28 março, 2009

Comercial

Logo que cheguei em Lisboa, uma das primeiras coisas que notei foi a febre do Smart, aquele carro pequenininho de dois lugares que vai ser lançado agora no Brasil por uma pequena fortuna.


Ele é muito fofo, geralmente tem duas cores - sim, eu adoro carros de duas cores - e cabe em qualquer lugar. Qualquer mesmo. Já vi estacionado embaixo de árvores, espaços para cesto de lixo, vão entre dois carros "normais" e naquelas vagas minúsculas.

Era o meu sonho de consumo automobilístico até eu conhecer o Mini Cooper. Ah, o vermelho e branco... *suspiros*. Daí eu tive que atualizar o meu objeto de desejo, ne?


Enfim... o Smart ainda não está fora de cogitação. Primeiro porque o Mini custa três vezes mais e segundo porque o seu comercial é sensacional. A-do-ro!

Vejam e me digam se não é mesmo :)

23 março, 2009

Filminhos

Nos últimos dias tenho assistido a mais filmes do que de costume. A maior parte pela primeira vez. Alguns, inclusive, estavam na lista para serem visto há tempos, mas sempre tem um ou outro que toda vez que a gente pega começando não consegue sair do sofá, não é?

É o caso do Diário de Bridget Jones. Adoooro. E dessa vez foi especialmente gostoso assistí-lo e rever os lugares pelos quais passei quando fui a Londres, incluindo a casa dela.

Falando na sensação de relembrar viagens, aconteceu o mesmo com Vick Cristina Barcelona, com a diferença de que agora eu TENHO que ir para lá no verão =)

Para a série “como demorei tanto?” está Juno, que simplesmente AMEI. Entrou para a lista de favoritos nos primeiros cinco minutos. Eu queria ser a Juno, apesar de me ver muito mais na pele da Vanessa. A trilha musical é incrível. Ouço repetidas vezes sem me cansar. Porque eu fiz o download no dia seguinte, ne?

Nessa categoria também entra Bonequinha de Luxo. Agora entendo perfeitamente porque duas amigas queridas incomporaram a Awdrey Hepburn como alterego.

P.S. – I love you é tão fofo. Me fez pensar tanto. É daqueles filmes que nos lembra que temos sempre que demonstrar os nossos sentimentos, principalmente pelas pessoas que mais gostamos. Sempre. Às vezes isso é tão difícil...

O Marido disse que Snatch – Porcos e Diamantes era super legal. Assisti, dei algumas risadas com o sotaque engraçado do Bratt Bitt, mas no fim classifiquei como “filme de homem”. Blindness eu achei tão, tão tenso que até sufoca. É pesado. Muito.

Gostei bastante de Quem quer ser milionário. Não vi os demais concorrentes ao Oscar, por isso não sei dizer se mereceu mesmo todas as estatuetas que levou. Me lembrou, de certa forma, Cidade de Deus e só por isso, para mim, ele já merece todos os prêmios.

Para terminar, se você vive em outro planeta e ainda não assistiu a Ocean's 11 nem e a Ocean's 12 – como eu! –, mas der de cara com o Ocean's 13 na sua tv, assista sem medo de feliz. É daqueles que não precisa pensar muito então pode se concentrar na beleza do elenco.

19 março, 2009

Não vivo sem!

Até conhecer o Marido, eu ignorava o que a tv a cabo pode representar na vida de uma pessoa. Totalmente.

Durante o namoro, quando assistíamos à tv, a programação era assim: na casa dele HBO, TNT e Sony; na minha Globo, Record ou Bandeirantes, porque, para ajudar, os outros canais abertos não funcionavam muito bem. Ainda assim, eu achava tv a cabo legal, mas nada imprescindível.

Quando chegamos a Portugal, nos deparamos com quatro canais abertos apenas, sendo que dois pertencem à mesma emissora. No primeiro mês eu assisti bastante, principalmente para acostumar o ouvido com o novo sotaque (para não dizer idioma...), depois não dava. Imaginem a programação aberta dos fins de semana aí no Brasil. Agora, imaginem isso to-dos os di-as.

Adquirir um pacote com internet, tv a cabo e telefone foi uma das primeiras providências, assim que nos mudamos e agora eu não vivo mais sem. Juro! Seriados são muito mais legais que novela. Ai, Kelli, que *descoberta*, ne?

Gente, vou confessar uma coisa: tirando aquelas séries que passavam na Sessão Aventura lá nos idos dos anos 90, os seriados que eu assistia de vez em quando são Friends, Smallville, Lost e mais algum outro que não me lembro agora. Sobre todos os outros que existem no mundo, os amigos sempre comentavam, mas ver a cara mesmo, conhecer os atores e as trilhas sonoras, só agora.

Chega a ser engraçado. Às vezes eu assisto um capítulo qualquer de uma série não tão falada – pelo menos para mim – e a dou como nova. Daí passa um tempo e encontro o ator principal em outra, completamente diferente, às vezes, em outro canal até. Tenho me divertido horrores nesses últimos meses com todas essas descobertas.

