20 dezembro, 2009

E lá vamos nós!

São 3h23 da manhã. O termômetro marca 1ºC em Lisboa. Viajamos às 8h35 de Lisboa para Madrid e, então, de Madrid para a caótica salve-salve São Paulo. Marido dorme. Já eu não páro nem por decreto. E olha que hoje nem bebi café...

Estou contando os minutos. As malas já estão prontas (ufa!), passaportes na bolsa, um monte de leituras para o mestrado na mochila do laptop (se eu vou ler são outros quinhentos...) e a expectativa de rever o povão de lá todo de novo só aumentando.

Para todo mundo que passar por aqui, desejo que tenham um feliz natal e que 2010 venha com tudo.

Amor, paz, harmonia, serenidade e unidade para a gente!

17 dezembro, 2009

Enquanto isso...

Dias atrás uma professora do mestrado disse que o curso que fazemos na gradução “formata” o nosso modo de pensar para uma determinada maneira, nos faz enxergar com filtros. Nunca tinha olhado por esse ângulo e, confesso, achei totalmente pertinente.

Está sendo um grande esforço para mim pensar “academicamente”. Todos os temas de trabalho que passam pela minha cabeça dariam reportagens especiais espetaculares, mas na hora de transformá-los num ensaio ou num artigo – acadêmico sempre, nunca de opinião – o negócio emperra.

***

Ontem tive a minha primeira apresentação e a professora chamou o meu grupo (formado por mim e mais dois colegas) de indisciplinado. Tudo porque lemos um texto indicado [e escrito] por ela e ao apresentá-lo para a classe, decidimos atualizar alguns dados, recorrendo a outras fontes. “Eu não me enxergo no que vocês estão apresentando” e “vocês deveriam fazer uma leitura crítica, não uma apresentação sobre um tema” foram só alguns dos comentários que ela fez.

Houve ainda observações como “manter o rigor acadêmico” e “respeitar a identidade/ linha de raciocínio do autor”. No fim, o maior erro que cometemos, na verdade, foi escolher justo um texto dela. Lidar com egos já não é tarefa fácil, de professores catedráticos pelo visto é pior ainda.

***

Enquanto escrevia esse post, eu senti meu apartamento inteiro tremer. Na minha santa ingenuidade, achei que era Marido, abrindo a porta do quarto, ou a minha imaginação. Mesmo assim, fiz uma busca simples no google “sismo Lisboa” e só apareceram informações sobre o fatídico terramoto, seguido de tsunami e incêndio de 1755.

Uma observação: se você não conhece Lisboa, saiba: quando conhecer, na descrição de muitos monumentos você lerá: era assim, após 1755 ficou assado.

Muito bem. Continuei navegando, escrevendo, recebi um email mega fofo, que deu vontade de largar os trabalhos do mestrado e voar amanhã para o Brasil, só para passar a noite de Mushkil Gusha com amigos amados.

Aí meu amigo portuga publica no Facebook: this is the end, com link para um site que confirma que à 1h37 da manhã rolou um sismo de magnitude 5,7 a 265 Km de Lisboa. Joinha, ne? Como eu durmo agora?

14 dezembro, 2009

Contagem regressiva

Na semana passada, um amigo tuga nos mandou um email com a imagem abaixo, com um recadinho para nos agasalharmos bem. Afinal, brasileiros não são nada habituados com o frio. Achei fofo.


Mas sabem o que eu gostei mesmo? Foi me dar conta que, daqui uma semana, a essa hora, Marido e eu estaremos beeeeem longe desse frio todo. Mal posso esperar!

25 novembro, 2009

Natal sustentável

Este ano, Marido e eu teremos a felicidade de passar o Natal no Brasil. Aliás, será o nosso primeiro Natal em família. Já estamos em ritmo de contagem regressiva total, pois além de toda felicidade que isso já implica, ainda vamos fugir do frio (!!!).

E desde que começamos a pensar nos presentes, combinamos que os nossos embrulhos serão ecológicos, ou seja, nada de metros e mais metros de papel presente. Já que no fim o destino dos embrulhos é o lixo, vamos reaproveitar jornais, sacos plásticos, caixas, folhas de revista e o que mais aparecer pela frente.

E vocês, o que acham de aderir a essa campanha também? Para motivá-las, uma imagem que a Mari Mello publicou no Brincando de Casinha.

09 novembro, 2009

I gotta feeling

Eu sei, eu sei. Esse vídeo está pipocando na internet. Mas me digam se não é o máximo e se não dá vontade de sair dançando? Eu preciso de música no meu dia-a-dia. Costumo dizer que viveria sem televisão numa boa, mas sem rádio seria beeeem difícil.

Pra mim, não tem jeito melhor de começar a semana do que ao som de algo que nos deixa com o astral lá em cima. Vamos lá!

I gotta feeling that today is gonna be a good day!



A cara de surpresa da Oprah é impagável, não é?

E eu admito: sou louca pra participar de um flash mob!

06 novembro, 2009

Boas notícias

Eu tenho um monte de coisas para escrever aqui. São tantos pensamentos juntos e acumulados que dá nisso: post nenhum. Dizer que estou sem tempo seria a maior mentira, pois é mais uma questão de prioridade do que de tempo propriamente dito.

Enfim...

As aulas do meu mestrado começaram. Lembram? Eu contei aqui. O curso está as mil maravilhas. Nunca tinha pensado que me dedicar aos estudos daria tanto sentido para a minha vida, teria tanto a ver com o meu modo de pensar e os projetos que eu tenho para um futuro bem próximo.

A troca de experiências e conhecimentos é constante. O aprendizado está sendo imenso. A cada aula eu chego em casa querendo mudar o mundo, pelo menos o meu mundo. Afinal... o curso é sobre sustentabilidade e – resumindo ao mínimo – é sobre o mundo que eu vou deixar para os filhos que eu ainda vou ter que isso se trata.

Eu acredito que as coisas só chegam até nós quando estamos preparados para compreendê-las. Às vezes pode levar tempo, pode vir de um jeito que não esperávamos e também pode acontecer de estarmos à procura de algo completamente diferente daí um comentário nos faz olhar para outra direção e, como dizem por aqui, já está: um universo de possibilidades se abre a nossa frente e não é mais possível voltar atrás.

Não depois de ter acesso ao que tanto se buscava.

Como escrevi no Twitter dia desses, estou muito feliz com todas as coisas boas e as oportunidades que tem surgido na minha vida. E mais feliz ainda por estar aberta para aproveitá-las. Espero estar fazendo isso ao máximo.

Pode parecer meio Pollyanna ou mesmo maluco, mas eu tenho a certeza de que quem já passou pelo mesmo sabe exatamente do que eu estou falando. Não importa o que ocorreu de bom ou de ruim no meio do caminho, quando a gente sabe que *é isso!*, a felicidade transcende.

23 outubro, 2009

Frase

"Há pessoas que querem ser bonitas para chamar a atenção, outras desejam a inteligência para ser admiradas... mas há algumas que procuram cultivar a alma e os sentimentos; essas alcançam o carinho de todos, porque, além de belas e inteligentes, tornam-se realmente pessoas".
(João Prestes)

Tirado do blog da Paulinha.

