20 setembro, 2007

A História de Mushkil Gusha

Era uma vez, a menos de mil milhas daqui, um pobre lenhador viúvo, que vivia com sua pequena filha. Todos os dias costumava ir às montanhas cortar lenha, que levava para casa e atava em feixes. Depois da primeira refeição, caminhava até o povoado mais próximo, onde vendia a lenha e descansava um pouco antes de voltar para casa. Um dia, ao chegar em casa, já muito tarde, a menina lhe disse:

- Pai, de vez em quando gostaria de ter uma comida melhor, em maior quantidade e mais variada.

- Está bem, minha filha - disse o velho -, amanhã levantarei mais cedo do que de costume, irei mais alto nas montanhas, onde há mais lenha, e trarei uma quantidade maior do que a habitual. Voltarei mais cedo para casa, atarei os feixes mais depressa e irei logo ao povoado vendê-los para conseguirmos mais dinheiro. E lhe trarei uma porção de coisas deliciosas.

Na manhã seguinte, o lenhador levantou-se antes da aurora e partiu para as montanhas. Trabalhou arduamente cortando lenha e fez um feixe enorme, que carregou nos ombros até sua casa.

Ao chegar era ainda muito cedo. Então, colocou a carga no chão e bateu à porta, dizendo:

- Filha, filha, abra a porta. Estou com sede e fome; preciso comer alguma coisa antes de ir para o mercado.

Mas a porta continuou fechada. O lenhador estava tão cansado que se deitou no chão, ao lado do feixe de lenha, e logo adormeceu. A menina, esquecida da conversa da noite anterior, dormia profundamente.

Quando o lenhador acordou, algumas horas depois, o sol já estava alto. Bateu novamente à porta e disse:

- Filha, filha, abra logo. Preciso comer alguma coisa antes de ir ao mercado vender a lenha, pois já é muito mais tarde do que de costume.

Mas a menina que tinha esquecido completamente a conversa da noite anterior, tinha se levantado, arrumado a casa e safra para dar um passeio. Em seu esquecimento, e supondo que o pai já tivesse ido para o povoado, deixou a porta da casa fechada.

Assim, o lenhador disse a si mesmo:

- Já é muito tarde para ir à cidade. Voltarei para as montanhas e cortarei outro feixe de lenha, que trarei para casa, e amanhã terei carga em dobro para levar ao mercado.

O lenhador trabalhou duro aquele dia, cortando e enfeixando lenha nas montanhas. Já era noite quando chegou em casa com a lenha nos ombros.

Pôs o feixe atrás da casa, bateu à porta e disse:

- Filha, filha, abra a porta. Estou cansado e não comi nada o dia todo. Trago uma dupla carga de lenha, que espero levar ao mercado amanhã. Preciso dormir bem esta noite para recuperar minhas forças.

Mas não houve resposta, pois a menina, sentindo muito sono ao voltar do passeio, preparou sua comida e foi para a cama. A princípio, ficara preocupada com a ausência do pai, mas tranqüilizou-se logo, pensando que ele passaria a noite no povoado.

Cansado, faminto e com sede, vendo que não podia entrar em casa, o lenhador deitou-se novamente ao lado da lenha. Apesar de preocupado com o que poderia estar acontecendo com a filha, não conseguiu ficar acordado: adormeceu logo. Mas, como estava com muito frio, muita fome e muito cansado, acordou bem cedo na manhã seguinte, antes mesmo de o dia clarear.

Sentou-se, olhou ao redor, mas não conseguiu ver nada. Mas, nesse momento, aconteceu uma coisa estranha. Pareceu-lhe ouvir uma voz que dizia:

- Depressa! depressa! Deixa tua lenha e vem por aqui. Se necessitas muito e desejas o suficiente, terás uma refeição deliciosa.

O lenhador levantou-se e caminhou na direção de onde vinha a voz. Andou, andou e andou, mas não encontrou nada.

