpresos e voltaram para casa resmungando. E aqui eles abandonam nossa história.

Rapidamente, o lenhador e sua filha, com medo que alguém visse o tesouro que possuíam, cobriram as brilhantes luzes com todos os trapos que encontraram. Na manhã seguinte, ao destampar as pedras, descobriram que eram gemas luminosas e preciosas.

Uma a uma, levaram-nas às cidades dos arredores, onde as venderam por um preço enorme. Então, o lenhador decidiu construir um esplêndido palácio para ele e sua filha.

Escolheram um lugar que ficava exatamente na frente do castelo do rei de seu país. Pouco tempo depois, um edifício maravilhoso estava construído.

O rei tinha uma filha muito bonita que uma manhã, ao acordar, viu o castelo, que parecia de contos de fadas, bem em frente ao de seu pai. Muito surpresa, perguntou a seus criados:

- Quem construiu esse castelo? Com que direito fazem uma coisa dessas tão perto do nosso lar?

Os criados saíram e investigaram. Ao regressar, contaram à princesa tudo o que conseguiram saber.

A princesa, muito zangada, mandou chamar a filha do lenhador. Porém, quando as duas meninas se conheceram e se falaram, logo tornaram-se boas amigas. Encontravam-se todos os dias e iam nadar e brincar juntas num regato que o rei mandara fazer para a princesa.

Alguns dias depois do primeiro encontro, a princesa tirou um colar lindo e valioso e pendurou-o numa árvore à beira do regato. Na volta, esqueceu-se de apanhá-lo e, ao chegar em casa, pensou que o tinha perdido. Refletindo melhor, porém. concluiu que tinha sido roubado pela filha do lenhador.

Contou tudo ao pai, que mandou prender o lenhador e confiscou-lhe todos os bens. O homem foi posto na prisão, e sua filha levada para um orfanato.

Como era costume no país, depois de algum tempo o lenhador foi retirado de sua cela e levado para praça pública, onde o acorrentaram a um poste, tendo pendurado ao pescoço um cartaz onde se lia:

"E isto que acontece a quem rouba dos reis."

A princípio, as pessoas juntavam-se à sua volta zombando dele e atirando-lhe coisas. O lenhador estava muito infeliz. Porém, como é comum entre os homens, logo se acostumaram com o velho sentado junto ao poste e lhe prestavam cada vez menos atenção. Às vezes lhe atiravam restos de comida, às vezes nem mesmo isso.

Uma tarde, ouviu alguém dizer que era quinta-feira. De imediato veio-lhe à mente o pensamento de que logo seria a noite de Mushkil Gusha, "O dissipador de todas as dificuldades", a quem há tanto tempo se esquecera de comemorar. No mesmo instante em que esse pensamento lhe chegou à mente, um homem caridoso que passava jogou-lhe uma moeda.

- Generoso amigo - chamou-o o lenhador - você me deu dinheiro que para mim não tem utilidade alguma. Mas se, em sua generosidade, puder comprar uma ou duas tâmaras e vir sentar-se comigo para comê-las, eu lhe ficaria eternamente grato.

O homem saiu e comprou algumas tâmaras, sentou-se a seu lado e comeram juntos. Ao terminar, o lenhador contou-lhe a história de Mushkil Gusha.

- Acho que você deve estar louco - disse-lhe o homem generoso.

Mas era uma pessoa compreensiva e também enfrentava muitas dificuldades. Ao chegar em casa, depois desse incidente, percebeu que todos os seus problemas estavam resolvidos. Isto o fez pensar mais seriamente a respeito de Mush-kil Gusha. Mas aqui ele deixa nossa história.

No dia seguinte, pela manhã, a princesa voltou ao lugar onde se banhara e, quando ia entrar na água, viu, no fundo do regato, uma coisa que parecia ser seu colar. Porém, no momento em que ia pegá-lo, espirrou, jogou a cabeça para trás, e viu que o que tomara por seu colar era apenas o reflexo dele na água. O colar estava pendurado no galho de uma árvore, no mesmo lugar onde o tinha deixado há muito tempo. Emocionada, apanhou-o e foi correndo contar ao rei o acontecido. Este ordenou que o lenhador fosse posto em liberdade e que lhe pedissem desculpas em público. Tiraram a menina do orfanato e todos viveram felizes para sempre.

Estes são alguns dos episódios da história de Mushkil Gusha. E uma história muito longa, que nunca termina. Tem muitas formas. Algumas nem sequer se intitulam A história de Mushkil Gusha. Por isso as pessoas não as reconhecem como tal.

Mas é por causa de Mushkil Gusha que esta história, em qualquer de suas formas, é lembrada por alguém, em algum lugar do mundo, dia e noite, onde quer que exista gente. Tal como sempre tem sido contada, assim continua-rá a ser contada eternamente.

Você quer repetir a história de Mushkil Gusha nas noites de quinta-feira e ajudar, assim, o trabalho de Mushkil Gusha?

19 setembro, 2007

Fernando Pessoa

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia, e se não ousarmos fazê-la teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.

18 setembro, 2007

Como pode?

Acabei de ler uma reportagem que me deixou profundamente triste. O degelo no Pólo Norte já é tanto que dentro de pouco tempo será possível navegar por lá e, assim, diminuir o tempo de viagem até a Europa.

Poxa. O planeta está morrendo e esses putos só querem “explorar o inexplorável”. Me sinto menor que um grão de areia, impotente diante de tamanho descaso. Me entristece pensar que talvez meus filhos — aqueles que ainda nem tenho — não saibam o que é nadar numa represa, nem tomar banho de cachoeira, nem comer fruta direto do pé, ver animais no habitat natural então, nem pensar. Só em livros. Digo, no computador, ne? Porque também não vão existir mais árvores, quem dirá papel.

15 setembro, 2007

Será?

Sorte de hoje: Você nunca mais vai precisar se preocupar em ter uma renda estável

O fim de semana começaria melhor ainda!

hehe

14 setembro, 2007

É simples!

Se tem uma coisa que eu evito é usar transporte público, qualquer que seja, em horário de pico. Tenho um amigo que tem como princípio não pegar ônibus quando não tem lugar para sentar. Eu não chego a tanto, mas evito sempre que posso.

E motivo não falta. Tanto ônibus quanto metrô - e eu uso os dois - ficam lotados, as pessoas fedem, não há sistema de ventilação, o trânsito fica absurdo e mesmo os trens funcionam com a velocidade reduzida, isso quando não param entre uma estação e outra. Bem, é desagradável, para dizer o mínimo.

Para minha sorte, a maioria dos empregos que tive foram em horários fora do conhecido "comercial". Isso para mim é ótimo. Notem bem, eu não tenho filhos para pegar na escola, não vou mais para a faculdade depois do trabalho, não tenho que preparar o jantar ou qualquer outra tarefa que me "obrigue" a sair do trabalho pontualmente no horário.

Sim, eu prefiro trabalhar até um pouco mais tarde, se isso representar uma volta tranquila para casa. Não tem nada a ver com mostrar serviço pro chefe, ligar para todos os celulares do mundo ou imprimir livros de 378 páginas quando alguns já foram embora.

Eu simplesmente sou uma pessoa mais feliz quando não preciso me defender de cotoveladas, bolsadas ou encoxadas. Nem levar quase duas horas para fazer um trajeto que, se inciado meia hora mais tarde, será feito em no máximo 40 minutos. É simples assim!

13 setembro, 2007

Novo dia :)

Rumi mantinha um diário que nunca foi publicado, e um dia ele escreveu: "Voltei para a casa morto de cansado e não conseguia levantar nem minha cabeça, e me perguntei: 'De que adianta tudo isso? Eu trabalho como um burro, e à noite estou simplismente cansado, de que adianta?'. E então escreveu depois disso: 'O Sol nasce pela manhã'".

12 setembro, 2007

Fragmentos

O futuro é tão incerto, a vida é tão curta e eu tenho tantas dúvidas...

“Let it be”. Podia ser simples assim...

O mundo está ao contrário e ninguém reparou?

11 setembro, 2007

Resumo do dia

Compromisso às 9h
Trânsito parado
Meia hora de atraso
E mais uma hora e meia de espera
40 páginas depois...
Compromisso cumprido em menos de 20 minutos
Enfim, rumo ao trabalho
Ônibus errado
E trânsito mais congestionado ainda
Pelo menos metrô vazio
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Para onde é que foi a segunda-feira mesmo?

06 setembro, 2007

Sabem...

Eu [coração] feriados.

Com previsão de sol para todos os dias então... *suspiros*

05 setembro, 2007

Dicas

Não costumo escrever sobre filmes e livros. Talvez para não ser interpretada como uma pseudo-crítica. Acontece que sempre faço programas culturais e, invariavelmente, penso numa forma de compartilhar os que mais gosto. As três dicas a seguir são as mais recentes e as que mais mexeram comigo também, de alguma forma. Aí vão.

Um filme: Miss Potter. Eu já gostava dos filmes com Renée Zellweger antes dela personificar Bridget Jones, depois disso virei fã. Aí veio seu mais recente trabalho, que juntou ela e a biografia de uma escritora britânica de histórias infantis. Eu simplesmente adoro esses quatro elementos: a atriz, biografias, sotaque britânico e coisas para crianças. O filme é tão leve e divertido, com uma pitada de romantismo. Adorei.