26 setembro, 2009

Fofurices da internet

Eu a-do-ro o blog Mulher 7x7, feito por sete jornalistas – de diferentes áreas e idades – da revista Época. Confesso que fico um tempão sem visitá-lo, mas quando o faço, me delicio.

Imaginem sete mulheres falando ao mesmo tempo, cada uma sobre um assunto, e todas se entendendo perfeitamente. Pois é! Eu poderia escolher um texto mais “cabeça” como exemplo do que se encontra por lá, mas o fim de semana já bate na porta e nada melhor do que recebê-lo com esse vídeo fofo, de braços abertos e – por que não? – com muito amor.

13 setembro, 2009

Um pouco mais do Uzbequistão

Segue outro vídeo sem edição de um dos nossos jantares. Esse foi feito em 1º de setembro, na nossa última noite na cidade de Khiva, no Uzbequistão. Está um pouco escuro, pois esse era o "quintal" da pousada onde estávamos hospedados.

Nessa altura, já estávamos há 15 dias juntos, já nos conhecíamos muitíssimo bem e os laços de harmonia, unidade, amor e amizade estavam feitos. Dali três dias estaríamos em Londres para que cada um seguisse o seu caminho, mas ainda hoje - e eu sei que por muito tempo mais - é só eu querer que os tenho bem aqui ao meu lado. E vivo toda essa magia de novo.

10 setembro, 2009

Camelos!

Foi assim: estávamos no Turcomenistão, indo da cidade de Mary para Asgabad numa rodovia que corta o deserto de Karakum. Daí alguém viu alguns camelos lá longe e todos os carros pararam. Imagina?

Nosso guia pediu para o "pastor" - alguém sabe como se chama quem toma conta de camelos? - trazer os animais para vermos de perto. Enquanto isso nos avisou para tomarmos cuidado, pois além de dar coice, os camelos também mordem.

Como vocês verão no vídeo, a maior parte do grupo continuou na rodovia enquanto eu, Marido, o Edu e outros perdidos nos enfiamos lá no meio da caravana. Engraçadíssimo.

09 setembro, 2009

Uma noite no Uzbequistão

Vídeo sem edição de um jantar super agradável, acompanhado de shows típicos numa antiga madraça (escola) na cidade de Bukhara, no Uzbequistão.

07 setembro, 2009

Voltando aos poucos

Na prática, as férias acabaram ontem, mas internamente ainda vai levar um tempo até eu entrar no ritmo do "mundo real" novamente.

Prometo que desta vez eu escreverei sobre as viagens com riqueza de detalhes, mas por hora, vou começar pelo fim: nosso penúltimo dia juntos, no Cazaquistão:



Na foto, da esquerda pra direita, de cima para baixo: Vicent (fracês), Cristina (argentina que vive parte do ano na Holanda), David, Maria Luz, Ana e Vicenta (ele e elas da Espanha), Salomé, Alice e Thaís (brazucas), Linda (inglesa que vive na Espanha), eu e Ude (brazucas), Marilin (americana), Mariana (espanhola), Andréa (brazuca), Rustan (nosso guia uzbeco maravilhoso), Marido e Eduardo (brazucas), Juan (espanhol) e Benedetto (italiano).

O que dizer desse grupo? Perfeito. E sobre a Great Silk Road - a Rota da Seda? Mágica.

Estar no mundo sem ser do mundo, literalmente e intensamente.

06 agosto, 2009

Viagem interna

Estamos com o pé na estrada outra vez. A primeira das três grandes viagens reservadas para agosto. Queria conseguir expressar em palavras a sensação de saber que dentro de poucas horas estarei, novamente, num lugar tão especial.

Como dizem que uma imagem vale por mil palavras, seguem três. O local é Arcos de la Fronteira, em Andalucia, Espanha. A energia de lá? Só sentindo.

Los pueblos blancos


A catedral de Arcos


Tékkia - lugar mais que especial

Tem mais fotos aqui e aqui.

05 agosto, 2009

No Algarve

O Algarve fica no sul de Portugal, é o nordeste lusitano, com praias para todos os gostos, temperaturas convidativas e lindas paisagens. É um dos destinos preferidos de veraneio dos europeus, principalmente ingleses, espanhóis e alemães. É para lá que vão também muitos “tugas” (portugas), para desfrutar as férias escolares e de verão.

Resumindo: é um agito só, com um uma vida noturna diferente de tudo o que eu já tinha visto por essas bandas até então. No inverno aquilo deve ser um marasmo entediante, mas isso não vem ao caso agora...

Estava eu num barzinho de Portimão junto com Marido e uma amiga, quando me dirigi ao garçom:

Eu quero um Sex on the Beach, por favor.

Ele olha para o relógio e responde:

Só se for depois das quatro, pois agora estou a trabalhar.

01 agosto, 2009

24 julho, 2009

Ê saudade

Tem um texto da Cecília Meirelles que fala sobre as escolhas que a gente faz. Ou isto ou aquilo? Sol ou chuva? Guardar dinheiro ou comprar doces? Estar lá ou cá? Às vezes nem nos damos conta, mas a todo momento tomamos decisões como essas: esquerda ou direita, sair ou ficar, ônibus ou metro, peixe ou carne, suco ou refrigerante, comprar ou não comprar. A lista é grande.

Quando se decide viver em outro país, a gente sabe que vai abrir mão de um bocado de coisas, em troca de outras tantas. Dói acompanhar só de longe a formatura do sobrinho, a primeira apresentação de dança da irmã, a escolha da casa nova de Donana, a festa junina da escolinha do afilhado, a gravidez da amiga, o casamento do amigo, os preparativos para o grande dia da amiga noiva e por aí vai.

Graças a Deus, a contrapartida que Marido e eu recebemos faz o “estar longe” valer extremamente à pena. Tem a qualidade de vida, o sol até as 22h, os novos amigos que, de outra forma, não seriam amigos, a nossa cumplicidade que fortaleceu ainda mais, o contato com o novo a todo instante, o upgrade no currículo, sem falar nas muitas possibilidades de viagens. Quando, vivendo no Brasil, a gente acharia normal ir até Madrid para se despedir dos amigos que estão de mudança, passar o reveillon em Paris, o aniversário em Londres, o natal em Barcelona ou a Páscoa em Budapeste? Pois é!

É claro que quando a saudade aperta, até comercial de óleo para motor de carro nos deixa sensibilizados. Vídeo com fotos do afilhado, então... nos faz chorar feito crianças. Nessas horas eu agradeço por estarmos passando por isso juntos, do contrário seria muito mais difícil.

23 julho, 2009

Falando em festivais....

No fim de semana que passou, Marido e eu fomos ao Super Bock Super Rock, que apesar do nome, nem foi tão rock assim (para minha alegria, diga-se de passagem). Eu queria ir desde que vi a programação, alguns meses atrás, mas 40 euros por cada ingresso é o preço de uma passagem para Barcelona, por exemplo. Claro que por uma companhia low cost da vida (Vueling ou EasyJet), mas taí um detalhe que não nos incomoda.