18 março, 2009

Das coisas que não sinto falta

Escolher morar num outro país é uma decisão e tanto. Como tudo, tem as vantagens e desvantagens. As coisas boas eu canso de falar: a gente viaja, conhece culturas novas, pessoas fantásticas, vive uma experiência diferente todos os dias e por aí vai.

Já os pontos negativos eu não sou de falar muito. Deve ser o "mode Pollyanna on"... enfim... a lista também é grande... os principais itens, para mim, são ficar longe da família e dos amigos, não acompanhar o crescimento do meu afilhado, não comer um monte de coisas gostosas "made in Brasil" e não ir aos meus lugares preferidos, entre outros.

Em contrapartida, existe uma terceira relação de coisas que eu não sinto a menor falta, nunca. O caos de São Paulo é a principal. Eu adoro aquela cidade e tudo o que ela oferece de bom, mas o seu descontrole insano, não, obrigada.

Ao ver as notícias sobre a chuva que parou tudo ontem, seria o caso de respirar aliviada e agradecer por estar tão longe. Seria. Não é por um simples motivo: uma das pessoas que mais amo nessa vida quase não chegou em casa, presa no trânsito, e outra teve que deixar tudo para trás, antes que a enchente tomasse conta dela também, assim como já tinha feito com toda a casa.

E eu aqui tão longe...

17 março, 2009

O pintor

Durante o inverno, uma colmeia de fungos tomou conta do nosso apartamento. Começou pelo nosso quarto com um pontinho preto de nada no canto do teto. Quando nos demos conta, a mancha tinha se alastrato por todo o teto e em três das quatro paredes. E andou para o banheiro e para a uma parte da sala também.

Num belo domingo acordei sem paciência de esperar até o verão, para a umidade não voltar a agir. Enchi um balde com água e cândida e mãos à obra. Marido e eu limpamos o quarto inteiro. Não sobrou um mofo sequer para contar história, parecia até que tínhamos pintado, de tão branquinho que ficou.

Claro que tivemos que dormir na sala naquele dia, pois o cheiro de cloro estava fortíssimo e, para que dissipasse mais rápido, deixamos as janelas abertas. Pronto. O prédio inteiro, incluindo o nosso senhorio (é como são chamados os proprietários aqui), ficou sabendo que o apartamento estava com umidade. Foi assunto da reunião de condomínio e tudo.

Não passou uma semana e o senhorio apareceu aqui com um pintor, para ver a sala e o banheiro (que deixamos para limpar outro dia). Ele deu o orçamento, mas avisou que para resolver mesmo o problema, só consertando o telhado. Daí o senhorio respondeu que isso os proprietários dos demais apartamentos não querem, já que só o dele está com esse problema.

Então o pintor dispara: “Quem quer morar no último andar? Ninguém! É o que fica mais quente no verão e mais frio no inverno e é o único que fica com umidade, porque até esse problema incomodar quem está lá embaixo, esse teto aqui já caiu”.

O senhorio ficou sem palavras e eu me segurei para não rir.

16 março, 2009

A máquina, de novo

Não é de hoje que a minha relação com máquina de lavar roupas é complicada. Mesmo assim, eu me esforço. Compro sabões específicos para roupas pretas, brancas e coloridas, uso o tal do anticalcário para proteger a máquina da tal da água dura, separo as roupas pelas cores – salvo algumas exceções – e pelo tipo de tecido, para usar o ciclo adequado da máquina.

Eu até leio as etiquetas das roupas, vejam vocês.

Mas aí quando me deparo com uma etiqueta que diz DO NOT WASH, assim mesmo, em letras maísculas, o eu que faço? Uso até apodrecer?

13 março, 2009

Check list

Depilação (completa) – ok
Sobrancelhas – ok
Esfoliação do corpo – ok
Máscara facial – ok
Hidratação dos cabelos – ok
Exercícios quatro vezes por semana – ok

Ai, meu santo, ainda faltam as unhas. E depois ainda tenho que ouvir “ah mas então você não fez nada hoje?” ¬¬

Apaguei...

Se alguém chega até aqui pelo google reader, sorry, mas eu apaguei o quiz sobre qual super-herói eu seria. Não tem nada a ver com o fato do resultado ter indicado que eu seria, por cinco pontos apenas, o Superman ao invés da Mulher Maravilha.

É que estava muito feio a foto grandona, um espaço em branco gigante e uma fonte fora do padrão que costumo usar.

O quê? Metódica, eu? Imagiiiina.

[risos encabulados]

Para quem não entendeu bolinhas, o quiz é esse aqui ó.

06 março, 2009

Sobre a Primavera de novo

Eu sempre disse que amo o verão. E amo mesmo. Adoro usar vestido, sentir o sol, tomar água de coco, sorvete, ir para a praia, sentar na grama e muito, muito mais.