Um livro: Narciso e Goldmund, de Hermann Hesse. Só conheci as obras dele recentemente. Das três que li, esse foi o último. Não posso dizer que foi o que mais gostei porque Sidarta também é um livro e tanto. Mas é verdade que me cativou muito. A forma como escreve é envolvente, transcende, nos faz sentir cada vivência dos personagens. E apresenta dois amigos que se admiram e se amam de tal forma, sublime e única, que as diferenças, as escolhas, os caminhos, as crenças, os valores, o tempo e a distância, simplesmente nada foi capaz de abalar.

Um lugar: Pátio do Colégio. Só a arquitetura colonial já faz o passeio valer à pena. Conhecer o local onde São Paulo nasceu, ver mapas e desenhos de como a cidade era e como foi se transformando tão rapidamente é, no mínimo, curioso. Lá descobri que as avenidas 23 de Maio e Nove de Julho eram rios, que o Parque da Luz, antes, abrigava uma tribo de índios, que o caminho que levava ao mar (e ao, hoje, Grande ABC, onde moro!) era apenas uma trilha e muitas outras coisas. Me senti numa aula “prática” de história :-)

03 setembro, 2007

Santa criatividade

Cada coisa que a gente vê nessa vida, ne?

Até feira funerária, com os últimos lançamentos em caixões o povo faz.

Tá certo que inovação tem sido palavra de ordem, mas caixão da Barbie beira o mau gosto, em minha humilde opinião...

24 agosto, 2007

Então tá...

Tem notícia melhor que ouvir, assim que a gente no trabalho, que o expediente será com duas horas a menos? Em plena sexta-feira?

Não, ne? Então até segunda :-)

21 agosto, 2007

Eba!

Sorte de hoje:
Você viajará para muito longe

Hummm... Será para a Terra do Gelo?

:-))))))))

16 agosto, 2007

Só ela!

Ontem foi aniversário de Donana. A sobremesa que faria as vezes de bolo estava pronta desde terça, ocupando sozinha uma prateleira inteira da geladeira, na maior travessa de vidro da casa. Tinha morangos vistosos e suculentos sobre uma camada de chantilly, que por sua vez, estava sobre uma generosa camada de doce de chocolate.

Minutos antes do “parabéns”, POFT!!! Foi tudo para o chão. Não sobrou nem o cheiro. Ficou tudo espatifado entre caquinhos de vidro e chantilly.

As lombrigas foram salvas pelo cunhado, que correu até o mercado e comprou um bolo confeitado.

E sabem o que é mais cômico dessa história toda? Tudo só aconteceu porque Donana, em seu assanhamento para assistir aos bafafás da novela, queria servir logo o doce, sem delongas.

Nem preciso dizer que tudo virou piada e, depois do “acidente”, ninguém nem lembrava mais da televisão.

10 agosto, 2007

Manias, quem não tem?

A Vejinha desta semana publicou uma reportagem com o título “Chega de bagunça”, que fala sobre profissionais que ganham a vida arrumando armários alheios. Taí uma atividade que me daria bem. Quer me ver horas e horas compenetrada? Me dê algo para organizar. Separo os itens por cor, tamanho, nome ou utilidade. Crio uma ordem, uma lógica toda racional – para mim, claro – e tudo fica lindo de se ver.

Quantas vezes eu arrumo algo e depois fico toda orgulhosa, admirando cada pecinha que ganhou um lugar – e ai de quem ousar tirá-la dali, um milímetro que seja. É assim com os bibelôs da estante da sala, minha mesa no trabalho, minhas gavetas de roupas, os livros, a escrivaninha e as prateleiras do quarto, os armários da cozinha e da área de serviço, onde ficam os produtos de limpeza, enfim...

Apesar de parecer doentio, é tudo bem ponderado, viu? Nada que se compare ao marido psicopata de Dormindo com o inimigo. Até o Namorado já aceita melhor essas manias.

Voltando à reportagem... nela informa que as profissionais entrevistadas vão dar um curso **de grátis** em três lojas da Tok&Stok, em São Paulo. Meus olhos brilharam. O coração quase saiu pela boca. Era a oportunidade que eu precisava para mostrar ao Namorado que há mais pessoas como eu no mundo – e que, ainda por cima, usam seus TOC’s para ganhar dinheiro!

Liguei para o SAC da loja e a decepção: os cursos serão das 15h às 18h. Se fosse num sábado, tudo bem, mas serão numa quarta e numa quinta-feira. Convencer o Namorado que é importante eu consigo, agora o chefe...

09 agosto, 2007

Motora, a coordenação

É nas aulas de natação que me dou conta do quanto minha coordenação é limitada. Ontem mesmo durante a aula eu prometi pra mim mesma que quando tiver filhos, eles terão todo tipo de jogos e vídeos que ajudam no desenvolvimento dessa partezinha do cérebro.

É sério. O professor pede coisas que levam algumas “chegadas” para assimilar. E quando eu pego o jeito, pronto, lá vem ele com uma seqüência diferente. E lá vou eu:

Pernas de peito – braço esquerdo de crawl – respira
Pernas de peito – braço esquerdo – afunda
Começa de novo
Pernas de peito – braço esquerdo de crawl – respira
Consegui!
Pernas de peito – braço direito de crawl – respira
Droga! Era o esquerdo!

E assim vai... quarenta e cinco minutos de trapalhadas e afogamentos espontâneos. A sorte é que não tenho nenhum complexo em ver crianças e senhoras nadarem bem mais rápido que eu. Afinal, só eu sei o quanto já evolui desde a primeira aula até aqui.

08 agosto, 2007

Caminhando para melhor

A semana começou cansada, com demandas chatas, burocracias idem e falta de noção de algumas pessoas. Ainda bem que uma boa noite de sono nos ajuda a enxergar as coisas de forma diferente.

Agora já é quarta à noite.

Olha como passa rápido! :-)

02 agosto, 2007

Frase

"Alguém dentro de mim é mais eu do que eu mesma"
Rita Lee

Na mesma entrevista ela diz que o que não vale à pena é se levar a sério.

Tão certa, né?

01 agosto, 2007

Quem ganha?

Já na faculdade de jornalismo professores recomendam filmes que mostram o lado carniceiro dessa profissão. Tem a repórter que, ao ver um cara se atirar do prédio, pergunta ao cinegrafista se as imagens ficaram boas; o editor que para não entrar em conflito com empresários influentes revela a fonte de seu repórter; o jornalista que interfere no resgate de uma vítima soterrada para elevar as vendas do jornal e muitos outros exemplos...

Para mim, todo aquele glamour de ser jornalista foi embora faz tempo... É uma profissão de escolhas, assim como muitas. Eu optei por fazer meu trabalho e ganhar meu dinheiro de forma honesta. E estou bem feliz assim.

Mas por que tudo isso? Bem... já não bastasse toda a cobertura apelativa sobre o acidente da TAM eis que hoje divulgaram os diálogos dos pilotos, minutos antes da tragédia. Que as autoridades competentes precisam saber os detalhes do que aconteceu vá lá. Precisam mesmo, principalmente para evitar coisas piores daqui para frente.

Agora eu, você, o Zé da esquina ou a mãe de uma das vítimas, o que a gente ganha com isso? Em que essa notícia nos agrega? Absolutamente nada. Só aumenta o vazio e a repulsa por pessoas que se aproveitam da desgraça alheia para ganhar a vida.

31 julho, 2007

CoMuh AxiNmMm??

Ai, o que é esse novo dialeto da Internet? Eu nem sou tão antiquada assim, também uso abreviações e termos aportuguesados, mas essa proliferação do miguxês está sendo difícil de aceitar... e de entender!

Eu me sinto numa fase intermediária às vezes. Por exemplo: ainda não sou mãe, mas também não sou mais uma adolescente. Tenho amigos com filhos entre os 12 e 18 e, em algumas situações, fico na dúvida em qual roda ficar, se na dos pais ou na dos filhos, porque simplesmente me encaixo nas duas.

E é quando converso com esses filhos que me pergunto para onde vai a Língua Portuguesa. Estou longe de ter um vocabulário impecável, mas até por força da profissão que escolhi, o mínimo que me cabe é escrever corretamente.

O mais intrigante é que é muito mais complicado escrever dessa forma do que da maneira certa. E é feio. E complicado de entender. Eu pelo menos preciso reler algumas frases para entender o que quer dizer.

Ai, ai... acho que sou mais antiquada do que pensava...

27 julho, 2007

A solução para o Brasil

Fala sério! Se os presídios do Brasil adotassem esse método, as rebeliões diminuiriam muito!

Sabem... eu AMO musicais. Adoro mesmo, de querer fazer a coreografia junto, sair cantando e tudo mais.

Meu primeiro emprego foi na Blockbuster, então imagina os filmes que ficavam passando na loja no meu horário... Perdi a conta de quantas vezes vi Darty Dancing, Grease, Noviça Rebelde, Flash Dance, Mudança de Hábito e tantos outros, sem contar os infantis, que tem trilhas sonoras ó-t-e-m-a-s.

Ainda vou entrar numa escola de dança. Just for fun, claro! Mas vou :-)

26 julho, 2007

Donana

Ela é uma figura. Em tempos de Pan — assim como em época de Copa do Mundo — ela faz pipoca para assistir aos jogos, torce, grita [sozinha! – digo, com a tevê...], festeja a cada vitória e até deixa de dormir no horário habitual, tudo para conferir como o Brasil vai em cada modalidade, mesmo nas que ela não faz idéia do que sejam...

As suas observações são um capítulo à parte. No dia que o Brasil ganhou ouro no judô eu só ouvia “Segura!” e “Derruba” virem da sala. Quando perguntei como estava, respondeu: “Negócio mais complicado, o Brasil derruba, mas não vale ponto. Não entendo nada”.