O tempo passou e surgiu um trabalho para fazer durante o festival. Eu prontamente me ofereci e um amigo muito querido teve a brilhante idéia de colocar o Marido na equipe de pesquisadores. Lá fomos nós. Na hora dos shows da Duffy e da Brandi Carlile – os que eu mais queria ver – estávamos trabalhando, mas deu para acompanhar numa boa. A grande atração da noite foi The Killers, que pudemos curtir do início ao fim pois todo o trabalho já estava feito.

No balanço geral, eu teria ficado muito frustrada se tivesse pago pela entrada, pois tirando os shows da Duffy e do The Killers, que duraram uma hora, os outros foram bem curtinhos. Sem contar que havia longas filas para tudo: comprar comida, ir às casas de banho e até para ganhar brindes dos patrocinadores.

Maaaaassss... como os nossos ingressos foram ganhos, nós levamos os nossos lanches (dica valiosíssima da agência) e a gente ainda recebeu uns trocados para estar lá, o que ficou do festival, para além da música, foi a farra com os amigos e as chefinhas.

Jogados, literalmente...



Ver o show? Não... vamos tirar foto!

22 julho, 2009

Dica cultural

Verão, aqui, é sinônimo de festival. De música, de cinema, de dança e até de promoções, os tentadores saldos. São muitos, para todos os gostos e se estendem por toda a estação. Tem de rock, de jazz, axé – sim, sim, o ritmo brasileiro, com trios elétricos e tudo – e por aí vai.

Hoje quero falar de um que acho super bacana e pouco divulgado: a Festa do Cinema 2009, promovida pela Fundação Inatel. A idéia funciona assim: eles montam uma tela com 400 metros quadrados no meio de um estádio e exibem filmes ao ar livre. Como estamos no verão e o sol se põe depois das 21h, as sessões começam às 21h45 e o melhor: os ingressos custam 3 euros.

Os filmes devem ser uó, alguém pode pensar. Ledo engano. A programação conta com grandes sucessos de bilheteria do ano passado tais como Anjos e Demônios, Quem quer ser bilionário, Marley & Eu, X-Men Wolverine, Madagascar 2 entre outros.

Outra coisa bacana, a cada noite há um jantar temático, com o cardápio inspirado em detalhes dos filmes. E a pessoa pode ainda trocar a arquibancada por um puf para assistir ao filme largadão.

A Festa do Cinema começou dia 18 de julho e vai até o dia 1º de agosto. A Fundação Inatel fica no cruzamento das avenidas Rio de Janeiro e Estados Unidos, em Lisboa. Para ver a programação completa, clique aqui.

12 julho, 2009

Dentro das estatísticas

Acabei de ler um texto no blog Mulher 7x7 sobre um estudo que constatou que as mulheres gastam, ao longo da vida, quase um ano para se decidir sobre que roupa usar. Eu ri, pois se tem uma coisa que sou é indecisa com relação a isso. Se for para uma ocasião especial então...

Na semana passada mesmo. Teve um evento na firma do marido num lugar super badalado – que, diga-se de passagem, eu queria conhecer há tempos. Depois de pensar um tempão, me dei três opções: um modelo bem casual, um pretinho básico mais sofisticado e um vestido para evento mesmo, tipo casamento, sabe? O escolhido foi o do meio e acertei em cheio, mas confesso que até chegar lá e ver como estavam as outras pessoas, a dúvida quase me consumiu.

No fim deu tudo certo. E para completar, o espaço fica num dos bairros históricos de Lisboa, com uma vista privilegiadíssima da cidade. Fechamos a noite vendo o sol se pôr num lado e a lua nascer pelo outro. Em plena dez da noite. Um espetáculo.

A Sé, o Tejo e a Lua

09 julho, 2009

Mea culpa

Primeiro eu viajei, depois recebi visita e agora preciso decidir qual pós-graduação vou fazer antes que passem as datas de inscrição. No meio de tudo isso, um trabalho aqui e outro ali. Porque dinheiro e contatos são sempre bem-vindos, ne?

Falta mais inspiração do que tempo para o blog, mas daqui a pouco volta. Prometo.

26 junho, 2009

Tudo junto, misturado



Essa música d'O Teatro Mágico diz “tem horas que a gente se pergunta porque não se junta tudo numa coisa só”. Então seguindo esse pensamento, resolvi fazer um post com um monte de bocadinhos :)

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Estou adorando esse negócio de fazer posts com trilha sonora!

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Espero que a vizinha do andar debaixo não tenha problemas cardíacos, nem insônia, pois é incrível a quantidade de coisas que escapolem da minha mão depois das dez da noite.

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Qualquer dia os pedreiros do prédio do fundo baterão aqui em casa, com um rádio de presente. De certeza que eles pensam que o fato de tocar a mesma música por horas seguidas é um problema do aparelho e não uma vontade minha.

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Sobre a história da não obrigatoriedade do diploma de jornalismo... É frustrante ver a nossa profissão sendo tratada com tamanho desdém. Em contrapartida, essa medida vai fazer com que as faculdades elevem – e muito – a qualidade do curso que oferecem. E isso é um ponto bastante positivo.

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O Elton John se apresentará em Lisboa neste domingo e eu nem vou.

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O verão chegou com força total: 35 graus na sombra.

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Como assim o Michael Jackson morreu?

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Estamos de malas prontas rumo a Madrid. Vamos passar sexta, sábado e domingo com o casal mais globalizado que conhecemos. Não quero nem ver a salada mista linguística que vai sair desse novo encontro :)

25 junho, 2009

Telefone sem fio

Uma amiga me liga e avisa: “Kelli, o Pedro, da agência X, vai te passar um trabalho”. Desligo a chamada e quem me liga em seguida se apresenta como Ricardo.

Eita... penso eu... será que ela me indicou para a agência X e calhou do cara da agência Y – que é Ricardo - me ligar na mesma hora? E se eu for para agência errada? E se ele falou Pedro e eu ouvi Ricardo? (porque Pedro e Ricardo é tão parecido quanto Joaquim e Manuel ne?)

Liguei para amiga e, para piorar, ela não conhecia nenhum Ricardo na agência X. O jeito foi telefonar para o número do dito cujo com um pretexto bem real:

“Oi... Aqui é a Kelli. Eu vou ter consigo agora às 17h, só queria confirmar o endereço, pois não conheço muito bem essa região”. E ele me orientou para a agência X.

Ao chegar lá, a primeira coisa que fiz foi perguntar à recepcionista: é Ricardo ou Pedro?

E ela responde:

Pedro Ricardo!

19 junho, 2009

O verão vem aí!

É esquisito, mas o ano letivo por aqui – e em todo hemisfério Norte – vai de setembro a junho. A expectativa pela chegada do verão e das férias está mais explícita a cada dia.

