24 julho, 2009

Ê saudade

Tem um texto da Cecília Meirelles que fala sobre as escolhas que a gente faz. Ou isto ou aquilo? Sol ou chuva? Guardar dinheiro ou comprar doces? Estar lá ou cá? Às vezes nem nos damos conta, mas a todo momento tomamos decisões como essas: esquerda ou direita, sair ou ficar, ônibus ou metro, peixe ou carne, suco ou refrigerante, comprar ou não comprar. A lista é grande.

Quando se decide viver em outro país, a gente sabe que vai abrir mão de um bocado de coisas, em troca de outras tantas. Dói acompanhar só de longe a formatura do sobrinho, a primeira apresentação de dança da irmã, a escolha da casa nova de Donana, a festa junina da escolinha do afilhado, a gravidez da amiga, o casamento do amigo, os preparativos para o grande dia da amiga noiva e por aí vai.

Graças a Deus, a contrapartida que Marido e eu recebemos faz o “estar longe” valer extremamente à pena. Tem a qualidade de vida, o sol até as 22h, os novos amigos que, de outra forma, não seriam amigos, a nossa cumplicidade que fortaleceu ainda mais, o contato com o novo a todo instante, o upgrade no currículo, sem falar nas muitas possibilidades de viagens. Quando, vivendo no Brasil, a gente acharia normal ir até Madrid para se despedir dos amigos que estão de mudança, passar o reveillon em Paris, o aniversário em Londres, o natal em Barcelona ou a Páscoa em Budapeste? Pois é!

É claro que quando a saudade aperta, até comercial de óleo para motor de carro nos deixa sensibilizados. Vídeo com fotos do afilhado, então... nos faz chorar feito crianças. Nessas horas eu agradeço por estarmos passando por isso juntos, do contrário seria muito mais difícil.

23 julho, 2009

Falando em festivais....

No fim de semana que passou, Marido e eu fomos ao Super Bock Super Rock, que apesar do nome, nem foi tão rock assim (para minha alegria, diga-se de passagem). Eu queria ir desde que vi a programação, alguns meses atrás, mas 40 euros por cada ingresso é o preço de uma passagem para Barcelona, por exemplo. Claro que por uma companhia low cost da vida (Vueling ou EasyJet), mas taí um detalhe que não nos incomoda.

O tempo passou e surgiu um trabalho para fazer durante o festival. Eu prontamente me ofereci e um amigo muito querido teve a brilhante idéia de colocar o Marido na equipe de pesquisadores. Lá fomos nós. Na hora dos shows da Duffy e da Brandi Carlile – os que eu mais queria ver – estávamos trabalhando, mas deu para acompanhar numa boa. A grande atração da noite foi The Killers, que pudemos curtir do início ao fim pois todo o trabalho já estava feito.

No balanço geral, eu teria ficado muito frustrada se tivesse pago pela entrada, pois tirando os shows da Duffy e do The Killers, que duraram uma hora, os outros foram bem curtinhos. Sem contar que havia longas filas para tudo: comprar comida, ir às casas de banho e até para ganhar brindes dos patrocinadores.

Maaaaassss... como os nossos ingressos foram ganhos, nós levamos os nossos lanches (dica valiosíssima da agência) e a gente ainda recebeu uns trocados para estar lá, o que ficou do festival, para além da música, foi a farra com os amigos e as chefinhas.

Jogados, literalmente...



Ver o show? Não... vamos tirar foto!

22 julho, 2009

Dica cultural

Verão, aqui, é sinônimo de festival. De música, de cinema, de dança e até de promoções, os tentadores saldos. São muitos, para todos os gostos e se estendem por toda a estação. Tem de rock, de jazz, axé – sim, sim, o ritmo brasileiro, com trios elétricos e tudo – e por aí vai.

Hoje quero falar de um que acho super bacana e pouco divulgado: a Festa do Cinema 2009, promovida pela Fundação Inatel. A idéia funciona assim: eles montam uma tela com 400 metros quadrados no meio de um estádio e exibem filmes ao ar livre. Como estamos no verão e o sol se põe depois das 21h, as sessões começam às 21h45 e o melhor: os ingressos custam 3 euros.

Os filmes devem ser uó, alguém pode pensar. Ledo engano. A programação conta com grandes sucessos de bilheteria do ano passado tais como Anjos e Demônios, Quem quer ser bilionário, Marley & Eu, X-Men Wolverine, Madagascar 2 entre outros.

Outra coisa bacana, a cada noite há um jantar temático, com o cardápio inspirado em detalhes dos filmes. E a pessoa pode ainda trocar a arquibancada por um puf para assistir ao filme largadão.

A Festa do Cinema começou dia 18 de julho e vai até o dia 1º de agosto. A Fundação Inatel fica no cruzamento das avenidas Rio de Janeiro e Estados Unidos, em Lisboa. Para ver a programação completa, clique aqui.

12 julho, 2009

Dentro das estatísticas

Acabei de ler um texto no blog Mulher 7x7 sobre um estudo que constatou que as mulheres gastam, ao longo da vida, quase um ano para se decidir sobre que roupa usar. Eu ri, pois se tem uma coisa que sou é indecisa com relação a isso. Se for para uma ocasião especial então...

Na semana passada mesmo. Teve um evento na firma do marido num lugar super badalado – que, diga-se de passagem, eu queria conhecer há tempos. Depois de pensar um tempão, me dei três opções: um modelo bem casual, um pretinho básico mais sofisticado e um vestido para evento mesmo, tipo casamento, sabe? O escolhido foi o do meio e acertei em cheio, mas confesso que até chegar lá e ver como estavam as outras pessoas, a dúvida quase me consumiu.

No fim deu tudo certo. E para completar, o espaço fica num dos bairros históricos de Lisboa, com uma vista privilegiadíssima da cidade. Fechamos a noite vendo o sol se pôr num lado e a lua nascer pelo outro. Em plena dez da noite. Um espetáculo.

A Sé, o Tejo e a Lua

09 julho, 2009

Mea culpa

Primeiro eu viajei, depois recebi visita e agora preciso decidir qual pós-graduação vou fazer antes que passem as datas de inscrição. No meio de tudo isso, um trabalho aqui e outro ali. Porque dinheiro e contatos são sempre bem-vindos, ne?

Falta mais inspiração do que tempo para o blog, mas daqui a pouco volta. Prometo.