26 abril, 2010

Um post bem atrasado

Estava fazendo faxina numa pen drive e encontrei um arquivo chamado “rascunhos”, no qual há várias frases que li por aí e guardei para momentos oportunos. Tem também um monte de idéias soltas para possíveis posts e esse texto inacabado aqui embaixo, escrito em 2007 (!!!), quando eu ainda vivia em Bernô City e Marido ainda era Namorado.

A hóspede

Esse post está atrasado (Ô! E como!). Era para ter sido feito quando realmente tinha uma hóspede em casa. Agora ela já foi embora... mas deixou saudades imensas e ótimas recordações.

Quem era? Minha prima da Bahia. A mais próxima. A mais chegada. Sempre moramos longe uma da outra. BEM longe, diga-se de passagem. Me lembro que quando era criança, via minha irmã trocar cartas com uma outra prima – da mesma idade que ela – e eu queria muito fazer o mesmo. Então comecei a me corresponder com a Luana.

Começamos modestas, com apenas uma folha de papel de carta. Com os anos, o número de páginas ficou proporcional ao tanto de assuntos que tratávamos: muitos! Escrevíamos sobre as nossas notas, as festas da escola, o carnaval, o natal, as férias, os amigos, os passeios e sempre ficava a expectativa pelo dia que uma visitaria a outra.

A última vez que nos vimos de fato foi em 99. De lá para cá, um zilão de coisas aconteceu, inclusive o advento do email e a aposentadoria das cartas.

Tê-la ao meu lado por esses dias foi diferente de todas as outras vezes. Não sei exatamente explicar... somos mulheres maduras, temos planos, queremos casar, viajar, gastar, somos tão parecidas que até me surpreendia às vezes.
Fim.

Update: A tal visita aconteceu em agosto de 2007. Voltamos a nos ver alguns meses depois, quando Marido e eu fomos até a Bahia de carro, numa viagem deliciosa de 20 dias e 4 mil quilômetros, parando por sete cidades.

Durante todo o tempo que fiquei na casa dela, a sensação de que “se fóssemos irmãs, não seríamos tão parecidas” só aumentou. Até ganhamos um apelido por isso: Cosme e Damião. Nada mais baiano, ne?

Ela talvez não saiba, mas sinto a sua falta em muitos momentos. Eu a queria vestida de cor-de-rosa em meu casamento, penso nela em viagens que faço, quando experimento algum doce “que não é doce” ou quando vejo um filme. Daí, na falta dela em pessoa, pego fotos e viajo no tempo.

Scrapbook que fiz na época da visita, com fotos de 1986 e 2007. O moço da foto é o Ricardinho, orgulho da titia aqui :)


Em São Paulo


Cosme e Damião, na Bahia, claro!

Um comentário:

Bel disse...

Ai, Ké, que vontade de te morder nesta foto de 1986!!!
É muito bom quando nos identificamos com alguém, né? E isto de fato independe de proximidade física, é uma coisa mágica!!
bjinhos.