Quarta mesmo eu era a única aluna na yoga. Aula particular :)

Já na natação, ninguém quer saber de mais nada, nem de nadar. Como todos usam a mesma raia (isso merece um post a parte), o negócio é entrar na dança e aceitar o fato de que até o clube encerra para férias durante o verão.

18 junho, 2009

Cheira bem, cheira a Lisboa!



(antes de ler esse texto, clique no play para entrar no clima das festas dos santos populares)

Clicaram?

Então vamos lá! Quatro coisas resumem o feriado: essa música, sardinhadas, companhias incríveis e passeios não planejados perfeitos.

Em cinco dias, Marido e eu fomos à praia, visitamos monumentos e museus, vimos Lisboa pela primeira vez lotaaaaaada de gente – digna de avenida Paulista em dia de Parada Gay – nos fartamos de comer sardinha assada, nos aventuramos pelos caracóis, mas o petisco não fez muito o nosso gosto, e estivemos com as companhias mais animadas ever. Até ao Bairro Alto nós fomos! Se tivéssemos planejado apenas um dia que fosse, esse feriado não teria sido tão especial como foi.

No ano passado, nós tínhamos acabado de chegar por aqui e ainda não sabíamos que o melhor do dia de Santo Antônio é a véspera. Nós vimos as ruas enfeitadas, algumas tascas vendendo sardinhas, mas nada como este ano. Imaginem uma grande quermesse, a maior que vocês já foram. Pronto. É exatamente isso, mas na cidade inteira e dura apenas uma noite. A cidade que normalmente “encerra” às 22h estava “a bombar” às 3h da manhã.

Eu adorei. Agora a todos que me perguntarem, vou dizer que junho é a melhor época para vir a Portugal.

11 junho, 2009

Festas dos Santos

Quarta foi o Dia de Portugal e de Camões, hoje é feriado de Corpus Christi e sábado é dia de Santo Antônio, o padroeiro de Lisboa, mas as festas dele começam mesmo é na sexta. Tem as marchas populares, as noivas de Santo Antônio (casamento comunitário) e os arraiais espalhados pelos bairros da cidade.

Arraial em Portugal? Tem, sim senhor! Junho é considerado o mês dos santos populares e mobiliza o país inteiro. Em Lisboa, é só entrar num bairro um pouco mais tradicional para ver bandeirinhas coloridas penduradas pelas ruas e sentir o cheiro de sardinha assada no ar. Elas são a grande atração gastronômica nessa época do ano.

E assim: acabam as festas, acabam as sardinhas. Taí outra “oportunidade única” lusitana.

Só pelo prato principal, já dá para perceber que as festas lusas são bem diferentes das brasileiras. Não há todos aqueles quitutes (ai que vontade de um milho cozido!), quadrilha, nem quentão ou vinho quente. Em compensação, aqui é quase verão e eles dançam o vira! Gente, é impagável.

E eu que pensava que o Roberto Leal era o Roberto Carlos de Portugal, ledo engano... Ele representa a chamada “música pimba”. Como eu posso explicar? Sabem os “beber, cair e levantar”, “chupa que é de uva” ou “senta que é de menta” da vida? Música pimba é isso.

Então, anotem: nada de querer criar empatia com o Manuel da padaria dizendo que conhece o Roberto Leal, hein! No mais, aproveitem o feriado!

09 junho, 2009

Vamos ao circo!

Cada vez que vejo uma apresentação do Cirque du Soleil fico encantada. Na semana passada, quando assistimos Varekai, não foi diferente.

É uma sintonia tão perfeita que chega a ser inacreditável. Uns pulam e os outros seguram. Simples assim. E eles fazem tudo sorrindo! É impressionante. Eu acho lindo.

É caro? É, mas só vendo com os próprios olhos para descobrir que vale à pena. Cada centavo.

Esse é o vídeo da apresentação que mais me emocionou:

27 maio, 2009

Sorte do dia

“Compartilhe sua felicidade com os outros hoje mesmo”. O Orkut mandou, eu obedeço. Risos.

Eu conheci pessoas incríveis no fim de semana.

Sabem aquele lance de “fazer o bem sem olhar a quem”? É tão bom, não é?

Hoje eu tive uma entrevista de trabalho, ontem outra e na semana passada outra.

Amanhã eu começo a fazer um dos jobs para o qual fui entrevistada.

Nada em jornalismo, especificamente, mas de um certo modo, tudo em comunicação.

A palavra de ordem é expandir os horizontes. E agradecer sempre.

Porque a vida é muito boa para mim e, como eu mesma acredito, tudo acontece no momento que tem que ser. Simples assim.

22 maio, 2009

Sobre museus, história e pessoas

Eu sempre gostei de Mitologia Grega e uma das minhas histórias preferidas é a do Cupido e da Psique.

Daí quando fui ao Louvre, a estátua dos dois foi a última coisa que vi. Última mesmo. Eu já estava tão cansada de andar para lá e para cá que até abri mão de ir parando a cada cinco passos, para ver o que estava no meio do caminho.

Fui direto e reto e quando os encontrei, paralisei. Era tanta beleza e sensibilidade talhada num pedaço de mármore, com tanto capricho, tanto amor, tanto cuidado. Isso me deixou tão emocionada que quase chorei.

Dias depois aconteceu de novo, dessa vez diante dos quadros do Monet, no Orsay. Eu ficaria horas ali contemplando tanta sutileza.

É engraçado prestar atenção no comportamento humano nesses lugares públicos. Com a banalização das máquinas digitais, poucos se dão ao trabalho de olhar realmente para os quadros. A maioria os vê através do visor da câmera e olhe lá! Sem contar aqueles que fazem vídeos panorâmicos da sala inteira, com direito a narração (!?!?!?!).

É triste. Eu acho pelo menos. Depois essas pessoas podem pesquisar sobre a vida do artista, podem descobrir outras obras espalhadas pelo mundo, mas aquele momento, aquele pequeno instante em que elas poderiam sentir o que o artista tentava exprimir na sua obra elas simplesmente perderam.

21 maio, 2009

Pela internet afora

Eu não dou conta de acompanhar todas as novidades que aparecem na internet todos os dias. Mas é verdade que eu me esforço. Bastante. Vejam vocês, pra começar, eu tenho esse espaço aqui, que é o meu maior xodó. De verdade. Às vezes me pego lendo os arquivos, daí lembro o que me motivou a escrever aquilo, seguida de uma sensação bem gostosa.

Agora mesmo, enquanto escrevia este post, parei para procurar o texto que eu tinha feito sobre o começo disso tudo.

Bem, mas além do blog, ali no “about me” vocês encontram o link para o meu fotolog e para o meu perfil no Multiply, que é onde publico as fotos de tudo o que fazemos: passeios, viagens, festas, visitas, tudo. O que mais? Perfil no Orkut é básico, ne? Também tenho no Facebook, LinkId e Via6, mas esses eu praticamente não acesso...

Tirando isso, eu tenho três contas de email, uso os programas de conversas instantâneas (MSN, Skype e Gtalk) e acompanho um mooonte de blogs e sites de notícias pelo Google Reader. Aliás, esse é um dos motivos d'eu não ser seguidora de ninguém... os RSS já estão todos salvos lá.