Então sentiu mais cansaço, frio e fome do que antes e, além do mais, estava perdido. Tivera muitas esperanças, mas isso não parecia tê-lo ajudado. Ficou triste, com vontade de chorar, mas percebeu que chorar também não o ajudaria. Assim, deitou-se e adormeceu. Logo depois acordou novamente. Sentia frio e fome demais para poder dormir. Foi então que lhe ocorreu narrar a si mesmo, como se fosse um conto, tudo o que tinha acontecido desde que a filha lhe pedira um tipo de comida diferente.

Mal terminou sua história, pareceu-lhe ouvir outra voz, vinda de algum lugar no alto, como se saísse do amanhecer, que dizia:

- Velho homem, velho homem, que fazes sentado aqui?

- Estou me contando minha própria história - respondeu o lenhador.

- E qual é?

O lenhador repetiu sua narração.

- Muito bem - disse a voz, e a seguir lhe pediu que fechasse os olhos e subisse um degrau.

- Mas não vejo degrau algum - disse o velho.

- Não importa, faz o que te digo - ordenou a voz.

O homem fez o que lhe fora ordenado. Mal fechou os olhos, descobriu que estava de pé e, levantando o pé direito, sentiu que debaixo dele havia algo semelhante a um degrau.

Começou a subir o que parecia ser uma escada. De repente os degraus começaram a mover-se - moviam-se muito rapidamente - e a voz lhe disse:

- Não abra os olhos até que eu ordene.

Não se passara muito tempo, quando a voz mandou que o velho abrisse os olhos. Ao fazê-lo, o lenhador achou-se num lugar que parecia um deserto, com um sol escaldante acima dele. Estava rodeado de montes e montes de pedrinhas de todas as cores: vermelhas, verdes, azuis, brancas. Mas parecia estar só; olhou em volta e não conseguiu ver ninguém. Então, a voz começou a falar de novo:

- Apanha todas as pedras que puderes, fecha os olhos e desce os degraus.

O lenhador fez o que lhe mandavam e, quando a voz ordenou que abrisse os olhos novamente, encontrou-se diante da porta de sua própria casa. Bateu à porta, e a sua filha veio atender. Ela lhe perguntou por onde ele tinha andado, e o pai lhe contou o ocorrido, embora a menina mal entendesse o que ele dizia, porque tudo lhe parecia muito confuso.

Entraram em casa e a menina e o seu pai repartiram a última coisa que lhes restava para comer: um punhado de tâmaras secas. Quando terminaram a comida, o velho achou que estava novamente ouvindo uma voz, uma voz igual àque-la que o mandara subir os degraus.

- Embora ainda não o saibas - disse a voz - foste salvo por Mushkil Gusha. Lembra-te: Mushkil Gusha está sempre aqui. Promete a ti mesmo que todas as quintas-feiras, à noite, comerás umas tâmaras, e darás outras a alguma pessoa necessitada, a quem contarás a história de Mushkil Gus-ha. Ou darás um presente, em seu nome, a alguém que ajude os necessitados. Promete que a história de Mushkil Gusha nunca, nunca será esquecida. Se fizeres isso, e o mesmo fizerem as pessoas a quem contares a história, os que tiverem verdadeira necessidade sempre encontrarão seu caminho.

O lenhador então colocou todas as pedras que havia trazido do deserto num canto do casebre. Pareciam simples pedras, e ele não soube o que fazer com elas. No dia seguinte, levou seus dois enormes feixes de lenha ao mercado e os vendeu facilmente, por ótimo preço. Ao voltar para casa, levava para sua filha uma porção de iguarias deliciosas que ela jamais havia provado antes. Quando terminaram de comer, o velho lenhador disse:

- Agora vou lhe contar a história de Mushkil Gusha. Mushkil Gusha significa "O dissipador de todas as dificuldades". Nossas dificuldades desapareceram por intermédio de Mushkil Gusha, e devemos lembrá-lo sempre.

Durante uma semana o homem seguiu sua rotina. Ia às montanhas, trazia lenha, comia alguma coisa, levava a lenha ao mercado e a vendia. Sempre encontrava comprador, sem dificuldade.

