28 julho, 2011

Ai, o verão

Quando vivia no Brasil, eu sempre morei em São Paulo, então nunca soube como era a sensação do carioca ou do baiano, que depois de um dia de trabalho vai beber qualquer coisa na praia.

Agora, vivendo em Lisboa, além de praia super perto - a 30 minutos - o sol fica soberano no céu até quase dez da noite. Vocês não imaginam o quanto isso é excitante. Motiva. É como se o verão pedisse para ser aproveitado até o último minuto.

Quarta-feira: depois do trabalho, praia!

25 julho, 2011

Fragmentos



Do fim de expediente da última sexta-feira
De uma tarde de verão lisboeta, com sol, céu azul e vento
Do rio Tejo, com a Torre de Belém e o Padrão do Descobrimento às suas margens
Da ponte 25 de Abril
Das pessoas que vão passear por ali
Dos turistas registrando o momento
Do Alberto Caeiro
Da Amy Winehouse
Dos pescadores
E de mim com os meus patins :-)

O vídeo (inspirado nesse aqui ó) está meio tosco, eu sei, mas é o primeiro que faço com edição e tal então espero que gostem :)

16 julho, 2011

O poder do marketing

No fim de semana passado aconteceu a Festa do Pão em Mafra, uma cidade que fica a 30 Km de Lisboa e onde tem um palácio gigante, que também já foi hospital. Como o pão é um dos itens gastronômicos que o português mais se orgulha e “festas do pão” acontecem por todo o lado no país, a Câmara Municipal de Mafra resolveu promover em paralelo um “passeio pedestre” pela Tapada de Mafra – uma mata que circunda o palácio, onde os reis costumavam caçar. 

Lá fomos Marido e eu com um casal de amigos para a tal trilha de 10,6 Km. Nós e outras 300 (!) pessoas. O sábado amanheceu nublado e quando chegamos no ponto de partida do passeio começou a garoar. Já tínhamos levantado às 7h da manhã mesmo, então deixamos rolar. Pouco tempo depois o céu abriu e começou a fazer sol. 


Olha, eu sei que é verão, mas tirar tanta gente da cama cedo, num dia com o céu pouco convidativo e fazê-las pagar cinco euros para fazer uma trilha não é pra qualquer um não. A Câmara de Mafra mandou muito bem na ação de marketing. Eu já fui em caminhadas do mesmo gênero no verão passado que não juntaram 20 participantes.

O tempo todo fomos acompanhados por guias locais que iam à frente e no final do grupo, para evitar que alguém se perdesse. Além disso, no meio do percurso nos ofereceram um piquenique, com sucos, frutas, água e dava direito a um pão de Mafra com chouriço quentinho – acabadinho de sair, como dizem os tugas. No final da caminhada, ele caiu como uma luva. Soube muito bem, como eles falam.

O caminho [ainda] não está sinalizado com aquelas marcações universais de trilhas, mas com o mapa da cidade que é fornecido no posto de informações turísticas dá para dar umas voltinhas pelo parque, visitar o palácio e – o principal – provar o famoso pão de Mafra e os doces típicos de lá. 

Nunca um pão com chouriço me custou tanto...

15 julho, 2011

Prazeres e desprazeres de ser imigrante

2011 é ano de renovar o visto para continuar vivendo legalmente em Portugal. E se tem uma coisa chata de se viver fora do Brasil é lidar com toda a burocracia que isso envolve. Papéis e mais papéis para provar que você é uma pessoa do bem, paga suas contas em dia, não está aqui para matar ninguém e, o que algumas pessoas simplesmente não entendem: está fora do seu país por ESCOLHA, não vive de favor em outro país, pelo contrário, é o seu trabalho – e os impostos que você paga – que contribui para a economia dele continuar girando.

Ser imigrante é uma chatice nessa hora. Porque os imigrantes são colocados todos no mesmo saco, não importa o passado, a formação, a índole, nada. Você é imigrante? Então siga para aquele balcão. Ponto.

Mas daí que ser imigrante nos faz lidar com situações impensadas que chegam a ser engraçadas, de tão fora do nosso senso-comum. Por exemplo: no início do ano, Marido e eu mudamos de apartamento. E um dos papéis que precisamos levar ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (aka imigração) é um “atestado de morada” fornecido pela Junta de Freguesia, que é uma espécie de mini prefeitura do meu bairro, com presidente eleito pelos moradores e tudo.

As duas casas – antiga e atual – ficam a apenas dois quilômetros de distância, mas em Juntas de Freguesia diferentes. Detalhe: as Juntas são entidades autônomas, ou seja, cada uma tem o seu próprio procedimento para fornecer os mesmos documentos. Contextualização feita, continuemos.

