29 outubro, 2011

A difícil tarefa de escolher um hotel

Quando eu vou para um lugar totalmente novo e sem nenhuma pessoa que vive lá como referência, uma das minhas maiores preocupações é se o local onde ficarei hospedada é bem localizado. O principal motivo para encanar com isso é o medo de perder um tempão em deslocações até as atrações turísticas, sem contar que não tem furada maior do que ficar num local totalmente isolado.

Mas como escolher um hotel entre as inúmeras opções que há sem ficar com receio? Eu tenho dois aliados: o google maps e os comentários que os clientes deixam nos fóruns de sites como o Booking e o Trip Advisor. O mapa me “diz” quais os transportes mais próximos, sem contar que já dá para calcular as distâncias até o centro, o aeroporto e onde mais eu queira.

Os comentários são mais para ter uma referência. Por exemplo, às vezes o hotel está num local incrível, com o preço certo pro bolso, nas fotos ele parece bacana, mas nas críticas uma série de reclamações sobre cobrança de taxas a mais, falta de limpeza, barulho ou de funcionários mal educados nos faz pensar duas vezes.

Ou o contrário: só críticas positivas que dão mais confiança para bater o martelo. Ainda assim, não é certeza de que tudo serão flores, afinal os comentários refletem a impressão pessoal de cada cliente, que pode usar critérios completamente diferentes dos meus para avaliar os mesmos serviços.

Além disso, outra coisa para prestar atenção é na forma como os estabelecimentos se descrevem. Com o tempo, peguei uma certa prática em identificar eufemismos. Um quarto “aconchegante” pode significar “bem pequeno” e “ambiente familiar” às vezes é usado como sinônimo de “colônia de férias” do sindicato dos comerciantes, onde você vai encontrar a família completa, com cachorro e crianças correndo para lá e para cá. 

Um clássico é “localizado em uma região tranquila” que quer dizer que o hotel fica no meio do nada. Sabe quando você dorme além da conta e quando acorda todo o comércio já está fechado? Marido e eu passamos por isso em Budapeste.

Marinheiros de primeira viagem que éramos em 2009, escolhemos um hotel numa capital europeia buscando as características que nos encantavam em pousadas brasileiras. #fail total. Com essa experiência, aprendemos que quanto mais central, melhor. É garantia de caixa eletrônico nas redondezas e pelo menos um mercadinho, ainda que de indianos ou chineses, para enganar a fome.

O único risco com esse “central” é pararmos no meio do que seja equivalente ao Bairro Alto, à Lapa, à Vila Madalena ou [insira o nome do bairro mais agitado da sua cidade].  Daí é torcer para que o isolamento das janelas funcione. Além, é claro, que o banheiro seja digno e a cama daquelas que nos abrace.

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