Mas chegou a quinta-feira seguinte e, como é comum entre os homens, o lenhador se esqueceu de contar a história de Mushkil Gusha. Nessa noite, já tarde, apagou-se o fogo na casa dos vizinhos. E, como não tinham com que voltar a acendê-lo, foram à casa do lenhador e disseram:

- Vizinho, vizinho, por favor, dê-nos um pouco de fogo dessas suas lâmpadas maravilhosas que vemos brilhar através da janela.

- Que lâmpadas? - perguntou o lenhador.

- Venha cá e veja - responderam.

O lenhador saiu e viu claramente a variedade de luzes que, vindas de dentro, brilhavam através de sua janela. Entrou e viu que a luz saía do monte de pedras que havia posto num canto. Mas os raios de luz eram frios e era impossível usá-los para acender fogo. Então, tornou a sair e disse:

- Sinto muito, vizinhos, não tenho fogo - e bateu-lhes a porta no nariz.

Os vizinhos ficaram aborrecidos e surpresos e voltaram para casa resmungando. E aqui eles abandonam nossa história.

Rapidamente, o lenhador e sua filha, com medo que alguém visse o tesouro que possuíam, cobriram as brilhantes luzes com todos os trapos que encontraram. Na manhã seguinte, ao destampar as pedras, descobriram que eram gemas luminosas e preciosas.

Uma a uma, levaram-nas às cidades dos arredores, onde as venderam por um preço enorme. Então, o lenhador decidiu construir um esplêndido palácio para ele e sua filha.

Escolheram um lugar que ficava exatamente na frente do castelo do rei de seu país. Pouco tempo depois, um edifício maravilhoso estava construído.

O rei tinha uma filha muito bonita que uma manhã, ao acordar, viu o castelo, que parecia de contos de fadas, bem em frente ao de seu pai. Muito surpresa, perguntou a seus criados:

- Quem construiu esse castelo? Com que direito fazem uma coisa dessas tão perto do nosso lar?

Os criados saíram e investigaram. Ao regressar, contaram à princesa tudo o que conseguiram saber.

A princesa, muito zangada, mandou chamar a filha do lenhador. Porém, quando as duas meninas se conheceram e se falaram, logo tornaram-se boas amigas. Encontravam-se todos os dias e iam nadar e brincar juntas num regato que o rei mandara fazer para a princesa.

Alguns dias depois do primeiro encontro, a princesa tirou um colar lindo e valioso e pendurou-o numa árvore à beira do regato. Na volta, esqueceu-se de apanhá-lo e, ao chegar em casa, pensou que o tinha perdido. Refletindo melhor, porém. concluiu que tinha sido roubado pela filha do lenhador.

Contou tudo ao pai, que mandou prender o lenhador e confiscou-lhe todos os bens. O homem foi posto na prisão, e sua filha levada para um orfanato.

Como era costume no país, depois de algum tempo o lenhador foi retirado de sua cela e levado para praça pública, onde o acorrentaram a um poste, tendo pendurado ao pescoço um cartaz onde se lia:

"E isto que acontece a quem rouba dos reis."

A princípio, as pessoas juntavam-se à sua volta zombando dele e atirando-lhe coisas. O lenhador estava muito infeliz. Porém, como é comum entre os homens, logo se acostumaram com o velho sentado junto ao poste e lhe prestavam cada vez menos atenção. Às vezes lhe atiravam restos de comida, às vezes nem mesmo isso.

Uma tarde, ouviu alguém dizer que era quinta-feira. De imediato veio-lhe à mente o pensamento de que logo seria a noite de Mushkil Gusha, "O dissipador de todas as dificuldades", a quem há tanto tempo se esquecera de comemorar. No mesmo instante em que esse pensamento lhe chegou à mente, um homem caridoso que passava jogou-lhe uma moeda.

- Generoso amigo - chamou-o o lenhador - você me deu dinheiro que para mim não tem utilidade alguma. Mas se, em sua generosidade, puder comprar uma ou duas tâmaras e vir sentar-se comigo para comê-las, eu lhe ficaria eternamente grato.