Há dois anos atrás, eu solicitei o tal atestado na Junta antiga. Levei uma conta de luz e pronto. Dois dias depois o atestado estava pronto. Fui à Freguesia nova com meus  documentos e a conta de luz mais recente e a senhora disse que ali o procedimento era outro.

Para provar que eu vivo onde eu vivo, não adiantava nem a conta do banco, eu tinha que levar para ela uma folha assinada por dois comerciantes do meu bairro dizendo “Sim. Sim. A menina Kelli e o Sr. Engenheiro Luis vivem cá. Eu os vejo todos os dias”.

É por essa e por outras que viver fora é uma experiência que vale muito à pena. Em pleno ano de 2011, século XXI, a gente ainda encontra lugares onde a palavra do jornaleiro e do dono do café da esquina vale mais que a conta de luz paga em dia.

E o que importa: visto renovado nas mãos para mais dois anos de Europa :)

11 julho, 2011

Skype é vida

Eu não canso de dizer o quanto adoro as coisas boas que a internet proporciona. É totalmente verdade. Certamente eu já teria morrido de saudade ou talvez já teria voltado para o Brasil se não existissem programas como Skype, MSN, Gtalk e afins, que ajudam a diminuir distâncias.

Sim, há as cartas - que eu adoro enviar e receber - e o telefone, mas no mundo moderno em que vivemos, NADA se compara a participar da festa de aniversário da amiga, em tempo real, podendo ver, conversar, cantar, dançar, beber e tirar fotos com os melhores amigos.
Foto do dia. Quiçá da semana, ou melhor, do MÊS!

10 julho, 2011

Água da torneira SIM!

De tão habituada que já estou a beber água da torneira desde que me mudei para Lisboa, quando eventualmente compro água mineral engarrafada, acho que tem gosto esquisito. 

É engraçado como o nosso referencial muda. Hoje em dia acho estranho quando vou a um restaurante ou a um café onde não me é dada a opção de beber água da torneira. Tanto em Portugal quanto em grande parte da Europa, a água é tratada e própria para o consumo.

Hoje descobri que há um projeto em São Paulo para que restaurantes passem a servir Água na Jarra. Simplesmente sensacional. É econômico para o estabelecimento, para o cliente e, principalmente para o meio ambiente.

Deixo vocês com um vídeo que esclarece bem a questão do mercado da água mineral. Talvez depois de assisti-lo vocês decidam substituir o galão de água de cinco litros por aquele modelo mais retrô: o filtro de barro! Ou um modelo mais moderno de purificador. Aposto que opções não faltam e a natureza agradece.


07 julho, 2011

Outro antes e depois: o quintal

Me empolguei com essa história de antes de depois! 

Acontece que olhando para as fotos da mesa do jardim para a última publicação me dei conta do quanto o quintal do apê já está diferente, desde que mudei de casa. Ele ainda está bem longe de como tenho a intenção de deixá-lo, mas resolvi compartilhar mesmo assim, porque só algumas plantas já fizeram uma diferença gigante. Olhem só.


No dia que mudamos, todo blé...

Com plantas e amigos felizes qualquer astral fica melhor :)

03 julho, 2011

Mesa do jardim: antes e depois

Acho que eu nunca contei... quando as pessoas trocam os móveis da casa, é super comum por aqui elas colocarem na porta do prédio, para outras que queiram ou precisem pegar. A gente vê sofás, aparelhos elétricos, colchões, pedaços de móveis, roupas, livros e por aí vai. Tudo o que não serve mais vai para a rua. Essa prática não é exclusiva de Portugal, rola na Europa toda. Eu conheço pessoas que montaram a casa inteira só com coisas do “lixo”.

Algumas semanas antes de mudar de apartamento, um vizinho colocou uma mesa de jardim para fora. Ela estava bem detonadinha, com um pé quebrado, mas mesmo assim quando eu a vi alucinei porque na casa nova tem quintal.

Lá fomos Marido e eu desmontar a mesa inteira para faze-la caber no carro. Em pleno mês de janeiro, no auge do inverno. Delícia. Ela ficou encostada no quintal por uns dois meses.

 
Até que um belo dia ia ter uma almoço aqui em casa e tinha chegado a hora de criar coragem para  montá-la. Marido deu umas marteladas na perna manca e ficamos uns tempos usando-a do jeito que estava, com a madeira envelhecida e suja. 

Se concentrem na madeira ;)

Daí, num dos primeiros dias de sol e céu azul da primavera, compramos lixas, óleo e demos aquele trato na mesa. Eu nunca ia imaginar que essa dupla fizesse um milagre tão grande. Vejam a transformação.

Primeiro passo: lixar. Metade feita e metade por fazer
Segundo passo: polir. Passamos duas camadas de óleo de teca em spray

E já está! Detalhe para o caminho de mesa by Donana
 
Uma amiga nos disse que ficamos com uma agradável sala de jantar de verão. Eu concordei :-)

01 julho, 2011