30 outubro, 2011

Trocando o hotel por um apê de temporada


No post anterior eu falei sobre como pode ser difícil escolher um hotel quando não temos nenhuma referência. Hoje o assunto é na mesma linha: hospedagem, só que em apartamentos de temporada.

Se eu já fico encanada sobre a localização e as condições reais na hora de escolher um  hotel, quando o assunto é alugar um apartamento, o frio na barriga aumenta. Até chegar no local combinado e encontrar o proprietário em carne e osso confesso que me pergunto “ene” vezes “e se ele não for?”.

Antes de continuar, deixa eu explicar um detalhe: para reservar um quarto num hotel, fornecemos o número do cartão de crédito como garantia, mas em muitos casos – no Booking, pelo menos – a cobrança só é efetuada quando nos hospedamos de fato (ou se não aparecemos sem dar satisfações).

Com um apartamento a história é diferente... é igual alugar uma casa para passar o reveillon na Praia Grande. O dono não dá a mínima pro seu cartão, o que ele quer é dinheiro vivo. Aqui é igual. Para o proprietário ter a certeza de que nós vamos mesmo aparecer – olha o mesmo medo aí – não basta um email dizendo “reserva aí que eu tô chegando”, nós temos que mandar uma parte do valor da hospedagem por transferência bancária. Daí o meu frio na barriga de chegar e encontrar um terreno baldio no endereço indicado - ainda que eu tenha consultado o street view do google maps antes e me certificado de que o endereço existe.

Veneza: um estúdio pequeno, porém todo planejado e moderninho com varanda e tudo

Marido e eu optamos por alugar apartamento duas vezes este ano, quando fomos a Veneza com os pais dele e a Roma com a minha prima. No dois casos os proprietários foram impecáveis. A moça de Veneza chegou ao ponto de passar mais de uma hora conosco, nos emprestar um dos guias que havia na casa e rabiscar o mapa inteirinho, indicando onde jantar, onde ir, o que fazer, os preços dos barcos, a que horas ir à Piazza San Marco e tudo mais.

O rapaz de Roma, acompanhado pela mãe, nos levou aos dois supermercados mais próximos ao apartamento e, conforme andávamos, ele apontava para os comércios e dizia onde era bom para tomar gelato, o restaurante com a melhor pizza, a padaria que ele preferia e em quais pontos passava os ônibus que iam para quais lugares.

Os dois super queridos e uma coisa importante: as fotos publicadas nos anúncios refletiam exatamente a aparência dos apês.

Eu já disse mais de uma vez aqui no blog que prefiro esse tipo de experiência, para vivenciar o dia-a-dia do local visitado, ao invés de ficar num hotel, mas isso vai de cada um. Diferente de um hotel, a gente que prepara o café da manhã, lava a louça, arruma a própria cama, não há toalhas limpinhas todos os dias e, no dia de ir embora tem que dar uma arrumada na casa, pelo menos varrer e tirar o lixo. Eu não me importo. Adoro fazer um tour pelo supermercado, ver as coisas diferentes que eles comem e ver onde e como é que eles vivem de verdade. 

Roma: decoração mais over, mas com dois quartões e vista para a praça S. Pedro

Além disso, outro ponto positivo para alugar uma casa é o custo. Em Veneza, por exemplo, o preço que pagamos na diária da casa era igual à diária de um quarto de casal num hotel. Em Roma não foi muito diferente. Sem contar o fato de, viajando em família, estarmos mais próximos, num ambiente mais descontraído e informal que um hotel.

Nos dois casos, o site que usei para buscar as casas foi o Homelidays.

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