No episódio “Bernadinho troca melhor jogador da seleção pelo filho” ela ficou do lado do técnico. “Onde já se viu, só porque é o melhor, chegar quando quer. Tem que ir embora mesmo!”.

Eu poderia escrever mais, dizer cada um dos peculiares xingamentos que ela usa para se referir aos adversários e àqueles que são derrotados, os sustos que dá na Lady com suas manifestações pra lá de espontâneas e por aí afora. Mas a verdade é que só estando ao seu lado para sentir o quanto é divertido. E mesmo quando a tevê aqui da redação fica ligada durante a tarde e as páginas iniciais de todos os sites do mundo mostram as conquistas brasileiras daquele dia, quando chego em casa, uma das coisas que mais quero é ouvir o “Plantão Donana Informa”.

17 julho, 2007

Fora do ar

Fui ali ao Pico da Sibéria respirar bastante ar puro. O lugar recebe esse nome por causa do frio que costuma ter. A 1,5 mil metros de altitude, é o ponto mais alto e mais frio da pequena São Pedro da Serra. Nesse fim de semana os termômetros atingiram quatro graus.

De sábado até hoje pela manhã fiquei totalmente alienada do mundo. Não vi o Brasil ganhar da Argentina (e olha que tinha muitos argentinos alienados junto comigo), estou totalmente por fora do que está rolando no Pan (apesar de ter cogitado fazer uma paradinha no Rio para conferir os agitos) e não sei quais foram as últimas armações da Thaís contra a Paula.

É interessante esse estado de “estar no mundo sem ser do mundo”. São acontecimentos importantes? São. E não adianta dizer que novela não conta... a grande maioria das pessoas vê. Mas vou morrer se não souber quem eliminou a Daiane dos Santos? Definitivamente não.

Posso confessar? Foi bem divertido responder “não” a todos os “você viu?” que me fizeram ao longo do dia. E, a cada vez, me deparar com uma expressão de: @_@

12 julho, 2007

Cultura inútil

Kelli pergunta: qual a tradução para stakeholder?

Dois amigos solidários respondem, quase que ao mesmo tempo: espeto de carne!

Ah se não fosse a wikpédia...

10 julho, 2007

Para mim...

A semana deveria ser dividida assim: quatro dias trabalhados e três de folga. A gente descansa mais quando sabe que depois do domingo, tem outro domingo! E trabalha mais disposto também quando a segunda-feira começa na terça.

Sobra tempo para mais filmes, tardes no sofá, conversas em botecos até altas horas, visita a amigos e seus novos filhotes e uma infinidade de coisinhas e coisonas prazerosas que a gente não tem tempo de fazer no corre-corre do dia-a-dia.

04 julho, 2007

03 julho, 2007

Truques para enganar as lombrigas

Sabe quando bate aquela vontade que só um doce salva? E se for chocolate, ai..., melhor ainda? Então, com o tempo – e a necessidade de fazer regime – a gente cria alguns truques para “enganar” a vontade. Eu, por exemplo...

- Sempre tenho um trident à mão
- Tomo café com adoçante
- Como frutas
- Bebo água
- Barras de cereal ajudam bastante
- Iogurtes também
- Bolachas de preferência água e sal ou integral

Claro que tem dias que não dá para passar batido pela prateleira de sobremesas, não tem como recusar aquela bolacha recheada no meio da tarde nem fazer vista grossa para aquele chocolate que nos acena no caixa do restaurante. Mas sobre os outros dias, até que não são tão insossos quanto parecem.

29 junho, 2007

Viva a sexta-feira!!!!!

Não tem dia mais animado que sexta-feira. O bom humor impera no ambiente de trabalho e aí acontece um festival de pérolas, das mais preciosas!

Só hoje, já comemos lanche do Shrek, analisamos a letra de Escravos de Jó, ouvimos Pop! Goes my heart!, com direito a coreografia e tudo, e estamos dando risada o dia inteiro.

Eu adoro sexta-feira!

A gente se acostuma a tudo...

Quando era adolescente, eu não fumava nem bebia. E achava super errado quem o fazia.

Depois que entrei na faculdade, o álcool ficou meu amigo. Ou fui eu que fiquei amiga dele? Não vem ao caso... Com o cigarro não teve jeito, mesmo que eu quisesse, minhas alergias não me permitem fumar, mas convivo com amigos fumantes harmoniosamente. E nem promovo mais campanhas antitabagistas.

Nessa mesma época, descobri que ir ao psicólogo é mais natural do eu podia pensar. Até então, minha referência de psicólogos era uma professora maluquinha, que usava roupas descombinadas e dava aula sem pentear os cabelos.

Hoje em dia, vejo amigos trocarem figurinha sobre seus tarjas preta, discutindo os baratos que cada remédio dá. E tudo com a maior naturalidade, como comadres que quando se encontram, pedem a receita daquele bolo laranja que é uma de-lí-cia.

27 junho, 2007

Diálogos reais

Certa feita, peguei emprestado na biblioteca um livro que tinha o desenho da Terra, com os continentes, oceanos, tudo. Queria mostrar para as crianças da Terra do Gelo exatamente onde ficava o Brasil, o quão distante (em tardes de brincadeira e noites de sono) era e explicar porque enquanto aqui é dia, lá é [quase] noite e vice-versa.

Detalhe: tudo em inglês. Óbvio. E eu estava lá há coisa de um mês. Um pouco mais talvez, pois já ia à biblioteca sem nos perder e opinava mais na escolha dos livros. De qualquer forma, meu inglês não estava lá essas coisas para falar de trópico de capricórnio, linha do equador, nada disso. Vale registrar que os meninos não iam à escola (nenhum dos três), ou seja: qualquer explicação tinha que ser muito didática, porque tudo realmente era novo para eles.

Comecei com a distância. Fácil. Parti para o movimento da Terra em torno do sol, com direito a uma bolinha representar o sol e minha mão fazer sombra do lado que já era noite. A compreensão foi mais ou menos. Tive que falar que naquela hora (quatro a menos que no Brasil), enquanto estávamos em casa e nem era hora do jantar ainda, na casa da minha família, já era quase hora de ir para cama. Entenderam. Pra terminar, expliquei que ‘naquela parte debaixo do mapa’ era bastante calor, com muitas praias quentes e que nunca nevava. E um deles concluiu:

“That’s why you are so brown!”

“Marrom, eu? Não, não”. E eles insistiram, achando graça. Eles eram bem branquinhos, é verdade, mas até aí eu ser marrom, era um tanto de exagero, achava eu até ver essa foto aqui. Reparem. Eu e o tijolo temos o mesmo tom!

21 junho, 2007

Quem guarda tem

Sexta passada Namorado e eu jantamos no Subway. O que mais gosto de lá é o cookie, que é igualzinho ao do Canadá. Ta. O lanche também é igual, mas eu sinto mais saudades dos cookies.

Mas então, como ia dizendo... depois do lanche hiper-ultra-mega-power-gigante, eu não agüentei a sobremesa e guardei o cookie o fim de semana inteiro. A semana começou e eu trouxe para o trabalho para comer na hora da larica.

Como estou meio gripada, nem tenho trazido minhas triviais frutas para a “fome das quatro da tarde”. Enfim... agora bateu uma baita vontade de comer algo e eu ainda vou demorar para chegar em casa. Adivinha o que achei na minha gaveta?

E estava fresquinho e crocante, viu?

19 junho, 2007

15 junho, 2007

Falando em além…

Dia desses o rapaz da recepção me transferiu uma ligação dizendo que era da minha avó. Meu coração gelou. Eu não tenho mais avós vivas e não tem outra Kelli que trabalha aqui.

Atendi tentando ser o mais simpática possível com a senhorinha, afinal, do mesmo jeito que receber o recado de que minha avó estava na linha me assustou, ouvir “sua neta não trabalha aqui não”, dependendo da idade, pode fazer mal, ne?

Enfim... o engano foi desfeito em poucos minutos e todos foram felizes para sempre. Quer dizer... eu é que não vou mais falar mal das minhas caixinhas de som. Seres mais vingativos esses do além...

Ai que raiva!

De ser tão avoada.
De lembrar e esquecer.
E então lembrar que esqueci.
De esperar dos outros o mesmo que eu faria pelos outros.
De ter vontade de chorar por qualquer coisa.
De, de repente, não conseguir cumprir algo.
De pensar que só o chocolate salva.
Arghhhhhhh!
TPM dos inferno, viu!

12 junho, 2007

Minha cena preferida...

De um dos meus filmes preferidos, com uma das músicas que ouço mil vezes seguidas sem cansar (e quase choro em cada uma delas), para o meu menino preferido.

Rádio do além

No começo eu achava que tinha um chiado do além no escritório.
Com o tempo percebi que o além era aqui na minha mesa mesmo.
As caixas de som do meu micro têm vida própria!
Cada dia sintonizam uma rádio diferente.
Sempre variações de forró, axé e sertaneja.
As de forró predominam, vale ressaltar.
Às vezes, quando quero ouvir música, aquelas que gosto, preciso aumentar muito o volume – para o som da música superar o da rádio intrometida.
Daí que fica impossível usar fones de ouvido.
E, invariavelmente, alguém pergunta “de onde vem essa música?”
E lá vou eu tentar achar um meio termo entre o além e as minhas músicas.
O mais engraçado é quando CPU e monitor estão desligados e a rádio fantasma está lá, a todo ouvidos.
Só dá descanso quando o estabilizador é desligado.
Coisa mais doida...