Muita coisa? Pois é... eu também acho, mas ao invés de ficar quieta, resolvi aderir a mais uma rede social, o Twitter. Ainda estou aprendendo, mas já adorando. Como diz a , eu amo a internet e as coisas boas que ela possibilita.

18 maio, 2009

Criança feliz

Ontem eu matei as minhas lombrigas de patinar! Tudo bem que exagerei um pouquinho na dose, mas a paisagem era tão bonita que quando vimos, já tínhamos andado sete quilômetros. E depois tivemos que voltar tudo, ne? Eu de patins e o Marido de bicicleta. Nos últimos metros, peguei carona com o Lú, pois as pernas já estam bambeando.

Como tínhamos planejado na semana passada, fomos a Cascais, onde tem um ciclovia que vai do centro da cidade (ponto A no mapa) até a praia do Gincho (ponto C). A gente não chegou no final, paramos no ponto B.

(clica que aumenta)
Marido ainda não tem patins, mas a prefeitura de Cascais empresta bicicletas. É tudo gratuito. A gente deixa um documento como garantia e não há limite de tempo, podemos pegar uma bicicleta às 9h da manhã e só devolver às 19h30. Maravilha, ne?

Hoje meu corpo inteiro doi, mas é tão bom. E nesse percurso todo, caí apenas uma vez. Espero repetir a dose mais vezes durante o verão :)

15 maio, 2009

Que livro você é?

A convite da Senhora Rapadura eu fiz o teste Que livro você é?

O meu resultado deu que sou "Morte e vida severina", de João Cabral de Melo Neto. Justo um que nunca li! Risos. Mas pela descrição, combinou bastante comigo sim.

clica que aumenta

Convido as blogueiras Vivianne, Mari Mari, Dani e Barbrinha para fazerem o teste também! Depois quero saber o resultado!!

14 maio, 2009

Parece até piada

Na semana passada, Lisboa foi tomada por uma onda de calor fora de época. Tipo mínimas de 22 graus (e isso é quente, tá?). Eu, empolgada que só, achei que já era o verão se antecipando e desembestei a lavar cachecóis, blusas, casacos e o edredom.

Tirei todas as roupas de calor que estavam guardadas no armário do segundo quarto e tive um trabalhão para fazer caber no mesmo espaço todas as roupas de frio. Não rolou, então peguei uma das nossas malas – a maior delas – e transformei em gaveta.

Vocês já estão imaginando aonde essa conversa vai chegar não é mesmo? Agora adicionem o seguinte fato: no meio de tudo isso eu estava entusiasmadíssima para sábado chegar e nós irmos a Cascais, cidade litorânea que fica a uns 30 Km de Lisboa. Eu nem queria saber do sol, o negócio era usar meus patins, que enfim consegui trazer do Brasil.

Estava tudo pronto. Roupas cheirozinhas e guardadas e Kelli contando as horas para dar umas bandas sobre rodinhas. Daí o que São Pedro fez na sexta? Subtraiu uns oito graus, mandou uma baita neblina, vento e aguaceiros para o fim de semana inteirinho.

No domingo o tempo abriu um pouco. Como já estava no meio da tarde, deixamos Cascais para lá e fomos para o bairro do Oriente, que é um lugar bem bacana para passear, com muitos bares (conhecidos como Docas) às margens do rio Tejo. Nós já vimos muita gente correr e pedalar por ali, então jurávamos que daria para patinar numa boa. Ledo engano... para onde olhávamos, era só “calçadas portuguesas” (tipo calçadão de Capacabana) que víamos.

13 maio, 2009

Então...

Já completou uma semana que voltei do Brasil. No primeiro dia eu só dormi. Sério. Precisei de 24 horas seguidas de sono para recompor as energias gastas nos eventos em série que aconteciam todos os dias.

Depois eu precisei desfazer as malas, quer dizer, as malas Marido esvaziou direitinho, o que sobrou para mim foi a parte do guardar tudo em seu devido lugar. Coloquei as fotos em ordem e já publiquei grande parte delas (milagre, minha gente, mi-la-gre!).

Bem... ainda há emails pendentes na caixa de entrada e também ainda não tinha dado as caras por aqui... O segundo item acabou de ser resolvido :) Pouco a pouco tudo entra no compasso de novo, inclusive o fuso-horário.

17 abril, 2009

Brasil, aí vamos nós!

Sim, a viagem para Budapeste foi perfeita e merece um post só para ela.

A semana passou voando e eu perdida entre malas, roupas, preparativos, arrumações e tudo o que antecede uma grande viagem.

De quarta para cá eu já tive dor de barriga, dor de estômago, insônia e surtos de ansiedade. Agora já está tudo pronto. As malas estão no carro e nós a caminho do aeroporto.

Daqui duas semanas eu volto.

09 abril, 2009

Páscoa feliz

Dia desses eu li num blog que a pessoa em questão prefere a Páscoa ao Natal, ultimamente. Isso porque o capitalismo que impera no Natal – e às vezes ofusca o real sentido da festa – ainda não tomou conta dessa data. Claro que isso não se aplica aos fabricantes de ovos de chocolate, mas enfim... esse pensamento me fez bastante sentido.

Vejam vocês, lá na casa de Donana nunca fomos muito católicos, então, para mim, a Páscoa representava: (1) um feriado prolongado, (2) dia de dar e ganhar chocolates e (3) o fim de semana em que nos reuníamos para o almoço baiano. Esse último é baiano mesmo, com caruru, vatapá, acarajé, moqueca de peixe, entre outras especialidades. E é sagrado, assim como a sexta-feira santa, acontece todos os anos desde que me entendo por gente.

Agora que estou pensando sobre o assunto, começo a dar ao almoço a mesma importância que tem a ceia do dia 24 de dezembro. Tem o feriado sim, a comida – muita! – e os presentes, mas o mais importante mesmo é o estarmos juntos.

Este ano, Marido e eu chegaremos com uma semana de atraso para a comilança. Enquanto o dia de ir para o Brasil não chega, nós vamos ali para Budapeste.

Por hora, fico por aqui. Desejo uma Páscoa feliz para cada um que passar por aqui e para aqueles que não passarem também. Que o sentido de recomeço e de renascimento fique tão claro para vocês, como está para mim mais do que nunca nesta Páscoa.

Beijos,
Kelli

06 abril, 2009

Pérolas

No centro da cidade, depois das 23h

- Por favor, ali é a praça Martim Moniz?
- É sim, senhora.

Agradeço e sigo na direção contrária.

***

Na volta para casa de ônibus, às 3h da manhã

- Eu quero ir para a praça Alvalade, em qual paragem desço?
- Assim que passar a rotunda há uma paragem - PAUSA - Então você desce na próxima.

28 março, 2009

Comercial

Logo que cheguei em Lisboa, uma das primeiras coisas que notei foi a febre do Smart, aquele carro pequenininho de dois lugares que vai ser lançado agora no Brasil por uma pequena fortuna.


