14 janeiro, 2008

Uma parada em Ilhéus

Ilhéus é uma cidade que vive do turismo. Além das belezas naturais, ela mantém viva a ostentação que tinha de ser a capital do cacau. Há tempos a realidade não é bem assim...

Onde quer que se vá, encontra-se doces, geléias e chocolates caseiros, tudo muito saboroso, feitos com o cacau plantado ali na região. O Sul da Bahia era o segundo maior produtor de cacau do mundo até as lavouras serem tomadas pela praga conhecida como “vassoura de bruxa”, nos anos 80. Hoje, o país oscila entre a quinta e sexta posição no setor.

Um dos passeios que fizemos foi à Ceplac - Comissão Executiva de Planejamento da Lavoura Cacaueira -, órgão que agora pertence ao Ministério da Agricultura e que passou a desenvolver estudos com outras frutas tropicais, já que o cacau não é mais o carro chefe da região.

Durante a explicação, o monitor contou que o órgão sempre soube da existência da vassoura de bruxa na região amazônica e “monitorava” para que a praga não chegasse à Bahia. Desde que chegou, ainda não descobriram uma forma de contê-la.

No dia, lembro que fiquei bastante brava com a morosidade do governo e, pior, dos produtores que viram as plantações esvair-se sem se mobilizarem. Não consegui calcular a quantidade de trabalhadores mandada embora na época, mas deu para entender o por quê da população ser tão pobre e menos instruída.

Um comentário:

Lisi disse...

tenho vontade de experimentar cacau assim e ver se pelo menos de longe lembra chocolate.