11 junho, 2007

Do orkut

Sorte do dia: Quando chegar o inverno, os céus mandarão chuvas de sucesso para você.

E eu me pergunto: tem quem leve isso a sério?

08 junho, 2007

Recesso

Eu adoro feriados. Adoro mesmo. Mas tem uma coisa chata, os dias que antecedem a folga prolongada são bem atarefados, principalmente no trabalho. Aí, dá nisso: blog desatualizado há uma semana!

Enfim... é a vida, ne?

Semana que vem retomamos a programação normal :-P

31 maio, 2007

Sonhos...

Há quem diga que todas as noites são de sonhos...
Mas há também quem diga nem todas...
Só as de verão...
Mas no fundo isso não tem muita importância.
O que interessa mesmo não são as noites em si...
São os sonhos...
Sonhos que o homem sonha sempre...
Em todos os lugares, em todas as épocas do ano...
Dormindo ou acordado.
(William Shakespeare)

30 maio, 2007

Não agüento!!!!

Esse frio ta demais. Eu já peguei temperaturas bem mais baixas quando morei na Terra do Gelo, tinha que sair na rua bem mais agasalhada, mas dentro de casa era quentinho! Eu podia ficar de camiseta!!!!!! E os ônibus também eram aquecidos. E todas as torneiras de todos os lugares.

Eu não ligo de fazer frio lá fora, mas aqui dentro do escritório não, né? Meus pés parecem dois picolés, minhas mãos estão congelando e eu sou obrigada a passar o dia inteiro de casaco. Alguém aí pode dizer pra São Pedro desligar o ar-condicionado de São Paulo, por favor?


O dia mais frio: -21ºC nas Cataratas de Niágara
Temperatura amena. Acho que nesse dia estava uns -2°C

29 maio, 2007

Apenas com 1/4 de juízo

Resumo do fim de semana: filmes + edredom + sono = eu

Teve também bastante sopa, sorvete, remédios e uma escapadinha rápida do repouso para rever pessoas queridas.

Nessas horas me sinto uma molenga... se já sofro tanto por causa de um dente, como será quando for mãe? Medo!!!

Eu penso em cada coisa. Ai, ai...

Bem, deixa pra lá...

Astros?

Adorei a brincadeira que fizeram conosco!

25 maio, 2007

Friiiiiio

Eu tinha preparado um post um tanto rabugento para falar sobre o frio e seus contras, mas essa semana estou tão zen, tão mais receptiva com relação a tudo a minha volta, que ao digitar agora, preferi dar um novo rumo ao post ;-)

É bem verdade que eu prefiro melão calor, mas o frio também tem suas vantagens:

- Posso usar meias coloridas todos os dias
- Tenho desculpa motivo para comprar luvas divertidas
- E para pedir novos pijamas de flanela pra Donana
- Tenho mais um acessório para combinar com as roupas, o cachecol
- Dormir juntinho fica ainda mais gostoso
- Tomo sopa [praticamente] todos os dias (Sim, eu AMO sopas)
- Convites para ir a um Café são aceitos mais facilmente (principalmente por amigos cervejeiros)

E por aí vai... Claro que levantar da cama cedo no frio é bem mais difícil, ir à academia então, nem se fala... e andar de ônibus? Ninguém merece! Mas quem é que consegue viver de verão a vida inteira? Ninguém...

Não dizem que a natureza é sábia? Pois então, façamos como ela: deixamos as folhas secas caírem no outono, nos encolhemos no inverno para desabrocharmos na primavera e termos um verão esplendoroso.

23 maio, 2007

Tudo o que gira parece a felicidade

Sabe quando um amigo te convida para um evento e você aceita sem saber muito bem o que é, nem se será bom? Foi assim que saí de casa no domingo à noite. A única referência que tinha era que minha amiga – professora de uma faculdade para terceira idade – ia levar seus alunos para uma apresentação de alguém que eu nunca ouvira falar. “É o mesmo cara que fez Milágrimas”, explicou. Ah, então deve ser bom, pensei.

Um parênteses: o Namorado fica louco com isso. Para ele, todos os programas que arrumo, a priori, são furadas. Ele sempre vai. Reclamando, mas vai. Diz que eu só invento e coisas assim. Quando voltamos, invariavelmente, elogia a apresentação, diz que foi “animal” e que na próxima vez avisará fulano, ciclano e beltrano.

Mas como eu ia dizendo, o espetáculo em questão chama-se Anatomia do Desejo. O que vimos, na verdade, foi um ensaio do que será aberto ao público em setembro. Foi simplesmente perfeito. Pessoas de todas as idades, de adolescentes a gente na casa dos ‘enta’, magros, baixinhos, rechonchudos, altos. Tinha de tudo um pouco. E cada um com a sua própria roupa, o que criou um contraste uniforme, por mais estranho que isso possa soar.

A primeira parte mostrou o movimento, o início da integração, então estavam todos de preto. Na parte seguinte, a do desejo, homens puseram camisa e mulheres vestidos. Cada um com seu decote, caimento e comprimento que era lindo de ver. Encantador.

Ao fim desse número, começou um outro logo na seqüência, estrelado por jovens de periferia que integram o projeto social Cidadança. A proposta era diferente. Mudaram as roupas – todas iguais -, os ritmos e a coreografia. A idéia que ficava, a cada dança, era de superação, força de vontade e conquista.

Quando acabou, os dois grupos subiram ao palco e aqueles jovens conseguiram emocionar ainda mais a platéia. Ao serem aplaudidos, meninas e meninos não contiveram as lágrimas. Só de lembrar, me dá vontade de chorar de novo. Foi lindo. Deu aquela sensação de “fazer o bem sem ver a quem” que conforta o coração. Na volta pra casa, pensei que o espetáculo não poderia ter recebido nome melhor... Afinal, tudo o que gira realmente parece a felicidade.

22 maio, 2007

Simplesmente feliz

Hoje eu acordei tão feliz. Estava tão faladeira no caminho para o trabalho, que o Namorado até estranhou.

Eu sempre sou mau-humorada pela manhã. Daquelas que não suporta as conversinhas de gente em ponto de ônibus, que quer falar do tempo, do jogo de futebol ou que o ônibus está atrasado.

Hoje estou super disposta e olha que já aconteceu um monte de coisas que poderiam ter alterado meu humor: meu professor de natação – o melhor que tive até hoje - disse que era sua última aula, tomei chuva no caminho da academia para casa, meu guarda-chuva está perneta, escolhi a roupa errada para vir trabalhar, o que significa que quando for embora, as chances de passar frio são grandes, entregaram meu almoço errado e a menina que senta ao meu lado não parou de falar um minuto sequer.

Apesar de tudo, meu humor está ótimo. E é tão gostosa essa sensação.

19 maio, 2007

Garota desastre

Eu matei minha câmera digital do jeito mais patético que podia existir.
Sempre que conto isso a alguém, me perguntam se foi afogada.
Não, não foi. Afogada seria óbvio, comum demais. Foi patético mesmo.

Tudo começou porque a numeração das fotos parou de zerar, mesmo quando eu apagava todas as imagens, a ordem começava do Imagem_1847. Como usar os recursos disponíveis no menu não estava ajudando, procurei por alternativas.

Como também sou *muito* prática [e sem noção nenhuma...], peguei a primeira coisa pontiaguda que estava ao meu alcance (um garfo!) para apertar a entrada que eu pensei ser do resert. A máquina pifou na hora.

Podem falar, eu MEREÇO o troféu joinha.

Ah! E sabem quem pagou o mico de contar o que aconteceu ao atendente da assistência técnica? O Namorado! Não pensem que foi por bondade não. Toda essa catástrofe só aconteceu porque ele nem para atender aos meus pedidos e checar o que acontecia. Se ele tivesse dado só uma olhadinha, eu teria descoberto de um jeito bem menos didático [e bem mais econômico] que entrada DC e resert não têm nada a ver.

17 maio, 2007

Para quem acredita

Dia chato, a hora não passa, meu o ânimo lá embaixo...

Uma amiga ficou impressionada com as coincidências desse teste. As meninas aqui da agência também... No meu tem muitas coisas que batem. Para quem quiser tentar, o link é esse aqui.

Seu Arcano Pessoal é: 21 - O MUNDO
Palavras-Chave: Universalismo e Realização
Acontecimento marcante a nível psicológico aos 21 anos;
Expansão e otimismo;
Excessos que podem ser cometidos com facilidade;
Indulgência;
Entusiasmo e energia;
Deseja fazer coisas grandes;
pensa alto;
Confiança demais pode prejudicar;
Quer fazer tudo ao mesmo tempo;
Sorte quer dizer preparo + oportunidade;
Interesse vivo pelas culturas;
Atração por tudo ligado ao Universo;
Não se deixe cegar com sua própria luz;
Avanços e progressos rápidos;
Ganha quando sente que merece;
Gosta de agradar a todos e recompensa quem te ajudou;
Necessita de espaço para si;
Contrariedades emocionais;
Precisa sempre assumir uma posição;
Cuidado com um lado voluntarioso;
Apreensão quanto ao futuro;
Ansiedade;
Grandes expectativas;
Nem tudo leva a sério;
Anseia por uma grande capacidade criativa;
Fascínio por grandes monumentos ou obras;
Atenção quanto ao sistema linfático, gordura ou glicose, colesterol, útero;
Sentimento de vitória iminente;
Não se envolva com pessoas dramáticas;
Aprenda a renunciar;
Certeza interior;
Atração pelo mundo simbólico;
Não desperdice suas chances pessoais;
Evite a acomodação;
Planeje com carinho;
Tipo visionário;
Comunga com idéias originais;
Trabalhe a insensatez;
Tenha os pés no chão!
É o momento, nesta vida, de realizar seus sonhos;
Bençãos espirituais;
Obtém ajuda inesperada.