Ele é muito fofo, geralmente tem duas cores - sim, eu adoro carros de duas cores - e cabe em qualquer lugar. Qualquer mesmo. Já vi estacionado embaixo de árvores, espaços para cesto de lixo, vão entre dois carros "normais" e naquelas vagas minúsculas.

Era o meu sonho de consumo automobilístico até eu conhecer o Mini Cooper. Ah, o vermelho e branco... *suspiros*. Daí eu tive que atualizar o meu objeto de desejo, ne?


Enfim... o Smart ainda não está fora de cogitação. Primeiro porque o Mini custa três vezes mais e segundo porque o seu comercial é sensacional. A-do-ro!

Vejam e me digam se não é mesmo :)

23 março, 2009

Filminhos

Nos últimos dias tenho assistido a mais filmes do que de costume. A maior parte pela primeira vez. Alguns, inclusive, estavam na lista para serem visto há tempos, mas sempre tem um ou outro que toda vez que a gente pega começando não consegue sair do sofá, não é?

É o caso do Diário de Bridget Jones. Adoooro. E dessa vez foi especialmente gostoso assistí-lo e rever os lugares pelos quais passei quando fui a Londres, incluindo a casa dela.

Falando na sensação de relembrar viagens, aconteceu o mesmo com Vick Cristina Barcelona, com a diferença de que agora eu TENHO que ir para lá no verão =)

Para a série “como demorei tanto?” está Juno, que simplesmente AMEI. Entrou para a lista de favoritos nos primeiros cinco minutos. Eu queria ser a Juno, apesar de me ver muito mais na pele da Vanessa. A trilha musical é incrível. Ouço repetidas vezes sem me cansar. Porque eu fiz o download no dia seguinte, ne?

Nessa categoria também entra Bonequinha de Luxo. Agora entendo perfeitamente porque duas amigas queridas incomporaram a Awdrey Hepburn como alterego.

P.S. – I love you é tão fofo. Me fez pensar tanto. É daqueles filmes que nos lembra que temos sempre que demonstrar os nossos sentimentos, principalmente pelas pessoas que mais gostamos. Sempre. Às vezes isso é tão difícil...

O Marido disse que Snatch – Porcos e Diamantes era super legal. Assisti, dei algumas risadas com o sotaque engraçado do Bratt Bitt, mas no fim classifiquei como “filme de homem”. Blindness eu achei tão, tão tenso que até sufoca. É pesado. Muito.

Gostei bastante de Quem quer ser milionário. Não vi os demais concorrentes ao Oscar, por isso não sei dizer se mereceu mesmo todas as estatuetas que levou. Me lembrou, de certa forma, Cidade de Deus e só por isso, para mim, ele já merece todos os prêmios.

Para terminar, se você vive em outro planeta e ainda não assistiu a Ocean's 11 nem e a Ocean's 12 – como eu! –, mas der de cara com o Ocean's 13 na sua tv, assista sem medo de feliz. É daqueles que não precisa pensar muito então pode se concentrar na beleza do elenco.

19 março, 2009

Não vivo sem!

Até conhecer o Marido, eu ignorava o que a tv a cabo pode representar na vida de uma pessoa. Totalmente.

Durante o namoro, quando assistíamos à tv, a programação era assim: na casa dele HBO, TNT e Sony; na minha Globo, Record ou Bandeirantes, porque, para ajudar, os outros canais abertos não funcionavam muito bem. Ainda assim, eu achava tv a cabo legal, mas nada imprescindível.

Quando chegamos a Portugal, nos deparamos com quatro canais abertos apenas, sendo que dois pertencem à mesma emissora. No primeiro mês eu assisti bastante, principalmente para acostumar o ouvido com o novo sotaque (para não dizer idioma...), depois não dava. Imaginem a programação aberta dos fins de semana aí no Brasil. Agora, imaginem isso to-dos os di-as.

Adquirir um pacote com internet, tv a cabo e telefone foi uma das primeiras providências, assim que nos mudamos e agora eu não vivo mais sem. Juro! Seriados são muito mais legais que novela. Ai, Kelli, que *descoberta*, ne?

Gente, vou confessar uma coisa: tirando aquelas séries que passavam na Sessão Aventura lá nos idos dos anos 90, os seriados que eu assistia de vez em quando são Friends, Smallville, Lost e mais algum outro que não me lembro agora. Sobre todos os outros que existem no mundo, os amigos sempre comentavam, mas ver a cara mesmo, conhecer os atores e as trilhas sonoras, só agora.

Chega a ser engraçado. Às vezes eu assisto um capítulo qualquer de uma série não tão falada – pelo menos para mim – e a dou como nova. Daí passa um tempo e encontro o ator principal em outra, completamente diferente, às vezes, em outro canal até. Tenho me divertido horrores nesses últimos meses com todas essas descobertas.

18 março, 2009

Das coisas que não sinto falta

Escolher morar num outro país é uma decisão e tanto. Como tudo, tem as vantagens e desvantagens. As coisas boas eu canso de falar: a gente viaja, conhece culturas novas, pessoas fantásticas, vive uma experiência diferente todos os dias e por aí vai.

Já os pontos negativos eu não sou de falar muito. Deve ser o "mode Pollyanna on"... enfim... a lista também é grande... os principais itens, para mim, são ficar longe da família e dos amigos, não acompanhar o crescimento do meu afilhado, não comer um monte de coisas gostosas "made in Brasil" e não ir aos meus lugares preferidos, entre outros.

Em contrapartida, existe uma terceira relação de coisas que eu não sinto a menor falta, nunca. O caos de São Paulo é a principal. Eu adoro aquela cidade e tudo o que ela oferece de bom, mas o seu descontrole insano, não, obrigada.

Ao ver as notícias sobre a chuva que parou tudo ontem, seria o caso de respirar aliviada e agradecer por estar tão longe. Seria. Não é por um simples motivo: uma das pessoas que mais amo nessa vida quase não chegou em casa, presa no trânsito, e outra teve que deixar tudo para trás, antes que a enchente tomasse conta dela também, assim como já tinha feito com toda a casa.

E eu aqui tão longe...

17 março, 2009

O pintor

Durante o inverno, uma colmeia de fungos tomou conta do nosso apartamento. Começou pelo nosso quarto com um pontinho preto de nada no canto do teto. Quando nos demos conta, a mancha tinha se alastrato por todo o teto e em três das quatro paredes. E andou para o banheiro e para a uma parte da sala também.

Num belo domingo acordei sem paciência de esperar até o verão, para a umidade não voltar a agir. Enchi um balde com água e cândida e mãos à obra. Marido e eu limpamos o quarto inteiro. Não sobrou um mofo sequer para contar história, parecia até que tínhamos pintado, de tão branquinho que ficou.

Claro que tivemos que dormir na sala naquele dia, pois o cheiro de cloro estava fortíssimo e, para que dissipasse mais rápido, deixamos as janelas abertas. Pronto. O prédio inteiro, incluindo o nosso senhorio (é como são chamados os proprietários aqui), ficou sabendo que o apartamento estava com umidade. Foi assunto da reunião de condomínio e tudo.

