05 março, 2009

Como eu ia dizendo...

No post passado eu mencionei que ando dando alguns foras domésticos por aqui. Não é para menos... para começar: dona de casa de primeira viagem e ainda por cima num país que tem hábitos higiênicos diferentes dos que tinha aprendido.

Ainda quando estávamos vivendo em hotel, percebi que a camareira só tirava o pó da parte do móvel que não tinha nada em cima. Onde havia qualquer objeto que fosse, ela não tocava e, uma coisa leva à outra, não limpava! Lidar com isso foi fácil, cada dia colocava as nossas coisas num canto diferente.

Daí fomos para um apartamento provisório e eu tratei de fazer uma faxina à la brasileira só por garantia. Fui lavar o banheiro e cadê o ralo para escorrer a água? Não há! A faxina aqui é a seco! Tá, exagerei. Eles usam a esfregona para tudo. Sabem o rodo, aquele parente da vassoura que a gente usa para puxar a água do chão? Aqui não existe. O que eu tenho em casa veio do Brasil, graças ao conselho de um amigo que já tinha vivido aqui antes.

Aqui também não tem tanque para lavar roupas. Aliás, nem área de serviço existe nos apartamentos. A máquina de lavar fica na cozinha, lado a lado com o fogão ou com a pia. Alguém pode estar se perguntando como se lava um simples pano de chão ou o tênis, por exemplo. Na máquina, ué. Ou, se a coluna deixar, na banheira, numa posição nada confortável. E a esfregona? Pois... tem muita gente que não lava. Dona Conceição mesmo nem a coloca para secar. Argh.

Nesse ponto eu já me adaptei totalmente ao estilo europeu: coloco tudo na máquina. Tapetes, panos de chão, esfregona (sem o cabo, claro), tênis. T-u-d-o. Bate aquele peso na consciência por estar gastando energia com coisas assim, mas aí eu aperto o botão que faz a máquina usar água fria (porque o normal é quente...) e passa.

Falando na máquina... ai, ai, ai... minha última arte com ela foi esta semana. Eu só quis usá-la na sua máxima capacidade e confiei na propaganda do sabão que promete impedir que as cores se misturem. Notem bem: desde que passei a usar o dito cujo os acidentes com roupas coloridas pararam de acontecer, então eu coloquei a cortina do quarto, que é vinho, e uma leva de panos de prato brancos. Adivinhem? A cortina ficou intacta, já os panos... cor-de-rosa!

É aquele negócio, só não erra quem não tenta.

5 comentários:

Ricardo Freire disse...

Hahaha! Maravilhosa a forma de colorir os panos sem graça brancos! rsrsrs

EssaSouEu disse...

Pior eu que deixei a cuecas do Kleber cor de rosa!!!!

Sra. Rapadura disse...

Olá Kelli muito prazer!
Descobri seu blog numa pequena busca na net, e me deparo com uma brasileira na terra de "Camões" vivenciando algumas situações tão familiares...Hum, acho que já vi esse filme! rsrsrs

Daniela Faria disse...

ADOREI!!!!!!
Eu ia surtar aí!
Sabe que dormi pensando na porta que a empregada não limpou e quando acordei a primeira coisa foi ir lá limpar? sou meio maniaca por limpeza, herança da mamãe.. mas to tentando ser uam pessoal menos neurótica com isso!
Henri me ajuda, afinal ele suja TUDOOO
Bjos
Dani MAtos

Lidiane Vasconcelos disse...

Olá!
Acabei de chegar por aqui e estou me divertindo lendo suas aventuras em Portugal. Não conheço a Europa e o país onde você está é um dos que desejo muito conhecer.

Gostei muito da sua forma de escrever. A gente vai conhecendo detalhes da cultura do país de uma forma bem gostosa lendo você.

Uma delícia!
Sempre que possível voltarei mais vezes, viu?

Beijos
Lidiane Vasconcelos
www.femeablog.wordpress.com