O homem saiu e comprou algumas tâmaras, sentou-se a seu lado e comeram juntos. Ao terminar, o lenhador contou-lhe a história de Mushkil Gusha.

- Acho que você deve estar louco - disse-lhe o homem generoso.

Mas era uma pessoa compreensiva e também enfrentava muitas dificuldades. Ao chegar em casa, depois desse incidente, percebeu que todos os seus problemas estavam resolvidos. Isto o fez pensar mais seriamente a respeito de Mush-kil Gusha. Mas aqui ele deixa nossa história.

No dia seguinte, pela manhã, a princesa voltou ao lugar onde se banhara e, quando ia entrar na água, viu, no fundo do regato, uma coisa que parecia ser seu colar. Porém, no momento em que ia pegá-lo, espirrou, jogou a cabeça para trás, e viu que o que tomara por seu colar era apenas o reflexo dele na água. O colar estava pendurado no galho de uma árvore, no mesmo lugar onde o tinha deixado há muito tempo. Emocionada, apanhou-o e foi correndo contar ao rei o acontecido. Este ordenou que o lenhador fosse posto em liberdade e que lhe pedissem desculpas em público. Tiraram a menina do orfanato e todos viveram felizes para sempre.

Estes são alguns dos episódios da história de Mushkil Gusha. E uma história muito longa, que nunca termina. Tem muitas formas. Algumas nem sequer se intitulam A história de Mushkil Gusha. Por isso as pessoas não as reconhecem como tal.

Mas é por causa de Mushkil Gusha que esta história, em qualquer de suas formas, é lembrada por alguém, em algum lugar do mundo, dia e noite, onde quer que exista gente. Tal como sempre tem sido contada, assim continua-rá a ser contada eternamente.

Você quer repetir a história de Mushkil Gusha nas noites de quinta-feira e ajudar, assim, o trabalho de Mushkil Gusha?

19 setembro, 2007

Fernando Pessoa

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia, e se não ousarmos fazê-la teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.

18 setembro, 2007

Como pode?

Acabei de ler uma reportagem que me deixou profundamente triste. O degelo no Pólo Norte já é tanto que dentro de pouco tempo será possível navegar por lá e, assim, diminuir o tempo de viagem até a Europa.

Poxa. O planeta está morrendo e esses putos só querem “explorar o inexplorável”. Me sinto menor que um grão de areia, impotente diante de tamanho descaso. Me entristece pensar que talvez meus filhos — aqueles que ainda nem tenho — não saibam o que é nadar numa represa, nem tomar banho de cachoeira, nem comer fruta direto do pé, ver animais no habitat natural então, nem pensar. Só em livros. Digo, no computador, ne? Porque também não vão existir mais árvores, quem dirá papel.

15 setembro, 2007

Será?

Sorte de hoje: Você nunca mais vai precisar se preocupar em ter uma renda estável

O fim de semana começaria melhor ainda!

hehe

14 setembro, 2007

É simples!

Se tem uma coisa que eu evito é usar transporte público, qualquer que seja, em horário de pico. Tenho um amigo que tem como princípio não pegar ônibus quando não tem lugar para sentar. Eu não chego a tanto, mas evito sempre que posso.

E motivo não falta. Tanto ônibus quanto metrô - e eu uso os dois - ficam lotados, as pessoas fedem, não há sistema de ventilação, o trânsito fica absurdo e mesmo os trens funcionam com a velocidade reduzida, isso quando não param entre uma estação e outra. Bem, é desagradável, para dizer o mínimo.

Para minha sorte, a maioria dos empregos que tive foram em horários fora do conhecido "comercial". Isso para mim é ótimo. Notem bem, eu não tenho filhos para pegar na escola, não vou mais para a faculdade depois do trabalho, não tenho que preparar o jantar ou qualquer outra tarefa que me "obrigue" a sair do trabalho pontualmente no horário.