Não passou uma semana e o senhorio apareceu aqui com um pintor, para ver a sala e o banheiro (que deixamos para limpar outro dia). Ele deu o orçamento, mas avisou que para resolver mesmo o problema, só consertando o telhado. Daí o senhorio respondeu que isso os proprietários dos demais apartamentos não querem, já que só o dele está com esse problema.

Então o pintor dispara: “Quem quer morar no último andar? Ninguém! É o que fica mais quente no verão e mais frio no inverno e é o único que fica com umidade, porque até esse problema incomodar quem está lá embaixo, esse teto aqui já caiu”.

O senhorio ficou sem palavras e eu me segurei para não rir.

16 março, 2009

A máquina, de novo

Não é de hoje que a minha relação com máquina de lavar roupas é complicada. Mesmo assim, eu me esforço. Compro sabões específicos para roupas pretas, brancas e coloridas, uso o tal do anticalcário para proteger a máquina da tal da água dura, separo as roupas pelas cores – salvo algumas exceções – e pelo tipo de tecido, para usar o ciclo adequado da máquina.

Eu até leio as etiquetas das roupas, vejam vocês.

Mas aí quando me deparo com uma etiqueta que diz DO NOT WASH, assim mesmo, em letras maísculas, o eu que faço? Uso até apodrecer?

13 março, 2009

Check list

Depilação (completa) – ok
Sobrancelhas – ok
Esfoliação do corpo – ok
Máscara facial – ok
Hidratação dos cabelos – ok
Exercícios quatro vezes por semana – ok

Ai, meu santo, ainda faltam as unhas. E depois ainda tenho que ouvir “ah mas então você não fez nada hoje?” ¬¬

Apaguei...

Se alguém chega até aqui pelo google reader, sorry, mas eu apaguei o quiz sobre qual super-herói eu seria. Não tem nada a ver com o fato do resultado ter indicado que eu seria, por cinco pontos apenas, o Superman ao invés da Mulher Maravilha.

É que estava muito feio a foto grandona, um espaço em branco gigante e uma fonte fora do padrão que costumo usar.

O quê? Metódica, eu? Imagiiiina.

[risos encabulados]

Para quem não entendeu bolinhas, o quiz é esse aqui ó.

06 março, 2009

Sobre a Primavera de novo

Eu sempre disse que amo o verão. E amo mesmo. Adoro usar vestido, sentir o sol, tomar água de coco, sorvete, ir para a praia, sentar na grama e muito, muito mais.

Entretanto de uns anos para cá descobri que a minha estação do ano preferida é a Primavera. Sei lá se são as flores, o colorido, o prenúncio do verão... o que sei é que fico encantada com toda a sutileza da natureza nessa época.

Daí hoje, quando abri a porta da [mini] varanda daqui de casa, me deparei com a primeira tulipa da nossa floreira desabrochada. Depois de seis meses desde que Marido plantou as sementes e dada toda a minha não habilidade com plantas - Donana que o diga! - vê-la aberta foi praticamente um presente! E o melhor: é só a primeira. Tem outras onze a caminho :) se todas brotarem...

Tem melhor jeito de começar uma sexta-feira? Não, ne!

05 março, 2009

Como eu ia dizendo...

No post passado eu mencionei que ando dando alguns foras domésticos por aqui. Não é para menos... para começar: dona de casa de primeira viagem e ainda por cima num país que tem hábitos higiênicos diferentes dos que tinha aprendido.

Ainda quando estávamos vivendo em hotel, percebi que a camareira só tirava o pó da parte do móvel que não tinha nada em cima. Onde havia qualquer objeto que fosse, ela não tocava e, uma coisa leva à outra, não limpava! Lidar com isso foi fácil, cada dia colocava as nossas coisas num canto diferente.

Daí fomos para um apartamento provisório e eu tratei de fazer uma faxina à la brasileira só por garantia. Fui lavar o banheiro e cadê o ralo para escorrer a água? Não há! A faxina aqui é a seco! Tá, exagerei. Eles usam a esfregona para tudo. Sabem o rodo, aquele parente da vassoura que a gente usa para puxar a água do chão? Aqui não existe. O que eu tenho em casa veio do Brasil, graças ao conselho de um amigo que já tinha vivido aqui antes.

Aqui também não tem tanque para lavar roupas. Aliás, nem área de serviço existe nos apartamentos. A máquina de lavar fica na cozinha, lado a lado com o fogão ou com a pia. Alguém pode estar se perguntando como se lava um simples pano de chão ou o tênis, por exemplo. Na máquina, ué. Ou, se a coluna deixar, na banheira, numa posição nada confortável. E a esfregona? Pois... tem muita gente que não lava. Dona Conceição mesmo nem a coloca para secar. Argh.

Nesse ponto eu já me adaptei totalmente ao estilo europeu: coloco tudo na máquina. Tapetes, panos de chão, esfregona (sem o cabo, claro), tênis. T-u-d-o. Bate aquele peso na consciência por estar gastando energia com coisas assim, mas aí eu aperto o botão que faz a máquina usar água fria (porque o normal é quente...) e passa.

Falando na máquina... ai, ai, ai... minha última arte com ela foi esta semana. Eu só quis usá-la na sua máxima capacidade e confiei na propaganda do sabão que promete impedir que as cores se misturem. Notem bem: desde que passei a usar o dito cujo os acidentes com roupas coloridas pararam de acontecer, então eu coloquei a cortina do quarto, que é vinho, e uma leva de panos de prato brancos. Adivinhem? A cortina ficou intacta, já os panos... cor-de-rosa!

É aquele negócio, só não erra quem não tenta.

02 março, 2009

Faltou uma

Dona Conceição é a senhora que vem uma vez por semana aqui em casa fazer faxina ou passar roupa. No dia que faz um, não faz o outro e vice-versa. Ela é uma “mulher a dias”, como se diz aqui, mas ao contrário das diaristas do Brasil, aqui elas recebem e trabalham por hora.

Ela é uma senhorinha baixinha muito bem disposta, com os seus 50 e poucos anos. Todas as segundas ela chega, coloca sua bolsa e casaco num canto, troca as botas por sandálias, veste o seu avental e pergunta quais serão as tarefas do dia.

No dia que lhe apresentei a casa e as minhas expectativas, Dona Conceição explicou que o melhor dia para ela seria segunda-feira e que quatro horas era o tempo médio que necessitava para fazer o serviço completo num apartamento como o meu. Como eu falei, um dos serviços.

Depois que eu já tinha pensado, ponderado e concordado com as condições e ela já estava com o avental vestido e a tábua de passar montada a sua frente, ela solta a pérola:

“Ah, mas a casa não precisa limpar todas as semanas, não é mesmo?”

Hein?

Eu tremi. Ela foi falar isso justo pra mim que sou descrita pelo Marido como a-que-gosta-de-tudo-muito-arrumadinho-sempre. É mentira dele. Não é tuuuuudo. E também não é seeeeempre.