15 maio, 2007

Uma data, muitos significados

Toda vida o 15 de maio do meu calendário foi circulado.
Primeiro porque é aniversário de minha irmã.
Depois, agreguei amigos que nasceram no mesmo dia.
Hoje o sentido é outro.
Faz um ano que entrei para o universo das assessorias de imprensa.
Passei para o outro lado do balcão, como diz o jargão.
Interessante como algumas buscas não cessam...
Aproveito as oportunidades para melhorar.
Aliás, crescer foi a palavra de ordem desse último ano.
Ainda há muito a ser percorrido.
Um alvo para atingir afastado da realidade de hoje.
Nem tanto assim.
Sonhos...
O que seria de mim sem eles?
Preciso de desafios.
Mais que um capricho, uma necessidade.
Que venham mais.
E que, de cada um, eu seja capaz de tirar todo aprendizado do último ano.

11 maio, 2007

Virada Cultural

O post que era ter aberto a semana, vai encerrá-la.

Fim de semana passado teve Virada Cultural em São Paulo. Quem me conhece sabe o quanto sou fã de atividades assim, exposições, mostras. Cultura. Cultura. Cultura. Amo.

Das mais de 300 atrações, distribuídas por todos os lados da cidade, assisti a três (Milágrimas, O Teatro Mágico e Ballet Stagium). Adorei cada uma e queria estar em forma para agüentar ficar mais.

Foram 24 horas de atividades para todos os gostos. Tinha muita gente, 3,5 milhões, de acordo com os jornais. Para qualquer lugar que se fosse, era preciso atravessar uma grande multidão formada por famílias completas, adolescentes em turma, jovens alternativos com seus grupinhos e sozinhos, idosos com suas bengalas. Enfim, muitas pessoas a fim de curtir o que a cidade tem de melhor. Infelizmente, os dispostos a aparecer mais que os artistas também estavam em lá. E é aí que mora o problema...

Um evento que era para ter sido exaltado pela iniciativa, pela diversidade, pela estrutura, foi manchete na mídia como palco de badernas e brigas. Acontece que a Virada foi um espetáculo sim. E dos bons. Notem que eu nem voto em São Paulo e, por isso mesmo, não tenho porque defender nada nem ninguém, além das minhas próprias idéias.

A prefeitura mantém esse projeto há três anos, mandou bem na seleção das atrações, havia banheiros acessíveis a todos, o metrô funcionou 24 horas para evitar trânsito, estabelecimentos comerciais e ambulantes “bombaram” a noite toda. Claro que sempre tem o que precisa ser melhorado, a conduta dos policiais, por exemplo, e o controle da venda de bebidas alcoólicas também. Um litro de vinho era vendido a menos de R$ 5. Agora, para mim, o problema maior está na falta de educação dos cidadãos. O câncer da sociedade, em minha humilde opinião.

Tirando o que estava sobre os palcos, nas ruas as pessoas davam um espetáculo à parte de má de educação. A falta de consciência sobre preservar o que é público é gritante e revoltante. Ninguém faz jus aos impostos que pagam e, pior, jogam o próprio dinheiro no lixo cada vez que pisoteiam jardins, depredam monumentos ou jogam lixo no chão.

Bem, mas nem por isso fiquei com má impressão sobre a Virada. Pelo contrário! Já até bolei uma estratégia de locomoção para a do ano que vem. Tudo o que vi de ruim só reforçou a minha idéia de que enquanto formos uma nação que não investe na educação, não importa o evento, a postura dos cidadãos sempre será vergonhosa.

Vou dizer uma coisa

Antes eu era devota de Santo Google.

Agora, é Santa Wikipédia que ouve minhas preces.

Amém!

10 maio, 2007

Ah, a igreja...

O Papa está em São Paulo e, claro, tudo parou. Não sei porque insistem em trazer eventos desse porte para cá. A cidade já está cheia demais, não agüenta esse tipo de coisa. Por menor que seja o acontecimento, tudo pára. Pode ser chuva, jogo de futebol, show, não importa. Pára. E pára mesmo. Dessa vez até o metrô, que sempre foi uma das saídas mais eficazes para fugir das ruas interditadas, está funcionando naquelas, devagar, quase parando.

Hoje, pela manhã, recebi essa mensagem de uma amiga que trabalha no centro de São Paulo, bem pertinho de todo o furdunço:

É o fim do mundo, tenham certeza!
O povo está gritando: "Papa! Cadê você? Eu vim aqui só pra te ver!!"

É mesmo o país do carnaval...
Sem comentários...

E o mais intrigante é que tanta espera, tanta mobilização, mas ontem, na madrugada, ninguém quis ficar no frio e no sereno fazendo uma vigília... Orando... Sei lá.

O Papa falava: "em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo " e o povo gritava: "eeeeeeeeeeeeeeeeee". Ué?? Antigamente não se dizia Amém?


Essa é a nossa igreja. Esse é o nosso povo. Não importa rezar pela paz, pelo fim das injustiças, por mais compaixão, por respeito ao próximo, nada disso. O que interessa é fazer barulho pra aparecer na “Grobo”.

Quando era adolescente, freqüentei a igreja por alguns anos. Era católica, apostólica, romana e praticante. Ia à missa, comungava, participava de grupos de jovens, ouvia Padre Marcelo, fazia novenas, campanhas da fraternidade, o padre era até meu amigo, vejam vocês. Daí aconteceu que teoria e prática ficaram mais e mais distantes, foi quando decidi que não dava mais, era tudo muito contraditório para eu tentar entender.

Um pouco depois, o padre amigo foi substituído por um festeiro, que eu prefiro chamar de capitalista. O salão de festas paroquial foi transformado em restaurante; a fachada ganhou azulejos; a escada, corrimão; o santo da cúpula foi pitado. O interior da igreja também deve ter mudado, mas confesso que em todos esses anos, ainda não me senti atraída para conferir.

Eu até tentei procurar por esse padre uma vez, nem lembro qual era motivo. Sei que perguntei por ele e o secretário informou que era seu dia de folga. “Puxa, com o padre amigo isso nunca acontecia”, comentei, no que recebi uma resposta ríspida do tipo “já faz muito tempo que o padre amigo não é mais o pároco aqui”. Fui embora e não voltei mais.

Esta semana montaram a estrutura das barracas para a quermesse. No alto da igreja, quase cobrindo o santo pintado, uma placa diz que a “Grande Quermesse de Rudge Ramos” será de 18 de maio a 15 de julho. Entenderam o porque do capitalista, ne? Enfim... Hoje em dia, só vou à igreja por motivos de força maior: casamentos, batismos ou missas especiais. No mais, a minha evolução espiritual busco em outras fontes.

Eu respeito muito os católicos de verdade, que se submeteram a todo empurra-empurra de ontem para receber a benção papal, no meio de tanta gente que sequer sabe o nome do Papa, muito menos o que ele veio fazer por aqui. É preciso acreditar muito, para tamanho sacrifício.

08 maio, 2007

Li hoje numa revista:

"2007 é regido por Júpiter que representa expansividade, moral e fortuna. O planeta também está ligado à fertilidade, boa sorte, abundancia e otimismo. É o ano ideal para se conquistar os sonhos. O que cada um plantar, irá colher”.

“2007 é representado pelo número 9, que significa a conclusão de um ciclo. Tudo o que foi plantado nos dois últimos anos será colhido agora”.


Eu sou da opinião que tudo chega às nossas mãos no momento certo. Um livro, uma música, um filme. Tudo tem o momento certo. E esse trecho veio bem a calhar. Estou numa fase em que sonhos gritam para serem realizados. Mais do que nunca, sinto que as escolhas de hoje refletirão diretamente no que serei, terei e farei daqui para frente.

Descobertas, escolhas, medos, incertezas, transição, decisões, borboletas no estômago, pensamentos que não cessam. Muitas coisas acontecendo, principalmente na cabeça. Chegou a hora. Hora de partir para ação. Porque 2007 é o ano, independente do que dizem os místicos.

Otimização do ócio

Desde que colocaram um terminal no meio do meu caminho para o trabalho, tenho gastado muito mais papel e caneta.

Explico: boa parte das idéias que tenho para escrever aqui me ocorre justamente quando estou longe do computador. Às vezes é no ônibus, outras numa fila qualquer, andando pela rua, vendo tevê etc. Como fico pelo menos 30 minutos diários à espera do ônibus, passei a anotar minhas idéias num bloquinho que carrego na bolsa. Jornalistas sempre têm bloquinhos na bolsa, ok?

Enfim... tenho escrito muita coisa ultimamente, nem todas publicáveis, claro. Mas isso é o que menos importa...

05 maio, 2007

Cadê abril?

Gente, o mês acabou! Não fosse eu ter uma agenda – e usá-la – diria que não fiz nada. Aí quando olho na agenda, descubro que foi em abril que fui ao show do Aerosmith e do Cordel do Fogo Encantado, voltei a postar com freqüência e a me abrir para amizades virtuais, já até desvirtualizei algumas, levei o sobrinho para se divertir e me divertir no parque, fiz acontecer algumas coisas no trabalho. Enfim... nem parece que mais 30 dias do ano já passaram, mas o que importa é que não foram em brancos!