Entretanto de uns anos para cá descobri que a minha estação do ano preferida é a Primavera. Sei lá se são as flores, o colorido, o prenúncio do verão... o que sei é que fico encantada com toda a sutileza da natureza nessa época.

Daí hoje, quando abri a porta da [mini] varanda daqui de casa, me deparei com a primeira tulipa da nossa floreira desabrochada. Depois de seis meses desde que Marido plantou as sementes e dada toda a minha não habilidade com plantas - Donana que o diga! - vê-la aberta foi praticamente um presente! E o melhor: é só a primeira. Tem outras onze a caminho :) se todas brotarem...

Tem melhor jeito de começar uma sexta-feira? Não, ne!

05 março, 2009

Como eu ia dizendo...

No post passado eu mencionei que ando dando alguns foras domésticos por aqui. Não é para menos... para começar: dona de casa de primeira viagem e ainda por cima num país que tem hábitos higiênicos diferentes dos que tinha aprendido.

Ainda quando estávamos vivendo em hotel, percebi que a camareira só tirava o pó da parte do móvel que não tinha nada em cima. Onde havia qualquer objeto que fosse, ela não tocava e, uma coisa leva à outra, não limpava! Lidar com isso foi fácil, cada dia colocava as nossas coisas num canto diferente.

Daí fomos para um apartamento provisório e eu tratei de fazer uma faxina à la brasileira só por garantia. Fui lavar o banheiro e cadê o ralo para escorrer a água? Não há! A faxina aqui é a seco! Tá, exagerei. Eles usam a esfregona para tudo. Sabem o rodo, aquele parente da vassoura que a gente usa para puxar a água do chão? Aqui não existe. O que eu tenho em casa veio do Brasil, graças ao conselho de um amigo que já tinha vivido aqui antes.

Aqui também não tem tanque para lavar roupas. Aliás, nem área de serviço existe nos apartamentos. A máquina de lavar fica na cozinha, lado a lado com o fogão ou com a pia. Alguém pode estar se perguntando como se lava um simples pano de chão ou o tênis, por exemplo. Na máquina, ué. Ou, se a coluna deixar, na banheira, numa posição nada confortável. E a esfregona? Pois... tem muita gente que não lava. Dona Conceição mesmo nem a coloca para secar. Argh.

Nesse ponto eu já me adaptei totalmente ao estilo europeu: coloco tudo na máquina. Tapetes, panos de chão, esfregona (sem o cabo, claro), tênis. T-u-d-o. Bate aquele peso na consciência por estar gastando energia com coisas assim, mas aí eu aperto o botão que faz a máquina usar água fria (porque o normal é quente...) e passa.

Falando na máquina... ai, ai, ai... minha última arte com ela foi esta semana. Eu só quis usá-la na sua máxima capacidade e confiei na propaganda do sabão que promete impedir que as cores se misturem. Notem bem: desde que passei a usar o dito cujo os acidentes com roupas coloridas pararam de acontecer, então eu coloquei a cortina do quarto, que é vinho, e uma leva de panos de prato brancos. Adivinhem? A cortina ficou intacta, já os panos... cor-de-rosa!

É aquele negócio, só não erra quem não tenta.

02 março, 2009

Faltou uma

Dona Conceição é a senhora que vem uma vez por semana aqui em casa fazer faxina ou passar roupa. No dia que faz um, não faz o outro e vice-versa. Ela é uma “mulher a dias”, como se diz aqui, mas ao contrário das diaristas do Brasil, aqui elas recebem e trabalham por hora.

Ela é uma senhorinha baixinha muito bem disposta, com os seus 50 e poucos anos. Todas as segundas ela chega, coloca sua bolsa e casaco num canto, troca as botas por sandálias, veste o seu avental e pergunta quais serão as tarefas do dia.

No dia que lhe apresentei a casa e as minhas expectativas, Dona Conceição explicou que o melhor dia para ela seria segunda-feira e que quatro horas era o tempo médio que necessitava para fazer o serviço completo num apartamento como o meu. Como eu falei, um dos serviços.

Depois que eu já tinha pensado, ponderado e concordado com as condições e ela já estava com o avental vestido e a tábua de passar montada a sua frente, ela solta a pérola:

“Ah, mas a casa não precisa limpar todas as semanas, não é mesmo?”

Hein?

Eu tremi. Ela foi falar isso justo pra mim que sou descrita pelo Marido como a-que-gosta-de-tudo-muito-arrumadinho-sempre. É mentira dele. Não é tuuuuudo. E também não é seeeeempre.

Naquele dia ela passou as roupas muitíssimo bem, principalmente as camisas do Marido, o que representa muitos e muitos pontos na minha avaliação. Na semana seguinte foi o teste da faxina. Tudo dentro do esperado também.

Daí concluí que aquele comentário foi mais para puxar conversa do que uma crença absoluta. Apesar de saber que o conceito de limpeza europeu é bem diferente do brasileiro. Isso me fez lembrar das minhas primeiras gafes domésticas, mas isso é assunto para outro post.