Sim, eu prefiro trabalhar até um pouco mais tarde, se isso representar uma volta tranquila para casa. Não tem nada a ver com mostrar serviço pro chefe, ligar para todos os celulares do mundo ou imprimir livros de 378 páginas quando alguns já foram embora.

Eu simplesmente sou uma pessoa mais feliz quando não preciso me defender de cotoveladas, bolsadas ou encoxadas. Nem levar quase duas horas para fazer um trajeto que, se inciado meia hora mais tarde, será feito em no máximo 40 minutos. É simples assim!

13 setembro, 2007

Novo dia :)

Rumi mantinha um diário que nunca foi publicado, e um dia ele escreveu: "Voltei para a casa morto de cansado e não conseguia levantar nem minha cabeça, e me perguntei: 'De que adianta tudo isso? Eu trabalho como um burro, e à noite estou simplismente cansado, de que adianta?'. E então escreveu depois disso: 'O Sol nasce pela manhã'".

12 setembro, 2007

Fragmentos

O futuro é tão incerto, a vida é tão curta e eu tenho tantas dúvidas...

“Let it be”. Podia ser simples assim...

O mundo está ao contrário e ninguém reparou?

11 setembro, 2007

Resumo do dia

Compromisso às 9h
Trânsito parado
Meia hora de atraso
E mais uma hora e meia de espera
40 páginas depois...
Compromisso cumprido em menos de 20 minutos
Enfim, rumo ao trabalho
Ônibus errado
E trânsito mais congestionado ainda
Pelo menos metrô vazio
120 novas mensagens
Protocolos
Conversas sobre o feriado
Definição de prioridades
Check lists
Revistas
Jornais

Para onde é que foi a segunda-feira mesmo?

06 setembro, 2007

Sabem...

Eu [coração] feriados.

Com previsão de sol para todos os dias então... *suspiros*

05 setembro, 2007

Dicas

Não costumo escrever sobre filmes e livros. Talvez para não ser interpretada como uma pseudo-crítica. Acontece que sempre faço programas culturais e, invariavelmente, penso numa forma de compartilhar os que mais gosto. As três dicas a seguir são as mais recentes e as que mais mexeram comigo também, de alguma forma. Aí vão.

Um filme: Miss Potter. Eu já gostava dos filmes com Renée Zellweger antes dela personificar Bridget Jones, depois disso virei fã. Aí veio seu mais recente trabalho, que juntou ela e a biografia de uma escritora britânica de histórias infantis. Eu simplesmente adoro esses quatro elementos: a atriz, biografias, sotaque britânico e coisas para crianças. O filme é tão leve e divertido, com uma pitada de romantismo. Adorei.

Um livro: Narciso e Goldmund, de Hermann Hesse. Só conheci as obras dele recentemente. Das três que li, esse foi o último. Não posso dizer que foi o que mais gostei porque Sidarta também é um livro e tanto. Mas é verdade que me cativou muito. A forma como escreve é envolvente, transcende, nos faz sentir cada vivência dos personagens. E apresenta dois amigos que se admiram e se amam de tal forma, sublime e única, que as diferenças, as escolhas, os caminhos, as crenças, os valores, o tempo e a distância, simplesmente nada foi capaz de abalar.

Um lugar: Pátio do Colégio. Só a arquitetura colonial já faz o passeio valer à pena. Conhecer o local onde São Paulo nasceu, ver mapas e desenhos de como a cidade era e como foi se transformando tão rapidamente é, no mínimo, curioso. Lá descobri que as avenidas 23 de Maio e Nove de Julho eram rios, que o Parque da Luz, antes, abrigava uma tribo de índios, que o caminho que levava ao mar (e ao, hoje, Grande ABC, onde moro!) era apenas uma trilha e muitas outras coisas. Me senti numa aula “prática” de história :-)

03 setembro, 2007

Santa criatividade

Cada coisa que a gente vê nessa vida, ne?

Até feira funerária, com os últimos lançamentos em caixões o povo faz.

Tá certo que inovação tem sido palavra de ordem, mas caixão da Barbie beira o mau gosto, em minha humilde opinião...