Ontem, no centro de saúde a atendente me
recomendou: “Volte aqui amanhã ou na sexta. Mas olha, na quinta não porque será
greve”. Uma amiga foi para a Espanha e adiou a volta para o dia 25 e assim
segue, cada um se adaptando ao dia em que tudo vai parar.
Se pelo menos as pessoas soubessem o poder
que realmente possuem. Elas enchem as ruas para protestar contra os
governantes, mas no dia de ir às urnas – como aqui o voto não é obrigatório –
deixam que uma minoria decida por elas. Gritam palavras de ordem contra os
Estados Unidos com uma lata de coca-cola numa mão e um iphone na outra. Oi,
congruência?
Eu sou muito solidária à causa em questão.
Muito mesmo. Mas também sou da opinião de que devemos ser a mudança que queremos ver no mundo. Se a mudança começa indo às
ruas para mostrar a indignação, ótimo, mas todo mundo sabe que não fica por aí.
Nenhum comentário:
Postar um comentário