Naquele dia ela passou as roupas muitíssimo bem, principalmente as camisas do Marido, o que representa muitos e muitos pontos na minha avaliação. Na semana seguinte foi o teste da faxina. Tudo dentro do esperado também.

Daí concluí que aquele comentário foi mais para puxar conversa do que uma crença absoluta. Apesar de saber que o conceito de limpeza europeu é bem diferente do brasileiro. Isso me fez lembrar das minhas primeiras gafes domésticas, mas isso é assunto para outro post.

18 fevereiro, 2009

Festival só comigo

Em casa

Baixei a saga completa de Alias, da primeira a quinta temporada. O download demorou uma semana para finalizar e quando fui assistir ao primeiro episódio, descobri que a legenda está em grego.

¬¬

No Porto

Era sexta-feira. Estava frio, chovendo e também ventava muito. MUITO. Eu tentava coordenar o guarda-chuva, a máquina fotográfica, a sacola de compras e a bolsa quando vi um senhor atravessar a rua na minha direção gritando “Ei! Ei!”. Olhei a volta, só eu lhe dirigia o olhar, então ele perguntou:

“És brasileira?”

Hein? Como assim? Nada do que eu visto é verde ou amarelo... como ele... - pensava eu enquanto respondi que sim e ele continuou:

“Posso ser seu amigo?”

O_O

Saí andando.

No restaurante

Havia duas opções de sobremesa com nomes praticamente iguais: torta deliciosa e torta deliciosa 2. Algo bem parecido com isso mesmo. Perguntamos ao garçom a diferença entre a primeira e a segunda e ele então responde, com um sorrisinho bem cínico:

“A diferença é que a primeira não há.”

=\

No estádio

O jogo já havia começado e nunca tínhamos ido ao estádio antes. Perguntamos ao guarda onde ficava o portão x e ele disse “para lá”, sem apontar direção alguma. “Para lá?” perguntamos, apontando para a direção que estávamos seguindo e ele, bem paciente respondeu:

“E o estádio é para fora, pa?”

=/

No monumento (essa não foi comigo, mas merece)

Estávamos na Torre de Belém e tinha um brasileiro na faixa entre os 35 e 40 anos que levou o pai, um senhorzinho com seus 80 e tantos anos, para visitar Portugal. O velhinho era simpático, sorria para todos, fazia piadinhas, se esforçou para subir todas as escadas da Torre – que deve ter uns 200 degraus – e até se propôs a tirar uma fotografia do filho com o monumento ao fundo. O marmanjo, todo sutil, então disse:

“Mas não treme, ne, pai!”

o_O

16 fevereiro, 2009

Lá vem ela

Já não chove há mais de uma semana! O sol brilha, brilha. Tem momentos que eu simplesmente páro onde ele bate e fico, como se fosse uma planta que dele necessita para a fotosíntese.

Pouco a pouco as roupas estão mudando, nas pessoas e nas vitrines. As saias estão mais curtas, as meias mais finas, as camisas em menores quantidade e os casacos mais leves.

Os dias, a cada dia, estão um pouquinho mais longos e os jardins mais floridos.

É a Primavera, toda sutil, mandando o seu recado: só mais um mês e ela estará por aqui.

09 fevereiro, 2009

Brincadeira

A resposta a todas as perguntas deve começar com a primeira letra do seu nome; não vale inventar nada, tudo tem que existir de verdade. Para certas letras deve ser mais fácil... eu queimei alguns neurônios para responder tudo :)

1. Como você se chama? Kelli

2. Uma palavra de quatro letras: kart

3. Um nome masculino: Kleber

4. Um nome feminino: Karina

5. Uma profissão: killer

6. Uma cor: knip (pink ao contrário – tive que apelar!)

7. Algo de vestir: kilt

8. Uma bebida: kir royal

9. Uma comida: kiwi

10. Algo que se ache no banheiro: Kelli :-)

11. Uma cidade: Kuopio (Finlândia)

12. Um motivo de atraso: km de trânsito

13. Um grito: K-C-T!

14. Uma cantora: Kelly Clarckson


Em tempo: Não vale pesquisar na internet, porque aí fica fácil e perde a graça, né?

Quem se empolgar, me avise que fez pelos comentários.

02 fevereiro, 2009

Viva os saldos!

Ontem Marido e eu fomos ao Freeport, considerado o maior outlet da Europa, com mais de 140 lojas e muitos, muitos saldos.

É impressionante como os preços realmente caem. Os descontos chegam a 80% fácil. Ontem eu vi na Zara uma cacharrel que comprei às vésperas do Natal por € 15 sendo vendida por € 5. Em contrapartida, uma blusinha super fofa com estampa do Mágico de Oz que quando foi lançada custava € 15 e uma amiga pagou € 5,95 ontem estava € 3,95. Eu que já a paquerava desde o lançamento TIVE que comprar. Como o Marido disse, “é o dinheiro do café”.

E assim: não é preciso ir ao Freeport para encontrar essas *oportunidades únicas*. Os saldos são fatos consumados que acontecem, pelo menos, duas vezes por ano: de agosto a setembro e de janeiro a fevereiro, quando as principais estações (verão e inverno) estão pra terminar.

O mais bacana é que todo mundo já espera por eles. Se aquela bota super bacana que você sempre quis está muito cara, deixe para comprar nos saldos. Se a pessoa for bem paciente, corre o risco de pagar ainda mais barato, pois além dos saldos há as segundas e terceiras baixas, quando as lojas dão desconto sobre o preço já com desconto. E eu estou falando de lojas *de marca*, ta.

Claro que há o risco de ficar sem também, porque quando acaba, acaba. Mas enfim... é praticamente impossível voltar para casa com as mãos vazias, mesmo quando se sai apenas com o intuito de tomar um café, comer um doce, ver um filme ou simplesmente passear. Im-pos-sí-vel. Até o Marido perdeu as estribeiras ontem, vejam vocês.

Os saldos são uma verdadeira prova à sanidade de qualquer pessoa. Certeza.

12 janeiro, 2009

Retrospectiva


2008 foi um ano e tanto: teve grandes mudanças, festas, amigos por perto, família sempre presente e aqui eu faço uma pausa para dar um viva a toda tecnologia que, para a nossa felicidade, deixa o oceano Atlântico tão pequeno quanto uma piscina.

O ano também teve muito aprendizado, introspecção, possibilidades de conhecer pessoas e lugares fantásticos. Pode parecer loucura, mas Marido e eu só nos demos conta do quanto viajamos em 2008 quando paramos para contar as viagens que as nossas malas fizeram. Foram mais de dez, em sete paises diferentes. Algo totalmente fora dos nossos planos há um ano e meio atrás.

Como eu ouvi uma vez, “o inesperado é o que muda as nossas vidas”. Então que em 2009 a gente esteja tão aberto para o novo como estivemos no ano que passou e que, de novo, a gente possa compartilhar os nossos melhores momentos com os melhores amigos.

Assim seja!