03 maio, 2007

02 maio, 2007

Pérolas no trabalho

Número 1:
“Melhor parecer lésbica do que traveco” – comentário de uma colega sobre o novo corte de cabelo da outra.

Número 2:
“Fulana, consegui apagar mensagens do meu celular”

A fulana: “Sozinho? Que mááááximo!”

28 abril, 2007

Fidelity

Uma das coisas que coloquei na minha lista de resoluções para 2007 ser um ano realmente novo é voltar a comemorar aniversário de namoro mensalmente. A gente fez isso nos dois primeiros anos. O terceiro foi bem tumultuado e agora no quarto, revimos muitas coisas e (re)descobrimos que a felicidade está nos pequenos momentos.

Temos por hábito escolher uma foto para cada dia 27. Além disso, sempre procuro um verso, um cartão, uma frase, uma música, algo que represente o que o nosso relacionamento é para mim. Às vezes posto aqui ou no flog e outras entrego só para ele.

Para hoje, TINHA que ser essa música (que tocou incansavelmente no meu micro a semana INTEIRA). Só a melodia já é linda. Quando prestei atenção na letra e assisti ao clip, pensei: “Meu, Deus. Sou eu!”. Sim, porque quando começamos a namorar, eu agia exatamente como diz a música:

And suppose I never ever met you
Suppose we never fell in love
Suppose I never ever let you kiss me so sweet and so soft
Suppose I never ever saw you
Suppose we never ever called
Suppose I kept on singing love songs just to break my own fall
Just to break my fall


E, hoje, não tem como negar. Apesar das brigas que temos no meio do caminho, tudo fica infinitamente mais colorido com o Namorado ao meu lado.

27 abril, 2007

Dia cinza...

Lá fora e aqui.

Já ouvi dizer que a melhor maneira de levar a vida é deixá-la acontecer, sem muitos planejamentos.

Deve ser mesmo.

Sem muitas expectativas as chances de frustração diminuem um bocado.

Empolgação em pessoa

Feriados prolongados sempre são bem vindos. Sempre planejo viagens, passeios ou qualquer coisa que entretenha. Para este primeiro de maio em especial, estou diferentemente empolgada. Deve ter a ver com a programação, diversificada e recheadíssima:

Quinta: Baladinha Raul Seixas com amigos da facul e do Namorado
Provável que posts amanhã, só segunda... rs
Sexta: Pizza Hut com amigas de flog.
Quem será que desvirtualizarei dessa vez???
Sábado: Teatro e, quem sabe, baladinha da Energia da Véia
Domingo: Encontro com amigos do colegial e da igreja - que virou uma turma só -, com direito a Imagem e Ação e tudo mais
Sim, já fui Católica Apostólica Romana Praticante
Segunda: visitas a amigos e os seus filhotes
Deus do céu, como nasce gente nesse mundo!
Terça: nada certo ainda, mas provavelmente algo light, para recompor as energias!
Afinal, quarta será dia de branco :P

25 abril, 2007

Donana

O jantar ontem era cozido de legumes. Enquanto me servia, perguntei se ali tinha quiabo - que eu não como -, no que minha mãe respondeu que sim e completou: “fiz uma ponta de estoque de geladeira”.

As coisas simples da vida

Ensinei minha irmã mais velha a usar MSN. No primeiro diálogo que tivemos, ela disse que conversar pelo computador era um negócio muito chato.

Hoje, ela se conectou novamente e, entre uma fala e outra escreveu: estou falando com três quadradinhos ao mesmo tempo. To ficando craque.

Sim, ela é uma figura. ADORO!

UPDATE: Quadradinhos = janelas = pessoas

23 abril, 2007

Desabafo

“Musa é um rótulo para desqualificar a mulher. Não nasci para enfeitar o mundo”. Essa fala é da deputada Manuela D’Ávila, está na Veja da semana passada que eu só li hoje. Haja auto-estima e auto-confiança para realmente acreditar nisso.

Queria ter só um tiquinho dessa convicção toda. Ir às compras deixou de ser prazeroso e passou a ser uma tortura para mim. Ontem mesmo segurei o choro no vestuário, quando comprava novas calças jeans — porque a única que serve já aprendeu a andar sozinha.

Na volta para casa, repeti internamente muitas vezes que em breve aquelas calças — um manequim maior que o que eu passei a usar no último ano, ou seja, dois manequins a mais que o meu tamanho original — precisarão ser reformadas, de folgadas que vão ficar. Aí, cheguei em casa e minha mãe solta: “mas você está gorda, hein”. Com a sutileza peculiar de uma matriarca nordestina.

Desmontei...

Eu não preciso que me falem. O espelho diz diariamente. Minhas roupas idem. E quando tento me enganar, as fotos denunciam. Quando a única coisa que eu queria era sumir, o Namorado me deu um abraço, daqueles de urso, e me mostrou que, na magreza ou da gordura, eu não estou só.

Sustos tecnológicos

Hoje meu celular tocou dentro do metrô. E nem era o despertador. E eu também não estava numa estação não subterrânea.

O mais engraçado foi que além de mim, que atendi como se recebesse uma chamada do além, todo mundo me olhava como se algo muito absurdo estivesse acontecendo. Bem, e estava mesmo!

Comentei no trabalho o ocorrido e a primeira coisa que ouvi foi: “IMPOSSÍVEL, Kelli!”. O impossível foi enfático assim mesmo. Gente, eu JURO, meu celular tocou dentro do metrô. Lógico que a ligação durou apenas o tempo de eu saber quem chamava, mas não importa. Tocou.

20 abril, 2007

Da série: só comigo!

Atendo um laboratório farmacêutico e, como não podia deixar de ser, volta e meia jornalista liga aqui para pedir informações sobre medicamentos. Mais freqüentemente ainda, eu ligo para eles para oferecer informações sobre os tais.

Hoje atendi uma moça que se apresentou e disse que queria informações sobre o anticoncepcional x. A seguir, o diálogo que tivemos. O itálico representa meus pensamentos.

Ela: Eu comecei a tomar o remédio no dia tal...
Caramba, jornalista que testa pílula, essa eu nunca tinha visto
Ela: ... e começou a aparecer manchas marrom na minha calcinha.
Hein?
Ela: Queria saber se isso é normal?
Minha filha, leia a bula, ligue pro seu médico, compre um bom sabão em barra, não use calcinhas. Sei lá, faça qualquer coisa, mas ligar para assessoria de imprensa, não né?
Eu: Anote, por favor, o número do SAC da empresa. Tenho certeza que eles saberão te orientar.

Só comigo MESMO, ne?

Acho que...

Se eu fizer outro post tão longo, vou perder meus poucos leitores!
Falo por mim, que sou preguiçosa para ler posts longos...
Mas sabem o quê? Por causa disso, nunca tinha lido um texto do Meninas Garotas que dizem Ni até o fim.
Já faz tempo que ouço falar delas, acessei algumas vezes, mas só ontem que as descobri de verdade. Virei tão fã que já está ali nos favoritos. Sabem quando um texto cai como uma luva? Então! Me apaixonei :-)
Bom, mas agora chega! Esse post deve ser curto!
Amanhã eu volto (:

19 abril, 2007

Falando sério

Ou: Continuação do post anterior
Ou: Porque just me
Ou [ainda]: Para quem gosta de história...

Esse é o primeiro blog que tenho que é meu de verdade. O primeiro mesmo dividia com amigas da faculdade. Somos jornalistas, éramos meninas e queríamos um espaço nosso, para as nossas idéias. Postávamos de tudo: fotos, festas, textos nossos, dos outros, testes. Nossa... tenho até vergonha quando vejo alguns arquivos que publiquei. Sabem aquela pessoa que envia anexos .ppt, adora fotos de bebês, deseja bom dia com florzinha e é toda Pollyanna? Pois é. Essa era eu :$

Olhando para o que sou hoje até sinto falta de alguns aspectos dessas características, mas isso não vem ao caso. É assunto para outro post...

O espaço era super democrático, não seguia nenhum padrão a não ser o da nossa vontade. Mas sei lá, eu queria algo meu. Só que ao mesmo tempo, como deixar o blog das amigas de lado assim, sem mais, nem menos. Foi quando, conversando com o Namorado, decidimos criar um blog nosso.

Nesse segundo blog, eu sempre fui mais ativa que ele. Durante minha viagem para a Terra do Gelo mesmo, usava o espaço para contar as minhas anedotas. Mas, de novo, o foco do blog era o casal jovem e descontraído, como nos intitulamos.

Ano passado nós ficamos separados por três semanas. Não riam. Foi sério. Tão sério que cheguei a mudar a descrição do blog, postar mensagens melancólicas e até a nossa foto do ar eu tirei. No meio de um turbilhão de pensamentos, me dei conta que estava tudo errado. Aquele era o NOSSO espaço — por mais meu que ele fosse — e se o casal tinha acabado, o certo era estabelecer um novo começo.

Foi aí que devolvi a descrição original, coloquei a foto de volta em seu lugar e tomei coragem para criar um espaço just mine.

17 abril, 2007

Apenas eu...

O blog ganhou novo nome. Tem alguns dias já. Passou de “blog da kelli” para “just me...”. Quase a mesma coisa, se for ver, já que no fim o que há aqui é “apenas eu”. Bem, pelo menos consegui tirar o meu nome do título.

