19 novembro, 2007

No compasso do acaso

O feriado de Proclamação da República teve um gostinho bem diferente. Foi proclamada a independência para o acaso, para os passeios sem planejamentos e para as viagens sem destino definido.

Estava pensando num jeito de escrever sobre como é difícil para uma perfeccionista se permitir ficar sem chão, fechar os olhos e deixar-se levar, se atirar, apenas curtir o agora, abrir mão de listas, planos e manias.

Nesse ínterim, descobri que respirar é a resposta. Tudo passa a fluir de uma forma impressionantemente harmoniosa.

Para completar, o horóscopo de hoje disse: conduta correta do libriano será apostar no lado inventivo, dar um tempo com a organização e com os métodos e se deixar levar pelo clima de surpresa e romantismo.

Coincidência ou não, o meu lema a partir de agora é: let it be ou, em bom português: relaxa e goza.

09 novembro, 2007

Adoro!!!

Rever amigos queridos, petiscar e bebericar enquanto batemos papo sem preocupações!

Difícil é trabalhar no dia seguinte....

Bem vindo, fim de semana!

07 novembro, 2007

Conversas

Clarice, a Lispector, pergunta: Você escreve muito sobre o amor. O que é amor?

Jorge, o Amado, responde: É a própria vida, é o melhor da vida, tudo. No amor não sou profano, aí não. Sou sectário.

Clarice Lispector Entrevistas

O mundo não pára de girar

Ontem eu estava tão assim, que só postei a música do Chico e não escrevi mais nada. Os pensamentos não têm fluído muito bem quando estou diante do computador, sabem... Está tudo girando e girando, mudando e mudando, crescendo e crescendo.

Isso é bom, ta? Muito bom. Aliás, mais que bom, eu diria :-)

Usando uma outra música, dessa vez do REM, it’s the end of the world as we know it. And I fell fine. Porque mundos terminam todos os dias. E novos simplesmente começam. Como a gente bem sabe.

05 novembro, 2007

Roda viva

Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino pra lá

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda peão
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira pra lá

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda peão
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

A roda da saia, a mulata
Não quer mais rodar, não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou
A gente toma a iniciativa
Viola na rua a cantar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a viola pra lá

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda peão
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

O samba, a viola, a roseira
Um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou
No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a saudade pra lá

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda peão
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda peão
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda peão
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

(Chico Buarque)

Meça suas palavras

Elas poderão ser usadas contra você. E serão, viu?
No momento mais inoportuno que puder imaginar...