31 janeiro, 2008

Descobertas

Para mim, cada livro tem o momento certo para ser lido. Pode parecer bobo, mas comigo sempre acontece de ganhar, comprar ou pegar emprestado algum livro e deixá-lo encostado por tempos até que - pimba! - um dia nos olhamos e sabemos que chegou a hora.

A leitura flui, as idéias batem e tudo se encaixa, faz sentido. Gosto de descobrir autores, ler sobre a sua vida para entender um pouco mais sobre o que o levou a escrever aquilo, daquele jeito.

Agora mesmo, acabei de ler Poemas Místicos, de Rumi. Já tenho esse livro a um bom tempo, o levei para o Canadá (em 2005!!!!) e tudo, mas lê-lo que é bom... Até que chegou o fim de 2007 que, abrindo um parênteses, foi um ano de altos e baixos.

Se ele estivesse vivo, teria 800 anos e, ainda assim, seus escritos são atuais e podem ser aplicados nos dias de hoje tranqüilamente.

Sutil e verdadeiro, resumindo.

18 janeiro, 2008

Vida de noiva

Incrível como um anel muda tudo. De um dia para o outro, você deixa de ser apenas *namorada* e passa a se preocupar com coisas até então, longe de cogitação... Salão de festas? Lista de convidados? DJ? Tudo é uma novidade. E assim: a cada dia, as idéias mudam completamente. A festa que ia ser daqui x meses, num lugar y, agora vai ser daqui n meses no lugar z. A roupa que ia ser assim agora acho que será melhor ser assado. E por aí afora...

Haja florais de Bach, bolinhas homeopáticas, chocolates, músicas e mantras de relaxamento! Sem contar os amigos mega especiais que sempre têm as melhores observações a fazer sobre os meus mais complexos dilemas. Ah! E claro, o noivo que está preste a ficar maluco com tantas alterações emocionais.

O que eu sei é que toda a minha vida está preste a mudar.

Completamente.

Totalmente.

Definitivamente.

Todas essas mudanças e emoções estão sendo muito curtidas. Cada uma delas. Cada minutinho.

E como está sendo incrivelmente bom =)

14 janeiro, 2008

Uma parada em Ilhéus

Ilhéus é uma cidade que vive do turismo. Além das belezas naturais, ela mantém viva a ostentação que tinha de ser a capital do cacau. Há tempos a realidade não é bem assim...

Onde quer que se vá, encontra-se doces, geléias e chocolates caseiros, tudo muito saboroso, feitos com o cacau plantado ali na região. O Sul da Bahia era o segundo maior produtor de cacau do mundo até as lavouras serem tomadas pela praga conhecida como “vassoura de bruxa”, nos anos 80. Hoje, o país oscila entre a quinta e sexta posição no setor.

Um dos passeios que fizemos foi à Ceplac - Comissão Executiva de Planejamento da Lavoura Cacaueira -, órgão que agora pertence ao Ministério da Agricultura e que passou a desenvolver estudos com outras frutas tropicais, já que o cacau não é mais o carro chefe da região.

Durante a explicação, o monitor contou que o órgão sempre soube da existência da vassoura de bruxa na região amazônica e “monitorava” para que a praga não chegasse à Bahia. Desde que chegou, ainda não descobriram uma forma de contê-la.

No dia, lembro que fiquei bastante brava com a morosidade do governo e, pior, dos produtores que viram as plantações esvair-se sem se mobilizarem. Não consegui calcular a quantidade de trabalhadores mandada embora na época, mas deu para entender o por quê da população ser tão pobre e menos instruída.

09 janeiro, 2008

Chá de cadeira

Hoje tive que ir ao banco. Sabia que quando esse dia chegasse – o de eu me dispor a ir até a agência – a paciência seria mais que necessária. Pois bem, peguei um livro, caderno de anotações, ipod e fui. Funcionário número 1 me disse tudo o que já sabia para, em seguida, eu perguntar: “e????”.