Incrível como não tenho criatividade para batizar coisas! Desde criança, nunca consegui dar nome para um brinquedo e me lembrar dias depois. A única exceção é Alfredo, um ursinho de pelúcia que ganhei da minha madrinha quando fiz nove anos, daqueles que tem escrito “amo você” na camiseta vermelha. Ainda bem que ele é um ser inanimado, nem tem consciência que foi pagão por muitos anos. Sim porque só o batizei quando me dei conta que Alfredo é um nome super legal, mas não para dar ao meu filho...

Certa vez ganhei um peixe beta e claro que queria chamá-lo de... Peixe! Minha amiga quase desistiu de me dá-lo diante de tamanha insensibilidade (para ela, claro). Pensei, pensei, pensei e nada. Aí ela sugeriu: “Linguado. Igual ao da Pequena Sereia”. Empolgada, respondi: “É!!!!!!!!”, para em seguida racionalizar: “Mas o Linguado é amarelo e o meu peixe é vermelho”. Foi assim que o peixe recebeu o nome de Sebastião. (Eu não ia explicar, mas vai que quem ler isso aqui não viu o filme... Sebastião é o personagem vermelho do filme).

Pensam que pára por aí? Que nada... no meu primeiro aniversário namorando, o Namorado meu deu um Bizonho de pelúcia, o burro reclamão da turma do ursinho Pooh. O Namorado foi menos implicante que a amiga da história do peixe e até achou graça quando falei que o meu bizonho se chamaria Burrico.

Com animais a história foi só um pouquinho diferente. Dos dois cachorros que passaram lá em casa, o primeiro veio filhote e minha irmã deu as opções: Rubi ou Precioso. Ganhou Precioso :-) A Lady, nossa atual mascote, adotamos adulta, ou seja, já veio com nome. Mas no caso dela DonAna tratou de rebatizá-la. Para minha mãe, a Lady é Leide. Juro!

Bem, mas tudo isso — caramba, como lembrei de coisas! — era só para dizer que mesmo sendo leitora de muitos blogs, com os nomes mais criativos, aqui na casa da kelli, vocês encontrarão just me.

16 abril, 2007

Minha casa brilha

DonAna não é aquela costureira de mão cheia, mas já me fez muitos vestidos, pijamas e até fantasias. Volta e meia ela pega uma encomenda aqui, outra ali. Nada com uma freqüência rítmica. De cada serviço, sempre fica um vestígio. Quer sejam fios de lã por cima do sofá, alfinetes perdidos no chão ou fiapos por onde ela passa.

O rastro da vez é de glíter. Um luxo só. Da almofada da cachorra ao banheiro, passando também pela mesa da cozinha, colchas dos sofás e camas, minha casa é só purpurina.

13 abril, 2007

Moída e feliz

Ontem foi o show do Aerosmith, o show que eu esperava desde 1997, quando eles anunciaram que voltariam ao Brasil e eu já tinha idade para vê-los. Porque em 1994, quando eles tocaram no Hollywood Rock eu ainda era piveta para essas coisas.

Meu segundo mega-show internacional (O primeiro foi U2) e que show. Se tivesse que resumi-lo em três palavras seriam: PUTA QUE PARIU! Eu fiquei muito emocionada, tanto que nem conseguia fotografar, gravar, nada. Só curtir, pular, gritar. Foi sensacional, do jeitinho que eu esperava há dez anos. Jennie’s got a gun e Dream on ao vivo vão ficar para sempre na memória.

Saudosismos e fanatismos à parte, agora algumas considerações:

O vocalista
O que é a cara do Steven Tyler toda repuxada? Ele nunca foi bonito, é verdade, mas agora parece um macaco albino com máscara anti-rugas.

Efeitos especiais
Colocaram um ventilador no palco de frente para o microfone para criar o efeito “cabelos ao vento”, ou “compatível”, como diz a Lia. Hilário.

O baterista
O Joe Perry mandou muito bem. Nem sou fã de solos, acho que deixam as músicas compridas demais, mas tenho que tirar o chapéu para ele. O cara literalmente se jogou (na bateria!) e foi responsável por muitos pontos altos do show.

Abertura
Pode parecer até contraditório, mas eu não sou uma garota rock and roll. Aerosmith faz parte das paixões que descobri quando adolescente e mantive até hoje, mas Velvet Revolver eu não conhecia uma música sequer. Por mim, o show deles poderia ter durado 15 minutos, super suficiente.

O público
No meio de 62 mil pessoas, tinha gente de todo tipo. Desde adolescentes que mantêm o cabelo igual ao do Slash (o guitarrista da banda de abertura, ex Guns n’ Roses), casais de cabelo branco e, a grande maioria, gente no meio termo, tipo eu e o Namorado, que ainda não joga no time dos tiozões de cabelo branco, mas também não são mais tão jovens assim como os fãs de Velvet.

Saldo final
Pra lá de positivo. Esperaria tudo outra vez e pagaria cada centavo pelo ingresso.

11 abril, 2007

O orkut disse

Sorte de hoje: A estrela da fortuna brilha sobre você

Acho que vou jogar na mega-sena, assim trabalharei [bem] menos, no que [realmente] gosto e terei tempo para me dedicar ao [abandonado] blog.

05 abril, 2007

Quinta feliz

Hoje eu já nadei, tomei banho de chuva, conversei com a minha mãe, brinquei com a minha cachorra, dei beijo no Namorado, li revista fútil, quase perdi a estação que desço, visitei os blogs/ flogs que gosto e estou empolgadíssima com o trabalho.

Véspera de feriado é bom, né?

03 abril, 2007

Atleta de novo

Voltei a fazer natação.
E agora eu tenho my oun par de patins.

Desde que voltei da terra do gelo, queria ter uma vida esportiva ativa como a de lá, só que não pedalando porque em São Paulo, além da poluição tem também os assaltos...

Mais de um ano se passou, até as coisas se acertarem. Certas coisas para mim necessitam de um processo. Nesse caso, o processo foi de engorda! Mas isso não vem ao caso... nem é um corpo esbelto que fui buscar na academia. É bem mais que isso. É prazer mesmo, a sensação de ver meu corpo funcionando bem em tudo o que faço.

28 março, 2007

Só a paciência salva

* O motorista do ônibus pede ao passageiro para explicar o caminho que deve seguir
* O eletricista desliga a força para trocar um disjuntor no meio do expediente
* Não satisfeito, ele faz isso DOIS dias consecutivos
* Pessoas bisbilhotam, descaradamente, os micros alheios à procura de "sites proibidos"
E a lista continua...

27 março, 2007

Arre!

Quem é que está com o pé no acelerador do tempo, hein? Tem tanta coisa acontecendo, tantos posts na minha cabeça e simplesmente não sobra tempo. Ando num ritmo tão acelerado, acho que nunca tomei tanto café e comi tanto chocolate com tanta frequência...

Aqueles que me conhecem dizem que sou calma e eu até tenho mesmo um tanto do sossego baiano em mim, coisas da genética... Mas ultimamente não sei, quando vejo, passou o dia e eu nem bebi água!

Eita, ansiedade!

21 março, 2007

Só comigo...

Aproveitei que estava com tempo para carregar meu bilhete único hoje pela manhã. Geralmente, os quiosques têm filas imensas, bem maiores que as da bilheteria do Metrô. Hoje, não sei porque, estava vazio. Logo pensei “dia de sorte!”.

Coloquei uma nota de cinqüenta reais sobre o balcão e, enquanto pegava o bilhete, a nota saiu voando. Tive que correr para alcançá-la, com a bolsa meio aberta, o livro numa mão e o casaquinho na outra. Uma cena *linda* de se ver!

Minha sorte – e isso sim é o que pode se chamar de sorte – foi que quando a nota já estava no meio da escadaria e eu ainda lá embaixo, uma moça que descia pisou nela e impediu que ela pegasse o caminho da rua.

Se fosse ligada nesses lances de jogos de azar, arriscaria uma aposta na borboleta, pois foi o primeiro animal que me veio à cabeça escrevendo esse post e também porque era assim que a nota parecia, um bicho que existe para alegrar a vida dos outros enquanto a única coisa que deseja é voar.

16 março, 2007

Novos prazeres

Descobri um novo hobby: scrap booking digital!!!

Sabem aqueles álbuns que, muito mais que fotos, têm flores, corações, botões, clipes, tags, arco-íris e uma infinidade de detalhes que os deixam fofos? Pois é. AMO!

Como também adoro presentear meus amigos com algo original, pode ser um CD com a música preferida, um livro com um texto que lemos juntos, um filme que sei que vai curtir ou um cartão personalizado. Tenho me aperfeiçoado bastante nesse último :-)

Aí, hoje, resolvi procurar comunidades no orkut sobre scraps e descobri que tem um moooooooooooonte de sites que oferecem ferramentas (leia-se: enfeites) para fazer scraps digitais. Já baixei vários kits e até já fiz um experimento lá para o flog.

Estou maior feliz.

15 março, 2007

Devagar

Chuva e São Paulo são coisas que não combinam. Sempre quando uma soma-se à outra o resultado é trânsito. Muito.

Levar três hora para voltar de uma reunião para, só então, pegar o caminho de casa acabou comigo...

Hoje estou lenta, quase parando... Tá difícil pensar em algo que não seja minha cama...

12 março, 2007

Alternativas

Na sexta-feira, além do Bush estar na cidade, caiu a maior chuva bem na hora de ir embora.

Para minha sorte, a estagiária daqui é super engajada e sabe tudo sobre atividades alternativas. Graças a ela descobri que ia rolar Almodovar de grátis no Centro Cultural São Paulo. Não pensei duas vezes: fui para lá e quando acabou o filme (Kika), a chuva já tinha parado, o Bush já tinha ido embora — aliás, o que foi mesmo que ele veio fazer aqui? — e o trânsito estava uma maravilha.

