Última noite neste apartamento. As paredes já estão peladas, um branco vai tomando conta de tudo. À volta, a única coisa que se vê são malas (umas dez, de todos os tamanhos), caixas (quatro grandes) e vários sacos ecológicos tamanho família.
E de pensar que quando Marido e eu chegamos em Lisboa todos os nossos “bens” se resumiam em apenas quatro malas... Incrível a nossa capacidade – das pessoas em geral – de acumular coisas... não sei aonde eu li a história de um cara que não tinha praticamente nada além de um computador, um baita HD externo para arquivar músicas, filmes e afins e uma mochila de roupas. Queria ter esse desapego.
Durante os dias de arrumação, mais de uma vez me questionei “e se eu jogasse metade disso tudo fora será que sentiria falta?”... “será que estaria mesmo exercitando o desapego ou criando uma desculpa para justificar o consumismo e a vontade de comprar coisas novas?”.
Mas assim... Tirando a parte que parece que nunca vão acabar as coisas para embalar, é bem gostoso dar uma geral no que temos. Confesso que mudar de casa, para mim, era muito mais simples quando eu era adolescente e o meu universo se resumia ao meu armário. Agora com uma casa inteira para encaixotar já estava quase desistindo. Aliás, também me peguei várias vezes me perguntando como minha mãe e irmãs eram capazes de agilizar tudo sozinhas sempre. São Mulheres com “M” aquelas lá, viu.
Enfim... Foram quase três anos neste apartamento. Nesse meio tempo aprendemos a ser Marido e Mulher, criamos as nossas manias, delimitamos os nossos espaços, fizemos planos, realizamos, rimos e choramos, nos tornamos mais cúmplices, recebemos um monte de amigos, conquistamos a confiança dos nossos vizinhos e tantas outras coisas, boas e más.
Eu estava cansada até umas horas atrás, mas agora que já está tudo praticamente pronto e amanhã teremos um universo de novidades para explorar: a casa, os móveis, o prédio, os vizinhos, o bairro, os caminhos, os transportes, eu começo a ficar empolgada como criança em véspera de Natal. Já não vejo a hora de ter tudo ajeitado, com a nossa cara, receber amigos, desfrutar o quintal(zinho).
A casa é perfeita? De certeza que não. Mais cedo ou mais tarde vai surgir algum problema, como em toda casa, mas que é boa a sensação de renovação isso é! =)
Observação: Esse vídeo é de 2008, muita coisa já não estava mais como aparece nele, mas só agora me dei conta de que não o tinha publicado aqui ainda.
Observação: Esse vídeo é de 2008, muita coisa já não estava mais como aparece nele, mas só agora me dei conta de que não o tinha publicado aqui ainda.
2 comentários:
Olá temos novidadessssssss!
Com certeza, mudar é sempre bom...Renova!
Felicidades na nova casa!
Bjsssss
Kelli,
Sei exatamente como vc se sente. A sensaçao de renovaçao è maravilhosa! Tb nos mudamos de casa agora e no dia em que saímos da casa antiga pensamos a mesma coisa: quantos momentos bons, stress que tivemos que superar juntos e como nos unimos lá. Pois è mais o negócio è andar sempre para frente, “manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo”...rsss
Boa sorte com as novas fases, que são sempre bem vindas.
bacio
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