Depois de passar pela porta giratória, fui encaminhada para um estagiário. Muito empenhado, diga-se de passagem, mas fraquinho, fraquinho. Não sabia absolutamente nada, nem mesmo repetir com todos os “efes” e “erres” o que a chefe dele tinha mandado me dizer.

E foi nessa hora que a paciência se foi. Não, não com ele. Com ela!!!! A tal da chefe foi incapaz de levantar a bunda da cadeira e se dirigir a mim para explicar tudo o que não estava acontecendo, nem mesmo quando pedi que ele pusesse fim ao leva-e-traz de recados e me trouxesse quem, de fato, pudesse resolver meu problema.

Eu não sou daquelas que discursam que o cliente tem sempre razão. E entendo que os estagiários são pagos, nesse caso, para servirem de barreira contra todos os insultos que funcionários de bancos devem ouvir todos os dias. Mas, na boa, ser educado não faz mal a ninguém. E respeitar os outros é muito bem visto, por quem é cliente, inclusive.

Nessa hora, o gerente passou ao meu lado. Quase uma hora e meia depois dele ter liberado a minha passagem pela porta giratória. (Pois é, nessa agência, quando o detector de metais continua a apitar mesmo depois de você já ter tirado carteira, chaves, sombrinhas e tudo mais da bolsa, o gerente tem que ir pessoalmente autorizar a sua entrada no banco). Uó.

Peguei ele pelo braço e, de verdade, só não pedi que encerrasse minha conta porque, ao contrário da chefe bundona, ele esclareceu o que os dois – a bunduda e o estagiário – não souberam explicar e me deu as orientações que precisava em poucos minutos.

04 janeiro, 2008

"Rico é aquele que é feliz com o que tem"

Se tive um aprendizado nessas férias foi esse: rico é aquele que sabe viver com o que tem e se sentir feliz.

Durante a viagem, me deparei com muitas pessoas de uma simplicidade sem tamanho, com sorrisos sinceros e coração que transborda. Uma delas foi o "seu" Euzébio. Estou pra ver pessoa mais feliz.

E o que é mais bonito: é uma felicidade gratuita. Não precisamos comprar nenhum de seus artesanatos para ganharmos um sorriso desdentado de orelha a orelha, nem toda a atenção ao perguntarmos sobre o melhor caminho a seguir.

"Tem cestas minhas em todo lugar do mundo: Portugal, Espanha, Itália e até nos Estados Unidos!", nos contou orgulhoso, enquanto confeccionava mais uma peça. Com uma mesa improvisada de frente para o mar próxima a um dos pontos turísticos de Morro de São Paulo, "seu" Euzébio passa o dia ali vendendo água de coco, prozeado e fazendo seus trabalhos artesanais.

Quando tiramos essa foto era de manhã. Voltamos até lá ao fim do dia, pois é o ponto da ilha que tem a melhor vista do pôr-do-sol. Para nossa surpresa, "seu" Euzébio já tinha ido embora. "Bem no horário que ele ganharia mais dinheiro", pensamos. E logo depois concluímos: pois é, ele que é feliz.

02 janeiro, 2008

Bem-vindo, 2008!

O ano chegou com as energias renovadas. Depois de uma viagem que merece um post à parte pelo Sul da Bahia, passar a virada com amigos verdadeiros num ambiente que emana vibrações positivas foi a dose perfeita para voltar à ativa com a disposição que um ano novo pede.

E se tem algo reservado para 2008, isso se chamam novidades!

Que venham os dias ensolarados e nublados, as borboletas no estômago, as pisadas na jaca, os encontros com amigos e com aqueles que vão se tornar amigos, os passeios por lugares novos e por aqueles já conhecidos que merecem uma nova visita, os dias de preguiça e os de super disposição, as noites badaladas e as que pedem filme, pipoca e edredom, viagens, fotos, festas, músicas e filmes.

Enfim, que venham desafios, projetos, conquistas, descobertas. Tudo com muitos sorrisos, alegria, tesão e paixão.

Que venha 2008!