18 fevereiro, 2011

Enquanto isso na natação...


Eu já contei que o meu atual professor de natação é o melhor que eu já tive. Ele nos trata como se fóssemos todos atletas e que o nosso maior objetivo na vida é vencer uma Olimpíada. Isso é bacana porque, querendo ou não, o nosso desempenho fica melhor e melhor.

Estou para ver pessoa mais simpática, sorridente e bem-disposta que ele, principalmente às 8h da manhã. Ele leva tão a sério o lance do treino que anota os nossos tempos e pediu que comprássemos acessórios para as aulas: umas palas, que se põe nas mãos, e barbatanas. Imediatamente eu imaginei uma aula com todo mundo fantasiado de tubarão e pensei “não pode ser, ouvi mal”.

Ele repetiu: “bar-ba-ta-nas”, com todas as letras, complementando “aquelas coisas que se coloca nos pés”.

Ahhhhh! Pé de pato!

17 fevereiro, 2011

Ecologia o quê?

Sempre que digo que o meu mestrado é em Ecologia Humana e Problemas Sociais Contemporâneos, vejo surgir um grande ponto de interrogação no rosto da pessoa que me ouve. Vamos lá tentar explicar: é um curso que os acadêmicos chamam de interdisciplinar porque reúne várias áreas diferentes entre si, colocando-as para trabalhar em conjunto.

Um exemplo: eu sou jornalista e na minha turma há pessoas formadas em Direto, Engenharia, Enfermagem, Administração, Antropologia, Sociologia, Ciências Políticas, Biologia, Serviços Sociais, Geografia, Marketing e Letras. Uma mistura que interage e se complementa.

Como dizem que uma imagem vale mais que mil palavras, espero que um vídeo comigo e os meus colegas tentando explicar o que é Ecologia Humana valha por duas mil :-)


PS 1: Espero que os amigos brasileiros consigam entender tudo o que é dito.
PS 2: Ignorem o caráter totalmente comercial do vídeo e, principalmente, o gato doidão do final.

16 fevereiro, 2011

Passou

Eu bem disse que o post anterior era bipolar... hoje eu já não quero mais desistir do mestrado e voltei ao meu normal, que é olhar para o copo metade cheio.

A Aline disse tudo: eu me cobro muito. Tento me policiar para ser mais flexível, mantenho amigos bem próximos como modelos de descontração, mas ainda falho.

Como diz a música: "tudo é uma questão de manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo".

15 fevereiro, 2011

Tudo junto, misturado...

... ou: Um post bipolar 

A mudança correu bem.

Amigos queridos transformaram a faxina e o carregar infinitas caixas em algo bem mais leve e divertido.  

Eu estava com visitas em casa dias antes da mudança e recebi outros amigos em casa alguns dias depois. Uma palavra: função.

Não tem preço compartilhar a nossa vida com as pessoas que vem do Brasil especialmente para nos ver, mas eu confesso que demanda muito, mais do que eu tenho conseguido dar.

Tanto que depois de uma semana insana, eu caí doente. Primeiro uma herpes, depois dor de estômago, vômito, diarreia, dor nas costas, dor no corpo inteiro e torcicolo para terminar. Acho que foi somatização das minhas paranóias internas e a minha interminável lista de coisas para fazer.

Passei dois dias completamente imprestável, não tinha condições de levantar da cama, emagreci um quilo em dois dias.

Na segunda, ainda com um resquício de torcicolo, fui para a natação e foi a melhor decisão. Nadei 950 metros e ganhei fôlego para encarar a semana.

Faxina na casa para arejar a mente. Arrumar o externo na intenção de pôr o interno em ordem também.

O prazo para a minha dissertação está apertando. Tem pouca coisa efetivamente pronta e eu ainda me pergunto se realmente vai valer à pena.

Esse é dos posts mais mimimi da história desse blog, mas é o que tem para hoje.

02 fevereiro, 2011

Encerrando um ciclo


Última noite neste apartamento. As paredes já estão peladas, um branco vai tomando conta de tudo. À volta, a única coisa que se vê são malas (umas dez, de todos os tamanhos), caixas (quatro grandes) e vários sacos ecológicos tamanho família.

E de pensar que quando Marido e eu chegamos em Lisboa todos os nossos “bens” se resumiam em apenas quatro malas... Incrível a nossa capacidade – das pessoas em geral – de acumular coisas... não sei aonde eu li a história de um cara que não tinha praticamente nada além de um computador, um baita HD externo para arquivar músicas, filmes e afins e uma mochila de roupas. Queria ter esse desapego.

Durante os dias de arrumação, mais de uma vez me questionei “e se eu jogasse metade disso tudo fora será que sentiria falta?”... “será que estaria mesmo exercitando o desapego ou criando uma desculpa para justificar o consumismo e a vontade de comprar coisas novas?”.

Mas assim... Tirando a parte que parece que nunca vão acabar as coisas para embalar, é bem gostoso dar uma geral no que temos. Confesso que mudar de casa, para mim, era muito mais simples quando eu era adolescente e o meu universo se resumia ao meu armário. Agora com uma casa inteira para encaixotar já estava quase desistindo. Aliás, também me peguei várias vezes me perguntando como minha mãe e irmãs eram capazes de agilizar tudo sozinhas sempre. São Mulheres com “M” aquelas lá, viu.

Enfim... Foram quase três anos neste apartamento. Nesse meio tempo aprendemos a ser Marido e Mulher, criamos as nossas manias, delimitamos os nossos espaços, fizemos planos, realizamos, rimos e choramos, nos tornamos mais cúmplices, recebemos um monte de amigos, conquistamos a confiança dos nossos vizinhos e tantas outras coisas, boas e más.

Eu estava cansada até umas horas atrás, mas agora que já está tudo praticamente pronto e amanhã teremos um universo de novidades para explorar: a casa, os móveis, o prédio, os vizinhos, o bairro, os caminhos, os transportes, eu começo a ficar empolgada como criança em véspera de Natal. Já não vejo a hora de ter tudo ajeitado, com a nossa cara, receber amigos, desfrutar o quintal(zinho).

A casa é perfeita? De certeza que não. Mais cedo ou mais tarde vai surgir algum problema, como em toda casa, mas que é boa a sensação de renovação isso é! =)

Observação: Esse vídeo é de 2008, muita coisa já não estava mais como aparece nele, mas só agora me dei conta de que não o tinha publicado aqui ainda.