09 março, 2007

Trilhas

Inspirada no blog dessas duas, hoje vou escrever sobre a música no meu dia-a-dia.

Desde que ganhei meu iPodinho, me sinto como Anne Hathaway quando toca Breakaway em O diabo veste Prada. Para mim, uma das melhores formas de acordar e chegar disposta no trabalho é caminhar entre as pessoas ao som de algo bem empolgante. Entendam “empolgante” como quiserem. Para alguns pode ser Ivete Sangalo, para outros Metallica, para mim às vezes é Smash Mouth, Gloria Gaynor, Roling Stones, U2 e até Balão Mágico, entre muitos.

Mas a verdade é que eu sempre gostei de música. Para cada coisa que faço, cada amigo que tenho, cada evento que acontece existe uma trilha sonora. Quando era adolescente, na época que nem existia CD, uma amiga e eu passávamos tardes ouvindo e gravando músicas em fitas K7 de LP’s que pegávamos emprestados ou de nossas rádios preferidas. Até hoje tenho essas fitas. E as escuto.

Hoje, digitando esse post na minha cabeça enquanto estava no ônibus, fiquei pensando no quanto o caminho para o trabalho fica mais agradável ao som de Any dream will do.

Com I am what I am, Life ou I feel good ao fundo fica muito mais fácil ignorar aquelas pessoas que querem nos arrastar quando passam [leia-se trombam] por nós na rua, ou mesmo as que desrespeitam o próximo deliberadamente.

E quando o Nando Reis diz que amanhã vai virar hoje, lembro que falta bem pouco para ganhar um abraço de urso do Namorado de novo :-)

06 março, 2007

Será que sou eu que tenho problema?

Ai, eu não sei... dizem por aí que sou calma, quieta e outros sinônimos. Até procede. Mas é bem verdade também que eu fico bem brava com mais freqüência do que o imaginado, que certas coisas me tiram tanto do sério que nem respirar o mais fundo possível ameniza minha irritação.

No ambiente de trabalho mesmo sou daquelas que fazem e pronto. Sem ficar alardeando os quatro cantos do mundo. Já me disseram que librianos têm disso, de não se exibirem. Não sei... Eu entendo isso como discrição. Quem tem que saber o que faço é meu chefe. Ponto.

E a verdade é que fico profundamente irritada com aquelas pessoas que narram como se fossem locutores de futebol cada gesto, cada telefonema, cada email, cada peido que soltam. Sabem aquele tipinho ansioso, que sofre por antecipação — muitas vezes com coisas que sequer vão acontecer — e que acredita que o seu sofrimento É o sofrimento de todos? Pois é, ODEIO! Tenho vontade de incorporar a Mia Wallace e cortar a cabeça, ou mesmo ser só um pouco mal-criada para mandar calar a boca, ficar quieto, ir para o quinto dos infernos ou qualquer outra coisa do tipo.

Ainda bem que tenho meu iPodinho. Me fazer de surda até que tem ajudado.

01 março, 2007

28 fevereiro, 2007

Tudo errado...

Donana chega hoje de viagem. Deve ter chegado já, aliás. Eu, esperta que só, tratei de deixar a casa o mais ajeitada possível para a sua volta. De sábado a terça me dediquei a um cômodo por dia e hoje, quarta-feira, estou tão, mas tão cansada que a única coisa que quero é chegar em casa e encontrar minha mãe dormindo.

27 fevereiro, 2007

Parece que foi ontem

... que conheci um certo menino, que depois virou amigo e depois virou namorado
... que descobrimos nossa música
... que viajamos pela primeira vez
... que os planos em comum ficaram inevitáveis
... que acertamos nosso eixo
... que o apoio se tornou incondicional
... e o amor eterno

Ao som de all you need is love, uma das poucas certezas que tenho é que quero o meu menino por muitos e muitos ciclos de 4 anos.

22 fevereiro, 2007

Cada coisa que a gente vê

Vi hoje no metrô o banner do Instituto Cervantes com o seguinte endereço para contato:

informasao [arroba] cervantes.es

Pensei que estivesse com sono, distraída, sei lá... Mas não é que no site deles informação também está escrito com "s"?

16 fevereiro, 2007

Cegueta

Desde criança nutro uma vontade de usar óculos, mas a cada exame, meu astigmatismo sempre permanecia em seu estático 0,5 grau e eu sempre recebia a recomendação de que óculos eram dispensáveis. De uns tempos para cá, ler se tornou um exercício para mim. Dependendo da distância, tamanho da fonte ou iluminação as letras perdiam totalmente o sentido e se transformavam em borrões.

Pois bem. Hoje cedo fui ao oftalmologista fazer um teste. Toda vez é a mesma coisa: tapa um olho, soletra as letrinhas miúdas, tapa o outro e soletra tudo de novo. Depois olha num telescópio até enxergar um balão ficar centralizado.

No teste de hoje o balão sumiu! No lugar a médica começou a pingar um colírio atrás do outro e me mandava olhar para cima, para baixo, para a orelha (!_!), para o lado. Mas não dava. Meus olhos ardiam um bocado e eu simplesmente não enxergava.

Fiquei cegueta o dia todo. E ainda estou. Tive que almoçar no local mais próximo à agência — e não necessariamente o que oferece a melhor comida — para fugir da claridade. Minhas pupilas estão tão grandes que parece até que tenho olhos negros.

Ah, o diagnóstico? Meus olhos estão perfeitos, apenas um pouco secos. Devo pingar um colírio de frasco verde algumas vezes ao dia. O meu grau? Continuo com 0,5 de astigmatismo. Então não preciso de óculos? ERRADO!!!! A dotora recomendou que eu use para ler, assistir tevê e ao usar o computador. Ou seja, sempre :-)

14 fevereiro, 2007

Dúvida

Será que cupins, ao serem aspirados, têm a sensação de que estão num tobogã ao contrário?

Obs.: Achei esse post perdido num cd com uma série de arquivos gravados em maio de 2005. Nem faz tempo...

12 fevereiro, 2007

O horóscopo disse:

"A semana promete muita movimentação. Você será chamado para muitos encontros. Não importa se sejam grandes reuniões ou apenas um café na esquina, o que importa é que você não deve recusar nenhum convite. Desdobre-se e cumpra todos os compromissos."

E eu realmente tive dois eventos no mesmo dia, no mesmo horário, em locais bem distintos. Sabem o que fiz?

Dormi 14 horas seguidas.

09 fevereiro, 2007

Fato verídico

De repente, no meio da tarde, uma colega de trabalho indaga: "o que é nefrologia?"

E, imediatamente, outra colega responde: "a pessoa que transa com defuntos!"

Pausa para risos. Muitos risos. Impossível continuar trabalhando depois dessa...

08 fevereiro, 2007

Confissão

Eu não suporto pessoas que falam pegando na gente. Tenho verdadeiro pavor de homens que se referem aos outros — outros mesmo, desconhecidos e tal — como “amor”, “paixão” ou “querida”. Sinceridade, prefiro morrer de catapora preta a ter que cumprimentar esse tipo de gente. Juro! Só eu sei a angústia que me dá quando o sujeito chega, se achando o bacana, e saca um abraço que nunca termina enquanto conversa.

07 fevereiro, 2007

Mudanças

Trocar de emprego é bem legal. Tem o lance de conhecer novas pessoas, encarar novos desafios, mudar de ambiente e tal. Mas, cá entre nós, quem é que merece primeira semana de trabalho?

A pessoa recebe uma avalanche de informação, não assimila nada, é apresentada para deus e o mundo, todos a conhecem — afinal, é a pessoa nova — e ela mal se lembra se o nome da recepcionista é Aline ou Alice.

Tudo já deveria ser automático, pensem só como seria o máximo: não haveria aquelas apresentações, nem aquelas conversinhas sem assunto tipo “você vem sempre aqui”, a rotina de trabalho seria absorvida assim, num piscar de olhos, o que evitaria comentários/ perguntas óbvias e todos seriam bem mais felizes. Eu acho.

29 janeiro, 2007

24 janeiro, 2007

Jogo dos sete

(Lú, olha aí minhas respostas! :P)

* 7 coisas que eu tenho que fazer antes de morrer:

1° Conhecer a Grécia
2° A trilha Inca de Macchu Piccho
3° Ser mãe
4° Trabalhar com Terceiro Setor
5° Pular de pára-quedas
6° Falar francês
7° Ir para a Disney

* 7 coisas que mais digo:

1° Estou com sono
2° Ai que fome
3° Entendeu!
4° Oi moça (o)!
5° putz...
6° aff...
7° Lady, pra dentro!

* 7 coisas que faço bem:

1° Escrever
2° Organizar as coisas
3° Dormir
4° Faxinas
5° Ouvir as pessoas
6° Andar de bicicleta
7° Falar ao telefone

* 7 coisas que não faço:

1° Dormir cedo
2° Fumar
3° Costurar
4° Acampar
5° Beber cerveja
6° Comer fígado, jiló, quiabo e caju
7° Jogar lixo no chão

* 7 coisas que me encantam:

1° Natureza
2° Sufismo
3° Música
4° Viagens
5° Crianças
6° Sentimentos de amor e amizade
7° ações sociais

* 7 coisas que odeio:

1° Politicagem
2° Policiais
3° Guarda-chuva
4° Pessoas falsas
5° Dormir pouco
6° Fofoca
7° Esperar